sábado, 30 de agosto de 2014

Dilma X Marina: se os pobres são racionais, mas desinformados, a elite é mal formada pela escola

Geraldo Samor escreveu um artigo primoroso sobre a influência da economia brasileira na eleição deste ano (Cf.: It's the economy, stupid!... Só falta explicar). No começo do artigo (anterior à morte de Campos), ele mostrava que o favoritismo de Dilma estava na grande dificuldade para as oposições comunicarem ao "homem médio" que o aumento de  renda ocorrido nos últimos anos se deveu a um boom econômico que já terminou e que as escolhas feitas pelo PT no poder comprometeram a renda futura de todos, a começar pela dos mais pobres. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Márcio Pochmann tapeia até quando diz uma verdade. Ou: reformas já!

Neste ano de 2014, quando os petistas que ocupam a prefeitura de São Paulo provaram do mesmo veneno que os pelegos da CUT usam contra os adversários políticos do PT (uma greve de motoristas imposta por meios violentos e com exigências salariais absurdas), vale a pena lembrar uma entrevista de Márcio Pochmann a propósito da estrutura de  impostos do Brasil, com destaque para o aumento do IPTU na capital paulista (ver aqui).

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Aumentar salário mínimo não diminui a miséria e nem a desigualdade

Na campanha presidencial em curso, assim como em todas as anteriores, vemos a cambada do PT a falar como se os seus adversários fossem contra a política de elevação do valor real do salário mínimo, a qual seria indispensável para reduzir a pobreza e a concentração de renda. Temos aí duas mentiras descaradas que se valem de duas estratégias diferentes para ludibriar os eleitores.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Por que o MST pariu o MTST: nada a ver com utopia

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto - MTST foi fundado em 1997, bem no meio da forte escalada de invasões de propriedades rurais promovida pelas organizações de "sem-terra" na segunda metade da década de 1990. O MTST possui organização e métodos em tudo similares aos do MST, sendo apontado como o "braço urbano" desta última organização: se o MST é uma indústria de invasões de propriedades rurais, o MTST é uma indústria de invasões de terrenos urbanos (aqui).

Para os marxistas e outros teóricos críticos que pesquisam o agro ou o planejamento urbano, organizações desse tipo são evidências de que a instituição da propriedade privada estaria sendo posta em xeque por "movimentos sociais" que, no campo e na cidade, expressam necessidades objetivas e subjetivas da população às quais o Estado não consegue responder adequadamente dentro da ordem capitalista (Diniz Filho, 2013). Mas a verdade é bem outra. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Comparar guerra com competição econômica é bobagem fácil e conveniente

Ontem, o canal Curta! reexibiu, pela enésima vez, o documentário Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá, de Silvio Tendler. Honestamente, quem vê esse documentário nem precisa se dar ao trabalho de ler os livros que Milton Santos escreveu sobre globalização, os quais são tão superficiais quanto o documentário. Tais livros se resumem a repetir frases feitas contra a economia de mercado, não apresentando qualquer argumento lógico ou evidência empírica para sustentar suas críticas. 

Exemplo claro disso é quando Santos afirma que "a competitividade é um outro nome para a guerra, desta vez uma guerra planetária, conduzida, na prática, pelas multinacionais, as chancelarias, a burocracia internacional, e com o apoio, às vezes ostensivo, de intelectuais de dentro e de fora das universidades" (Santos, 1994, p. 35).