Como visto no post anterior, geógrafos e urbanistas inspirados pelo marxismo usam a lógica dos maus perdedores para justificar o motivo de suas teses anticapitalistas jamais se traduzirem em políticas públicas concretas. Vale dizer, culpam a imprensa e o processo político de discussão de propostas pelo fato de suas teses radicais nunca alcançarem expressão popular. Bem, a lamentável atuação de Raquel Rolnik no recente “caso Pinheirinho” mostra uma outra faceta dessa lógica, que é a tendência desses urbanistas radicais agirem de forma partidária quando exercem funções que, por definição, exigem um comportamento politicamente isento.
O jornalista Leandro Narloch, em seu Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, avisa que "já é hora de jogar tomates na historiografia politicamente correta". Este blog faz a mesma coisa com a geografia e o sistema de ensino atuais, que carregam os mesmos vícios. E está explicado o título do blog. Por Luis Lopes Diniz Filho
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Os maus perdedores do planejamento urbano
Na ausência de um projeto minimamente claro e viável de construção do socialismo, os autores inspirados pela teoria social crítica se dedicam a atacar muito, propor pouco e esperar que alguma alternativa utópica possa emergir de discussões coletivas. E quebram a cara! Um bom exemplo disso está num artigo em que Silvana Pintaudi avalia a realização de duas Conferências da Cidade no município de Rio Claro, conforme segue:
domingo, 22 de janeiro de 2012
Planejadores radicais não têm nada a propor
Os geógrafos críticos, por sua opção incondicional pela utopia e recusa a ver qualquer positividade no capitalismo, são incapazes de apresentar soluções que sejam a um só tempo radicais e consistentes. A melhor demonstração disso é o IX Colóquio Internacional de Geocrítica, realizado em Porto Alegre. No discurso inaugural do evento, Horacio Capel (2007) anunciou o seguinte:
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
A prática dos "movimentos sociais" contradiz a teoria
Com o fracasso da tese marxista da centralidade operária, os intelectuais críticos do capitalismo vêm depositando suas esperanças utópicas em outros tipos de "movimentos sociais". Supostamente, essas organizações políticas poderiam levar a uma sociedade socialista de tipo novo, distante do estatismo totalitário e corrupto do socialismo real. Mas a experiência histórica recente demonstra haver uma enorme contradição entre essas expectativas e a prática política desses grupos. Vejamos:
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Vesentini entregou o jogo sem querer
José W. Vesentini afirma que, ao contrário do que geralmente se pensa, a origem da geocrítica brasileira não se deu nas pesquisas universitárias, mas sim no ensino médio e fundamental. Ele procura justificar tal avaliação por meio de um testemunho pessoal, afirmando que, já em 1969, participou de seminários num cursinho em que foram discutidas obras como Panorama do mundo atual, Capitalismo e subdesenvolvimento na América Latina, Formação do Brasil contemporâneo e Formação econômica do Brasil, entre outras. Ele também confere grande importância ao livro Geografia do subdesenvolvimento, de Lacoste, e acrescenta que a discussão das relações centro/periferia incorporava também autores como Paul Baran, Paul Sweezy, Harry Magdoff, Teotônio dos Santos, Rui Mauro Marini e André Gunder Frank, entre outros (Vesentini, 2001).
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
O problema da geografia rural brasileira
Respondo agora à pergunta que fiz ao final do último post: o grande problema da geografia agrária brasileira é a dissolução das fronteiras entre ciência e militância político-ideológica. A demonstração disso está na resposta que enviei ao autor que criticou meu parecer (ver aqui), conforme segue.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Há algo de podre na geografia agrária
Há alguns anos, redigi um parecer sobre um artigo enviado para uma revista científica e, embora eu tenha aprovado a publicação condicionada à realização de algumas alterações, o autor do trabalho enviou um e-mail à Comissão Editorial com críticas ao meu trabalho. A Comissão me enviou cópia do e-mail, o qual reproduzo abaixo (incluindo erros de português):
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