domingo, 2 de dezembro de 2012

A escola oculta o genocídio socialista!

Um comentário sobre o meu post anterior tratava de indicações de bibliografia a respeito de alguns líderes socialistas genocidas. É claro que o comentário foi redigido por uma pessoa que está fazendo uma pesquisa aprofundada sobre o assunto, e tanto que se dispôs a atravessar as mais de 800 páginas da célebre biografia de Josef Stálin escrita pelo historiador Simon Sebag Montefiori. Mas esse comentário me fez recordar do alarmante contraste entre as toneladas de documentos históricos que expõem os massacres gerados pelo socialismo, em todos os países onde esse sistema foi implantado, e o silêncio absoluto dos nossos professores e livros didáticos sobre o assunto. 


Na Alemanha, de fato, negar o holocausto é crime. Já no Brasil, a escola esconde o genocídio de 100 milhões de pessoas levado a cabo pelos regimes comunistas em seu conjunto, bem como os crimes associados a socialistas tupiniquins, a exemplo dos roubos, estupros e assassinatos de gente pobre efetuados pela Coluna Prestes. E o número de vítimas do socialismo pode ser considerado até bem maior do que essa centena de milhões, a depender do critério usado nessa contagem macabra de cadáveres, posto que Mao Tsé-Tung foi responsável, por decisão direta ou indiferença, pela morte de cerca de 70 milhões de pessoas, e isso numa estimativa conservadora (Boccanera, 2005). Mais da metade dessa gente toda morreu de fome, mas em livros didáticos de história, como a cartilha de Mário Schmidt, o regime maoista é elogiado por suas supostas conquistas econômicas e sociais... Vejamos alguns fatos que provam o contrário:
No fim dos anos 1950, durante o período conhecido como O Grande Salto à Frente, Mao aprofundou a coletivização e forçou os chineses a produzir comida para exportar, em troca de armas. Provocou assim a maior fome na história da China, que matou 38 milhões de pessoas. Ele sabia. Não se incomodava. [...] Nos anos 1960, em parte como consequência do desastre do Grande Salto à Frente, Mao enfrentou conflitos internos de poder e lançou o terror da Revolução Cultural, que incentivou estudantes, agentes policiais e arruaceiros a combater com violência tudo o que o líder apontava como inimigo da revolução - qualquer um que não seguisse as imposições expressas no chamado Pequeno livro vermelho, bíblia dos delírios maoistas (Boccanera, 2005, p. 62-63).
A passagem citada faz parte da resenha que o jornalista Silio Boccanera fez do livro Mao: the unknown story, de Yung Chang e John Halliday (editora Jonathan Cape, 2005). Essa obra também ultrapassa 800 páginas, e traz os resultados de uma pesquisa histórica realizada a partir de documentos oficiais soviéticos que só vieram a público recentemente. E os nossos professores de história? Nada a dizer...

Em vista disso, não há como reclamar deste comentário de Luiz Felipe Pondé: "proponho uma 'comissão da verdade' para todas as escolas e universidades (trata-se apenas de uma ironia de minha parte), onde se mente dizendo que Stálin foi um louco raro na horda de revolucionários da esquerda no século 20. Não, ele foi a regra". Pondé tem toda a razão. Só os nossos estudantes não sabem disso e, se depender da escola, jamais vão saber.

EM TEMPO - O comentário do estudante Carlos Magno, abaixo, foi respondido no post Sim, a escola varre as milhões de vítimas do socialismo para debaixo do tapete.

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BOCCANERA, Silio. De Mao... a pior. Primeira Leitura, São Paulo: Primeira Leitura, n. 41, p. 60-63, jul. 2005.

8 comentários:

  1. Existem uns revisionistas da história do Stálin, que o colocam como um líder bonzinho. Uma professora minha da universidade apoiava a ideia de uma industria da mentira por trás da versão de um Stálin malvado e glorificava grande parte de seus feitos.
    Existe um autor chamado Richard Deustch que parece ter começado com essa história de Stalin bonzinho, adoraria achar esse livro, só para ver como ele constrói sua argumentação

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  2. O mais incrível é que gente que se diz preocupada com a humanidade, ou ainda embuídos de piedade cristã, tenham coragem de defender estes facínoras porque lutavam pela igualdade. Falam como se o sacrifício de uma vida fosse aceitável se a causa é boa. Estes, em geral, são os mesmos que falam em respeito ao próximo e, no mesmo instante, apoiam os extremistas árabes e persas contra os israelenses. Isso ultrapassa a ignorância e beira a doença mental.

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  3. Carlos Magno

    É um equívoco você acusar os socialistas de silêncio com relação aos crimes de Stálin, Mao ou Polt Pot tendo por base o livro do Mário Schmidt. Qualquer um que faça uma universidade ou estuda em um colégio no nível médio, sabe dos horrores das ditaduras comunistas/socialistas ao longo do século XX. Eu tenho professores de esquerda, uma minoria já que a maioria não liga para política ou questões sociais, que fazem questão de falar sobre isso para justamente demonstrar que estão bem longe desses monstros.
    O que se contesta, e deve ser contestado, são esses 100 milhões de mortos, já que os anticomunistas/antissocialistas não se decidem sobre o número de mortos dos regimes, que seguindo as idéias dos mesmos, pode ir de 100 a 300 milhões:


    -Esquerda matou 100 milhões:
    http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4078196-EI8141,00-Site+estima+que+comunismo+matou+mais+de+milhoes+no+mundo.html
    http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/13/esquerda-versus-esquerda-274035.asp
    http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1736&Itemid=106

    - Esquerda matou 110 milhões
    http://uniaoariana.wordpress.com/category/comunismo/

    - Esquerda matou 180 milhões
    http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=7611

    - Esquerda matou 200 milhões
    http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/fidel-o-interminavel/
    http://espectivas.wordpress.com/2009/03/11/nao-podemos-esquecer-que-o-bloco-de-esquerda-e-um-partido-marxista/
    http://www.simceros.org/index.php?option=com_content&view=article&id=103:fato-62-catolicismo-comunismo-e-satanismo&catid=35:dr-jose-renato-pedroza&Itemid=62

    - Esquerda matou 300 milhões
    http://novavida.blogs.sapo.pt/19758.html

    Pois bem, vamos ficar com 100 milhões, que é o número no ´´Livro Negro do Comunismo``. Então, comunismo e capitalismo deveriam sumir de mãos dadas, já que no ´´Livro Negro do Capitalismo``, a cifra está, por baixo, em 107 milhões de mortos!!! E nunca vi nenhum professor liberal, ou conservador, falar sobre esse livro ou esses milhões de mortos provocados pelo capitalismo. Ou seja, cometem o mesmo erro daqueles que querem criticar!!!!!
    Ah, e por favor, não me venha com essa de que as universidades brasileiras são dominadas por comunistas, marxistas, esquerdistas, petistas, etc. Qualquer um sabe que isso não é verdade nem nos cursos de Ciências Humanas, muito menos em universidades como a USP ou a UFRJ, que tem cursos de vários tipos. É ingenuidade demais acreditar nessas teorias da conspiração. Ingenuidade tão grande quanto acreditar que Stálin foi um homem tolerante e democrático.
    Que muitos socialistas mataram, isso é verdade e deve ser dito, porém, muitos outros não mataram e são simplesmente esquecidos. Por acaso, vocês sempre se lembram de Stálin ou Mao para atacar os socialistas, porém, nunca se lembram, por exemplo, de Edward Palmer Thompson, Frei Betto ou Paulo Freire, e muito menos, Olof Palm, que foi melhor que qualquer político liberal ou conservador que você possa citar!!!
    Portanto, fica claro que grande parte dos socialistas não nega os crimes ao longo século XX. O que nós dizemos, e damos ações que comprovam isso, é que NÃO são como aqueles ditadores do século XX.

    OBS: Caso publique o texto, não verei problema em responder de volta. Caso não, compreenderei.


    Carlos Magno, estudante de História de uma universidade pública.

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    1. Sou graduando em geografia na Unicamp, posso assegurar para você que quase a totalidade dos professores de lá são sim marxistas e falam muito bem de todos estes líderes genocidas de esquerda especialmente do Fidel ( que matou mais de 100 mil cubanos). A hegemonia da esquerda dentro da universidade pública ( e também na particular) é absoluta, inclusive em cursos não ligados com a área de humanas, onde pode-se ver muitos estudantes militando em chapas esquerdistas ( as únicas formadas a propósito) nas eleições do DCE. Pra se ter uma idéia, dentro da universidade brasileira o simples fato de você não ser favorável ao socialismo já é motivo pra te classificarem como “direitista”. Isso é ridículo.

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  4. Portanto, fica claro que grande parte dos socialistas não nega os crimes ao longo século XX. O que nós dizemos, e damos ações que comprovam isso, é que NÃO somos como aqueles ditadores do século XX.

    Carlos Magno

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  5. Porque os estudantes liberais não disputam o movimento estudantil? Seria um bom espaço para o debate.

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  6. Pois os estudantes liberais entram na faculdade pensando em se formar e seguir sua vida, entrar para o mercado de trabalho. Não ficam se enrolando na graduação, metidos em movimento estudantil. Já percebi ha muito tempo que esses estudantes profissionais (aqueles que ficam 6, 7, 8 anos na graduação) geralmente estão metidos em movimento estudantil e tem uma visão esquerdista. Aparecer nas aulas que é bom, nada! Só aparecem quando tem festa, viagem para eventos ou eleições de centro acadêmico e DCE. Me desculpe, mas não levo a sério gente assim. Em 1º lugar, a universidade está lá para o aluno estudar. Sem contar que os alunos esquerdista do movimento estudantil geralmente são tão intolerantes com as opiniões diferentes das suas, arrogantes e intragáveis, que não vale a pena iniciar uma discussão de pontos de vista divergentes com gente assim.

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    1. Infelizmente, é isso mesmo o que você diz. Aliás, quando eu estava na graduação, conheci um sujeito que era estudante de história, esquerdista, militava no movimento estudantil e residia gratuitamente no Conjunto Residencial da USP - CRUSP já fazia onze anos... Detalhe: ele tinha 33 anos de idade na época, o que significa que ele já havia passado um terço da vida dele morando às custas do contribuinte por ser estudante universitário! A esquerda que milita no movimento estudantil deixa o estudo em segundo plano, em parte, por causa das benesses. Se atingir um bom posto na UNE, então... é meio caminho andado para virar Ministro dos Esportes.

      Mas, para ser justo, vou dizer que conheci uma pessoa, só uma, que conseguia ser ativa na militância estudantil sem deixar de ser ótima aluna. Eu tentava ser as duas coisas ao mesmo tempo, mas acabava estudando mais do que fazendo política, além de discordar dos meus colegas de gestão em quase tudo. Ela, a única mulher da nossa gestão no CEGE, era também a única que dava conta de tudo, entre todos os militantes que eu conheci dentro e fora do centro acadêmico. A tal exceção que confirma a regra.

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