terça-feira, 21 de março de 2023

Lula 3: descalabros em série

Esse governo é uma série sem fim de descalabros econômicos, políticos e éticos. Uma lista só do que li hoje (21.03.23):

1. A diplomacia lulopetista se recusa a condenar as ditaduras da Nicarágua, Venezuela, Cuba e Irã, entre outras, com a desculpa de que não denuncia governos, mas apenas os atos de violação dos direitos humanos... Como se as violações fossem eventos da natureza! Ah, essa diplomacia também diz que denunciar os governos autoritários não tem efeito prático algum. Ora, se denunciar os governos que violam os direitos humanos não tem efeito, denunciar as violações sem dizer quem as pratica também não tem. De todo modo, acusar diretamente os responsáveis ao menos serviria para demonstrar o apoio do Estado brasileiro à democracia e aos direitos humanos e também o seu repúdio às forças políticas que praticam os abusos. Mas a verdade é que o governo Lula não denuncia as ditaduras de esquerda ou as antiamericanistas simplesmente para satisfazer as alas ideológicas do partido e também porque fazer isso implicaria condenar, indiretamente, as práticas violentas e autoritárias dos militantes de esquerda que apoiam o PT, tais como invasores de terras, de imóveis urbanos, de escolas e de universidades.

2. Lula relançou o Mais Médicos, ou seja, trouxe de volta a prática de receber escravos cubanos para financiar a ditadura daquela ilha. Dispensa comentários!

3. No mesmo evento em que relançou o "Mais Escravos", Lula espalhou negacionismo da ciência econômica, pois atacou a austeridade fiscal dizendo que o gasto com saúde deve ser encarado como investimento e que os livros de economia precisam ser reescritos! 

Essa é uma conversa surrada, desonesta e falaciosa. Afinal, se o dinheiro sai da conta, então é gasto, não importa se chamamos assim ou de outra forma. E não adianta dizer que é investimento porque gera emprego, renda e, por conseguinte, crescimento econômico. Qualquer gasto que o governo faz gera emprego e renda, mas a experiência internacional, no período que vai do fim da II Guerra até os anos 80, provou que, como afirma o economista Pedro Colangelo: "era impossível preservar o crescimento econômico indefinidamente a partir apenas de estímulos fiscais por parte dos governos, principalmente quando o quadro fiscal chega a níveis insustentáveis". E o autor acrescenta que os países que conseguiram implantar programas sociais mais robustos, ao longo dos anos, são justamente aqueles que, como a Suécia, estabeleceram regras fiscais rígidas (aqui). 

Enfim, Lula está no poder faz apenas três meses, mas parece que já são três anos!

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terça-feira, 14 de março de 2023

Na economia, Lula 3 é o quinto ano de Bolsonaro

Alguns jornalistas andam dizendo que é "surpreendente" o fato de Haddad agora estar falando em acertar a política fiscal ao invés de subir a meta de inflação (aqui). Mas não há surpresa alguma. Lula e Haddad sabem que relaxar a meta e gastar ainda mais é exatamente o que Dilma fez, com consequências catastróficas. Então, praticam uma política populista de expansão do gasto, mas limitada de maneira a evitar uma explosão da dívida pública. Exatamente como o Bolsonaro fez com a "PEC Kamikaze"!

Portanto, as críticas de Lula e Haddad ao nível atual das taxas de juros (reverberadas pelos esbirros do partido no jornalismo, como o Reinaldo Azevedo) nada mais são do que uma retórica que visa fazer do Banco Central um bode expiatório para explicar o crescimento econômico medíocre que está sendo previsto para este ano. Porque, na verdade, esse crescimento pífio é culpa única e exclusiva de Lula e Haddad: foi a expansão do gasto público, com a PEC da Transição, que elevou as taxas de juros no mercado e as previsões de inflação, impedindo o Banco Central de reduzir a taxa Selic.

Nada disso é surpreendente, pois economistas como Marcos Lisboa, Alexandre Schwartzman e Samuel Pessôa já tinham avisado que o Lula 3 poderia ser exatamente assim: expansão do gasto e da dívida pública com crescimento econômico medíocre (aqui).

Na economia, Lula 3 é o quinto ano do Governo Bolsonaro. Só se surpreende quem leva a sério as mentiras e hipocrisias que esse populista diz.

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quarta-feira, 8 de março de 2023

Portal G1 distorce informações sobre "feminicídio" e dá razão para os "véio do Zap"

Muita gente tira sarro dos "véio do Zap", aquelas pessoas que preferem acreditar em teorias conspiratórias do que confiar na imprensa profissional. Essas pessoas merecem ser zoadas, mas convenhamos que elas têm certa razão em duvidar da imprensa profissional. É o que evidencia a notícia abaixo, do Portal G1.


Ora, uma vez que a maior parte dos crimes foi cometida pelo "parceiro ou ex", como se pode supor que o motivo desses assassinatos todos está no fato de a vítima ser mulher? O motivo mais provável pode ser dinheiro (como no caso do goleiro Bruno) ou então ciúmes possessivo, o que configura crime passional. Com efeito, em outra matéria publicada pelo G1, fica claro que se considera feminicídio quando o parceiro ou ex-parceiro mata a mulher por "não aceitar a separação" (aqui). Ora, isso não é "feminicídio", é crime passional. 

Homem que mata mulher só por ser mulher é um certo tipo de serial killer, como o famoso Ted Bundy, que matava mulheres bonitas e jovens. Ainda assim, não se trata de machismo, mas de psicopatia, que é um transtorno de personalidade ou doença mental. Tanto que os serial killers homossexuais matam homens (caso do igualmente famoso Jeff Dahmer).

Quando uma mulher mata o parceiro ou ex, considera-se que foi crime passional ou com motivação econômica. A motivação de Elise Matsunaga, por exemplo, foi grana, mas ela alegou legítima defesa e ficou falando que a vítima era infiel. Outro caso recente aconteceu em Campo Grande, onde uma mulher jogou soda cáustica no rosto do ex-namorado, deixando-o cego. Ao que tudo indica, ela também não aceitou o fim do relacionamento, que tinha ocorrido 4 meses antes do crime. E eu escrevo "ao que tudo indica" porque a única alternativa seria supor que o rapaz foi atacado só por ser homem, hipótese que só faria sentido se a ex-namorada dele tivesse atacado outros homens antes, o que não parece ser o caso.

O G1 divulga notícias claramente distorcidas por um viés ideológico, o que estimula muita gente a virar as costas para a imprensa profissional e se informar pelos "Grupos de Zap". Depois, vem Gilmar Mendes afirmar que as redes sociais fazem "lavagem cerebral" e que precisam ser censuradas... E assim a imprensa profissional e o STF fazem triunfar a mentira e o autoritarismo!

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