quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vamos pesquisar a doutrinação ideológica nas universidades? Eu topo trabalhar de graça

Uma pesquisa realizada pelo CNT/Sensus, e complementada por levantamento feito em 130 livros e apostilas de história e de geografia, demonstrou cabalmente a prática da doutrinação ideológica no ensino médio brasileiro. Diante das evidências de doutrinação que existem também para o ensino superior, nada melhor do que fazer uma pesquisa semelhante em nossas universidades. Já existe até uma experiência internacional que podemos tomar por base.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Prisioneiros num "labirinto de algodão"

Destaco aqui um excelente comentário feito ao post anterior, mas motivado pelo texto Sim, a universidade justifica a violência, que toca em questões cruciais para a refutação da teoria social crítica na academia. Uma vez que o comentário é longo (tanto que foi publicado em duas partes) vou reproduzir apenas as passagens abaixo:
Imagino que algumas pessoas não entendam suas críticas (como o autor do comentário), pois tentam enxergar uma dominação mais explícita no meio acadêmico, devem imaginar que há aulas como aquela do filme "A vida dos outros", onde o professor/agente da Stasi trata da prática de interrogatórios e afirma aos alunos que "seus prisioneiros são inimigos do socialismo". Afora os casos de violência sobre os quais você já falou, acredito que compreender esta situação da academia requeira uma sensibilidade um pouco maior para determinados vazios e silêncios, geralmente pouco percebidos. (Aliás, estão aí os tabus das pesquisas acadêmicas, e não no funk carioca ou na cultura popular como muita gente gosta de afirmar). Acredito que haja, pelo menos, dois pontos que realçam a existência de certo "esquerdismo" dominante nas áreas de humanidades (mas que passam despercebido por outras pessoas).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Esquerda investiu no caos e os bandidos tiraram proveito

Não adianta querer eximir certos "movimentos sociais" de esquerda, adorados por nossos professores de história e de geografia, de culpa pelas depredações e agressões que estamos vendo. Mas tem gente confundindo informações para fazer isso, conforme esta passagem de comentário publicado ao post Legitimação da violência nas universidades.

sábado, 22 de junho de 2013

Sim, a universidade justifica a violência!

Respondo agora a um comentário sobre o texto Legitimação do vandalismo nas universidades. O autor nega o problema da doutrinação ideológica no ensino dizendo o que segue:
Calma, professor!
Do jeito que o senhor fala as pessoas vão realmente acreditar que as nossas universidades são um antro de stalinistas preparados para fazer a revolução. Eu fico me perguntando como o senhor ainda não foi empalado e teve sua cabeça devorada pelos canibais esquerdistas que abundam as universidades públicas. Tome cuidado!
Até meia dúzia de vagabundos que vão vandalizar num protesto pacífico são motivo para se atacar a esquerda, e, numa explicação rasa sobre o problema educacional no Brasil, joga-se toda a responsabilidade nos professores esquerdistas.
Essa doutrinação que o senhor tanto fala não é verdade nem na universidade em que o senhor dá aula. Ou por acaso os professores esquerdistas estão a espancá-lo antes das aulas? Os seus colegas de departamento o impedem de fazer críticas ao marxismo em aula? O seu programa é oriundo de uma cartilha do PSTU ou do PSOL? Por acaso já foi impedido de lecionar mediante a ação terrorista de alunos militantes do PCB?
As faculdades e institutos de ciências humanas e sociais, assim como as organizações estudantis, são, sim, na sua maior parte, antros de stalinistas prontos para uma revolução - no caso dos professores, mais animados para apoiá-la do que para sujar as mãos fazendo... Evidência bem concreta disso está no fato de que, em 2007, 115 professores da USP – apenas 2,2% dos cerca de 5.200 docentes dessa universidade – foram signatários de um abaixo-assinado em favor da causa de uma cambada que tinha invadido a Reitoria, sendo que 101 desses professores pertenciam à FFLCH-USP!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Alckmin e Haddad sabem que ceder ao fascismo gera mais fascismo, mas...

Quando um bando de gente autoritária e disposta a praticar ou legitimar violências exige alguma coisa dos governos, não se pode ceder. Em hipótese nenhuma! Isso já deveria ser sobejamente conhecido pelas décadas de experiência que tivemos com o MST e outros supostos movimentos de "luta pela terra". E os tucanos e petistas sabem disso melhor do que ninguém, embora tenham lutado em campos opostos.

O governo FHC realizou o maior programa de reforma agrária que o Brasil já tinha visto, mas, à medida em que mais e mais famílias eram assentadas, a violência só crescia. Tanto é assim que o número de invasões de terra saltou de 145 para 502 nos anos de 1995 a 1999. Só em 2000 os tucanos se convenceram de que ser generoso com bandos agressivos só serve para incentivar mais pessoas a usar a violência, o que resultou na edição de uma Medida Provisória que eliminou o benefício econômico a ser obtido com invasões. O resultado dessa ação foi que o número de casos de invasão desabou para 236 em 2000, 158 no ano seguinte e para 103 em 2002, conforme dados da Ouvidoria Agrária disponíveis aqui.

domingo, 16 de junho de 2013

Legitimação do vandalismo nas universidades

No post anterior, comentei que o esquerdismo da escola brasileira pode ser um dos fatores responsáveis pelo vandalismo a que estamos assistindo - na verdade, trata-se de terrorismo mesmo, ainda que, até o momento, sem mortes. Mas não é apenas no ensino médio que os alunos aprendem que a luta insurrecional e as barbaridades cometidas por "movimentos sociais" como o MST são justificáveis, pois o mesmo se dá nas nossas universidades!

A primeira fonte de legitimação ideológica da violência nas universidades é a doutrinação teórica de esquerda que acontece nas salas de aula, especialmente nos cursos de ciências humanas. A influência da teoria social crítica (que reúne o marxismo e certo anticapitalismo pós-modernista) responde pela justificação moral de revoluções, insurreições, do crime comum e até do mau comportamento de estudantes.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Vândalos se sentem justificados pelo que aprenderam na escola

Interrompo a discussão que estava fazendo sobre o Bolsa Família para tratar dos atos de vandalismo e violência que vêm explodindo em São Paulo e Rio por conta do aumento das tarifas de transporte público. Antes de mais nada, é preciso deixar bem claro que a violência dos universitários se deve às ideologias de esquerda em que eles acreditam, já que os protestos foram convocados por militantes de partidos socialistas radicais, como PSOL, PSTU e PCdoB, e também da UNE (ver aqui). Em segundo lugar, lembre-se que o PT apoiou o Movimento Passe Livre na última eleição para prefeito, em mais uma demonstração de que esse partido não tem pudor de usar movimentos que abrigam gente fascistoide para chegar ao poder. Todavia, meu objetivo aqui é chamar atenção para o papel que a escola brasileira, inspirada por Paulo Freire e outros militantes marxistas e petistas travestidos de educadores, desempenha na difusão das ideologias autoritárias que alimentam essa violência.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A lúcida crítica de Muhammad Yunus ao Bolsa Família

O economista Muhammad Yunus concedeu uma entrevista à Época que, por um lado, revela a lucidez com que ele reflete acerca dos meios que podem ser empregados para enfrentar a pobreza, mas que, por outro lado, demonstra também a arrogância e primitivismo contidos na sua avaliação sobre os efeitos sociais do funcionamento do mercado. Neste post, vou mostrar apenas a parte da entrevista em que ele trata das políticas de combate à pobreza, deixando a crítica da sua visão sobre o lucro para outro post.
O economista Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz em 2006, foi um visionário ao apostar na concessão de microcrédito e no empreendedorismo para reduzir a miséria em Bangladesh, onde ele nasceu e vive até hoje. Fundador do Grameen Bank, em 1976, e autor do livro O banqueiro dos pobres (Ed. Ática), Yunus contribuiu de forma decisiva para popularizar o microcrédito em todo o mundo. Segundo ele, o empreendedorismo é uma solução mais eficaz do que programas assistencialistas, como o Bolsa Família, para reduzir a pobreza. [...]

domingo, 9 de junho de 2013

Teoria da probabilidade contra teóricos da conspiração

Teorias da conspiração são comuns nos debates públicos, antes de mais nada, por serem fáceis de elaborar. Afinal, esse tipo de explicação consiste apenas em responsabilizar o adversário por um dado acontecimento ou em dizer que ele tem interesse em fazer o público acreditar numa determinada ideia. Daí que os ingredientes para elaborar uma teoria conspiratória crível são poucos e fáceis de formular. Primeiro, é preciso definir um inimigo das ideias e projetos que se deseja defender. Pode ser o comunismo, o capitalismo, o evolucionismo, a religião, o ateísmo, as elites... enfim, qualquer grupo, real ou imaginário, pode servir. Em segundo lugar, deve-se pressupor que esse inimigo é quase divino, pois sabe tudo e controla tudo, de sorte que nunca há nada que aconteça por acaso. Por fim, basta supor que, dada essa onisciência e onipotência do adversário, a prova de que a teoria conspiratória é correta está exatamente na falta de provas; afinal, "eles" escondem tudo... 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Bolsa Família em seu devido lugar. Ou: mentiras petralhas nos comentários - 2

Respondo agora a mais algumas mentiras que publicaram como comentário ao post Relembrando o "modelo econômico" que era "contra tudo o que está aí", conforme se lê abaixo: 
O FHC não fez uma política de transferência de renda, já o governo do PT é reconhecido no mundo inteiro pelo bolsa família e essa transferência de renda ajudou o enfrentamento da crise, pois alimentou a economia das pequenas cidades [...].
Muitíssimo pelo contrário! Quem instituiu as primeiras políticas de transferência de renda em nível federal foi o governo FHC, quais sejam:

domingo, 2 de junho de 2013

Se existir uma "cultura negra", ela é homofóbica

Fonte: TURRER, R [com PEROSA, T.], 2012.
Estou entre aqueles que rejeitam a ideia de que existam identidades nacionais ou continentais. Mas concordo que existem valores que são mais disseminados entre os indivíduos que formam determinados povos, valores esses que acabam definindo comportamentos que tendem a ser predominantes dentro desses povos e que, por isso, acabam muitas vezes moldando as instituições de um país ou grupo de países. É por isso que, embora eu rejeite a visão de Gilberto Freyre sobre a existência de um "caráter nacional" brasileiro, concordo que esse autor conseguiu captar apropriadamente o fato de que o racismo nunca foi um elemento estruturador da sociedade brasileira, ao contrário do que se vê na história de outros povos.