quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pau bem dado em Paulo Freire na Gazeta do Povo

O jornalista José Maria e Silva acaba de publicar uma excelente crítica à Paulo Freire no jornal Gazeta do Povo. O título do artigo é Autoajuda marxista, e demonstra, na mesma linha de David Vieira e de Sol Stern, que o mal chamado "método Paulo Freire" não foi inventado por este que lhe emprestou tal nome (a rigor, já existia pelo menos desde 1915) e que o livro Pedagogia do oprimido nem sequer é um trabalho sobre educação, mas uma simples coletânea de "platitudes marxistas" (a expressão é de Stern). 

Recomendo fortemente a leitura do artigo e também do texto que um discípulo de Freire publicou na mesma edição do jornal (ver aqui). Ao contrário dos professores influenciados por Freire, quem discorda das ideias dele gosta de dar voz ao contraditório...


Seguem abaixo duas passagens particularmente esclarecedoras do artigo de José Maria:
O "Método Paulo Freire", com mais propaganda que resultados, foi uma ferramenta populista de João Goulart financiada com dinheiro norte-americano do acordo MEC-Usaid. E nem era inédito: o uso de palavras geradoras na alfabetização já estava presente em outras propostas pedagógicas, como o "Método Laubach", muito disseminado no Brasil. O que Paulo Freire fez foi carregar as palavras de ideologia revolucionária, a pretexto de falar da realidade do aluno.
Pedagogia do Oprimido, uma espécie de manual de autoajuda marxista, idolatra a "linguagem quase evangélica" do "humilde e amoroso" Che Guevara, enaltece sua "comunhão com o povo" e, valendo-se de um jogo vazio de palavras, justifica as execuções sumárias que ele perpetrava sem piedade: "A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida".
EM TEMPO - Um leitor fez críticas ao meu post anterior (às quais responderei assim que puder) e, no intuito de mostrar que nem todos os socialistas são genocidas desumanos, mencionou Paulo Freire como um exemplo de humanismo. A passagem citada acima demonstra cabalmente que é o contrário: Paulo Freire, assim como Hobsbawn, era um daqueles intelectuais que apoiava ditaduras socialistas exterminadoras da liberdade e de vidas humanas. Exatamente como os professores inspirados pelas "ideias" freirianas.

8 comentários:

  1. "EM TEMPO - Um leitor fez críticas ao meu post anterior (às quais responderei assim que puder) e, no intuito de mostrar que nem todos os socialistas são genocidas desumanos, mencionou Paulo Freire como um exemplo de humanismo. A passagem citada acima demonstra cabalmente que é o contrário: Paulo Freire, assim como Hobsbawn, era um daqueles intelectuais que apoiava ditaduras socialistas exterminadoras da liberdade e de vidas humanas. Exatamente como os professores inspirados pelas "ideias" freirianas."

    Analogamente, Goebbels também não torturava, mas fazia o mesmo tipo de propaganda do regime nazista, como ministro da propaganda. A diferença em relação ao Paulo Freire? Muita. Este último não chegou a ministro...

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    1. Professor li há muitos anos o Pedagogia do Oprimido e um trecho que me recordo apenas é o que fala do "ensino bancário " onde o aluno apenas decora e não aprende. Esta critica na opinião do senhor não é válida já que observamos muitas vezes alunos estudando para provas , sejam elas provas escolares ou até de vestibular, sem reter mais nada adiante ?

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    2. O problema é que o suposto "Método Paulo Freire" não rompe com a chamada "educação bancária". De fato, esse suposto método é apenas uma forma disfarçada e ideologizada de educação bancária. Eu explico isso aqui: http://tomatadas.blogspot.com/2013/01/paulo-freire-fazia-educacao-bancaria.html

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  2. Eu nunca consegui extrair alguma forma de pedagogia do "pedagogia do Oprimido". Vejo mais como espécie de Sociologia da Educação do que Pedagogia.
    Não entendo como as pessoas indicam este livro para a "prática do ensino".

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  3. Muito bom o artigo, Paulo Freire é um grande equívoco. Segue observações elaboradas pelo Filósofo Armindo Moreira, autor do livro PROFESSOR NÃO É EDUCADOR. Dois erros sobre Paulo Freire

    Durante muitos anos, foi moda comentar, expor e elogiar o “método Paulo Freire”. Sobre esse método, Paulo Freire declarou, em Educação e Mudança (tr. de M. Gadotti e L. L. Martins), 6ª ed. (São Paulo, Paz e Terra, 1983. P. 121, Nota 24), o seguinte: (Acusam-me de) “Que não fomos o ‘inventor’ do diálogo nem do método analítico-sintético, como se alguma vez tivéssemos feito afirmação tão irresponsável”.

    Apesar da declaração de Paulo Freire, ainda há quem fale do “método Paulo Freire”.

    Tem-se dito que Paulo Freire foi pedagogista do ensino oficial. Porém suas obras mostram claramente que seu objetivo foi elaborar uma pedagogia que orientasse as lideranças revolucionárias na educação das massas oprimidas. Pedagogia do Oprimido deixa dúvidas?!

    Como explicar estes erros?!!

    Armindo Moreira.

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  4. Paulo Freire escreveu sobre o que?
    Não escreveu sobre ensino formal. Ele escreveu apenas para formar líderes que fomentassem o socialismo no Brasil. Armindo Moreira.

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  5. gozado que contra a manipulação que é o futebol ninguém fala contra... é intocável?

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    1. Eu não acompanho jogos de futebol e nem o que acontece no futebol fora dos gramados. Mas leio um pouco da enxurrada de notícias sobre jogos comprados, corrupção na Fifa, desperdício de dinheiro público e superfaturamento na construção de estádios que só dão prejuízo (no Brasil, pelos governos Lula e Dilma).

      De qualquer forma, tenho certeza absoluta de que a educação é muito mais vital do que o futebol, seja do ponto de vista econômico, sociocultural e político. Nesse sentido, Paul Freire e sua "pedagogia" são um câncer ao qual se deve dar muito mais atenção do que ao futebol. Que outros façam o trabalho de denunciar os problemas do futebol.

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