quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Não podemos criminalizar o crime!

Numa zoeira impagável com a transferência de Lula para Tremembé, o humorista Joselito Müller escreveu:
"A defesa do ex-presidente se insurgiu contra a transferência de Lula, alegando que 'é um absurdo que uma pessoa, só porque foi condenada criminalmente, fique presa' e lamentou o que chamou de 'estado policialesco que quer criminalizar o crime'."
Ao ler essa passagem, me lembrei de muitos intelectuais de esquerda e professores que dizem praticamente a mesma coisa quando se trata de defender aqueles que usam de violência para impor as ideias políticas com as quais esses intelectuais e professores concordam. Só dois exemplos:
  • Sobre invasores de escolas e de universidades: "não podemos criminalizar os alunos". Como se todos os alunos fossem invasores, quando na verdade são só uma meia dúzia de gatos pingados que agem assim, e como se invasão não fosse crime de esbulho possessório.
  • Sobre invasões de terras e de imóveis urbanos: "não podemos criminalizar os movimentos sociais". Como se certas organizações políticas que se dizem "movimentos sociais" representassem interesses gerais da sociedade, ou ao menos da população mais pobre, e como se não praticassem efetivamente ações criminosas de vários tipos, como esbulho possessório, cárcere privado, vandalismo, agressão, etc.
Às vezes, nada melhor do que um humorista para expor de maneira bem sintética a incoerência e o cinismo com que certa esquerda tenta justificar suas visões políticas fascistoides. 

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