quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Zander Navarro: o novo mundo rural no Brasil

No dia 26 de outubro passado, Zander Navarro, agrônomo, Ph.D. em Sociologia e pesquisador da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embrapa - SIM, proferiu a palestra O mundo rural brasileiro – o que mudou?, num auditório da UFPR.

Todo geógrafo e professor de geografia deveria ser intimado a assistir! Em cerca de uma hora de exposição, o autor apresentou, com base numa sólida base estatística e em pesquisas de campo, uma periodização do processo de modernização agropecuária brasileira e, em seguida, as tendências recentes desse processo.

Com base nas anotações que fiz durante a palestra, vou resumir brevemente a periodização e apontar as consequências mais gerais do processo modernizador. Em outra postagem, faço o resumo das tendências mencionadas. Mas recomendo fortemente a leitura do último livro do autor (capa ao lado) e também da obra O mundo rural no Brasil do século 21.



Etapas da modernização agropecuária
  • Até 1967: período pré-modernização
  • 1968-1981: As raízes da agricultura moderna no Brasil
  • 1982-1990: anos de estagnação
  • 1991-2000: fase de "desafios novos"
  • 2000 em diante: modernização agrícola acelerada
A principal consequência desse processo foi a redução do preço dos alimentos. De janeiro de 1975 a novembro de 2011, o custo da cesta básica no município de São Paulo caiu pela metade, em termos reais! O lado positivo disso foi que o alimento se tornou acessível para a população pobre. O lado negativo foi que essa queda de preço reduziu a rentabilidade da agricultura, colocando um grande número de produtores rurais, sobretudo de menor porte, em situação cada vez mais difícil.

Outra consequência, manifesta nos anos 2000 e 2010, foi a geração de saldos exportadores cada vez maiores por parte da agropecuária, em contraste com a progressiva redução do saldo exportador gerado pelo setor industrial. Nos últimos anos, o setor industrial tornou-se deficitário, de modo que, embora a agricultura venha desempenhando um papel cada vez mais importante para a balança comercial brasileira, não é capaz de compensar totalmente o déficit no comércio de bens industriais.

Ainda assim, a modernização trouxe duas consequências da maior importância para a inserção internacional do país. Em primeiro lugar, o Brasil não pode mais ser considerado um país exportador de bens primários, visto que as tecnologias empregadas na produção agrícola hoje são tão sofisticadas quanto aquelas que se utilizam na indústria. Em segundo lugar, o Brasil figura como o mais promissor entre os países do mundo de alguma importância na agricultura. Já está na iminência de ultrapassar os EUA em produção agrícola.

Reforma agrária já era!

Nesse sentido, a modernização estabeleceu o "novo padrão agrário e agrícola brasileiro", vigente nos dias atuais. Dentro desse novo padrão, o aumento da produção agropecuária é determinado muito mais pela inovação tecnológica do que pela incorporação de novas áreas. Por conseguinte, a Política Nacional de Reforma Agrária perdeu a razão de ser há muito tempo, de tal modo que, segundo Navarro, "o Incra já deveria ter sido fechado há uns dez anos"!

Além disso, o domínio da tecnologia e o aumento da complexidade organizacional nos sistemas agroindustriais exigem volumes cada maiores de capital para investimento na agropecuária. Como resultado, o capital financeiro, pela primeira vez na história, e cada vez mais intensamente, passa a determinar a lógica do desenvolvimento agrícola brasileiro. E um capital financeiro cada vez mais globalizado, isto é, fornecido por agentes privados que atuam internacionalmente, dado o grande volume de investimento requerido.

Sendo assim, os maiores riscos enfrentados pelos produtores rurais na atualidade são justamente os riscos financeiros. Já pelo lado do capital financeiro internacional, o esforço para reduzir o risco de crédito faz com que os financiamentos se destinem principalmente aos grandes produtores rurais, enquanto o capital estatal se dirige para os pequenos produtores, especialmente os da região Sul. Nesse sentido, o grande capital agropecuário vai se tornando cada vez menos dependente de recursos estatais. Na última década, com efeito, os recursos estatais aplicados no setor agropecuário, considerado em conjunto, foram reduzidos em cerca de R$ 100 bilhões em comparação com período anterior.

Síntese das características do período mais recente:
  1. Etapa financeira do desenvolvimento agrícola
  2. Domínio crescente da inovação tecnológica como determinante do aumento da produção
  3. Complexidade organizacional cada vez maior dos sistemas produtivos agroindustriais
  4. Fracasso ou ineficácia da ação governamental

128 comentários:

  1. A palestra foi ótima. O ápice foi a desmistificação que ele fez da agroecologia, pra revolta de alguns presentes hehehe.

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    1. Realmente, a afirmação de que "a agroecologia não existe" caiu feito uma bomba nos ouvidos de muitos presentes. Talvez eu trate especificamente desse ponto da palestra em algum outro post.

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  2. Olá, Doutor!

    Que bom que esteja melhorando sua tendinite! Assim poderemos voltar a debater no seu blog, se resolver publicar meus comentários, é claro! rsrs

    Apesar de ter me irritado com sua teimosia em defesa da utopia liberal e em esculachar a utopia socialista e ter escrito que não participaria mais do seu blog, resolvi dar uma olhada no que anda publicando e parece muito interessante.

    Tenho que ler esses materiais aí pra prosseguir com minha pesquisa de mestrado e agradeço por compartilhar o link.

    http://fabioborgesgeo.blogspot.com.br/

    Abç

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    1. Você não se irritou com a minha "teimosia": apenas ficou sem resposta.

      Prova disso é que reproduzia em um post comentário que havia feito a outro post que tratava de assunto completamente diverso, só para fazer de conta que tinha algo a dizer (e mesmo sabendo que eu já havia respondido ao mesmo comentário no post pertinente).

      Outra prova é que, diante das críticas que eu fiz a comentários seus completamente desinformados, você simplesmente repetia o que tinha escrito antes, como se eu já não tivesse rebatido aquela (falta de) ideia.

      Uma terceira prova é que você mentiu ao escrever que eu respondia aos seus comentários sem nem tê-los lido direito. Conforme qualquer leitor pode pesquisar no blog (se tiver tempo e paciência para isso...), minhas respostas eram detalhadas, bem redigidas e até itemizadas, justamente para destacar a relação entre cada "argumento" seu e a respectiva réplica.

      Sendo assim, não há mesmo motivo para eu ter qualquer pressa em lhe responder. Mas não deixe de divulgar os meus textos nas redes sociais e nem as respostas que eu te dou - como esta aqui ;)

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    2. Que bom que publicou!
      Se publicar sempre, não preciso comentar nas redes sociais.

      Dia desses fiz uma disciplina com um professor que te conhece e diz ser admirador da sua inteligência. No entanto, ele comentou o óbvio: sua paixão política é que te arrebenta. rsrs

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    3. Entendi. Quando eu desmonto os seus argumentos frágeis e interesseiros, você não publica minha resposta nas redes sociais. Já se eu demoro ou deixo de publicar algum comentário seu que só repete ideias que já foram refutadas por mim em vários posts, aí você publica o seu comentário nas redes para dar a impressão de que sou eu, e não você, que não tem resposta...
      OK, mais uma desonestidade retórica da sua parte não vai rebaixar mais ainda seu nível como “debatedor”, rsrsrs.
      Agora, se for verdade que alguém disse que meu defeito está na “paixão política”, então essa pessoa se enganou redondamente e você tirou proveito disso para desqualificar o que eu escrevo sem discutir.
      O post acima é o melhor exemplo disso: as minhas conclusões, como a dos autores em que me baseio, derivam da análise dos fatos. Quem faz afirmações com base numa “paixão política” descolada da realidade são os intelectuais críticos que eu refuto neste blog e nos livros “Por uma Crítica da Geografia Crítica” e “Não Culpem o Capitalismo”. É só ler para ver.

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    4. Tava me esquecendo de te lembrar novamente de que quando posto alguma coisa do seu blog, sempre posto o link de toda a discussão. Não poderia deixar de te alertar outra vez sobre isso esclarecendo de novo essa estória de que eu quero fazer parecer que venci o debate colocando apenas minhas respostas. Isso é pura histeria sua e falta de conhecimento do que se pode fazer na rede de computadores. Ora! De que adianta eu publicar minha resposta se não publicar todo o contexto da discussão pra que o leitor entenda do que se trata. O que estou fazendo é apenas buscar a minha liberdade de expressão ao invés de ficar dependente de sua vontade de publicar minhas respostas. Até mesmo porque muitas não são publicadas.
      E me agradeça por estar divulgando o seu blog político ao invés de me agredir. Ou vai tentar de novo me convencer de que um blog que publica ataques seletivos a partidos políticos não é um blog político?
      Aaah! E ainda mais sobre a intencional postura academicista e cientificista, eu não considero que estou em uma sala de aula e sou seu aluno. Não que eu ache que isso seja ruim. Pelo contrário, acredito que seus alunos devem aprender muito com o contraditório e tenho muita curiosidade em relação a alguma possibilidade de te encontrar frente a frente.
      Enfim, é mais uma loucura isso de esperar dos leitores de blogs respostas padrões como as de uma turma acadêmica. rsrs

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    5. Eu só acredito que você publica a discussão toda nas redes porque, depois de ficar um tempão me apressando para que eu respondesse comentários seus que só repetiam bobagens às quais eu já tinha dado resposta antes, você agora começou a dizer que eu não preciso mais publicar seus comentários caso eu não ache necessário fazê-lo. E o mais engraçado nessa, digamos, mudança de atitude, é que você agora não quer mais ter “direito de expressão” aqui, rsrsrs...

      Isso significa que você tentava tirar proveito de eu não ver utilidade em publicar vários comentários seus que eram repetitivos para fazer as pessoas que perdem tempo lendo as besteiras e mentiras que você publica nas redes acharem que eu não tinha resposta para seus “argumentos”. Mas qualquer pessoa que tenha feito uma leitura atenta do que escrevi já percebeu há tempos que VOCÊ É QUEM NÃO RESPONDIA.

      Afinal, você mudava de assunto ou repetia tolices que já havia escrito antes sempre que eu apresentava um argumento ao qual você não tinha como responder. E continua agindo da mesma forma agora.

      ESTE BLOG NÃO É POLÍTICO

      Você diz: “e me agradeça por estar divulgando seu blog político ao invés de me agredir”. Ora, eu nunca agredi você. Acusar hipocrisia é fazer uma crítica que diz respeito à ética do debate de ideias, não uma agressão. Quem agride é você, que já me xingou de “idiota”, “otário”, etc.

      E dizer que o blog é político é falso porque, conforme eu já expliquei no post “Por Que Tratar De Política Aqui?”, os temas políticos fazem parte da minha crítica acadêmica à teoria social crítica (ver o link indicado no fundo da página do blog).
      Mas eu agradeço a divulgação que você faz do meu blog, sim, como não? Valeu aí, Fábio!

      Na sequência, você tem a cara de pau de usar a mesma retórica do André Singer, como mostro na conclusão da resposta.

      CONCLUI NA PRÓXIMA

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    6. CONCLUSÃO DA RESPOSTA


      VOCÊ USA A TÁTICA DO ANDRÉ SINGER

      Depois você diz que o TOMATADAS é político porque “publica ataques seletivos a partidos políticos”. Na verdade, eu também faço críticas à oposição aqui, como, por exemplo, ao tratar da política de salário mínimo e do MPL. Mas, se eu critico muito mais o PT, PSOL e caterva do que a oposição, é porque, devido à hegemonia da geocrítica, a maioria esmagadora dos geógrafos é petista e simpática a partidos de esquerda radicais.

      Além disso, demonstrar as incoerências dos governos petistas e os desastres colhidos com a aplicação prática das teorias e ideologias de esquerda é a melhor maneira de provar que a teoria social crítica está completamente errada. Afinal, “a verdade da teoria é a prática social”...

      Por fim, vê-se que você usa a mesma tática que o petista André Singer usa para tentar forçar os jornalistas a tratar os desiguais de forma igual. Ele quer que a imprensa acuse a oposição de ser tão corrupta quanto o PT alegando que, se não fizer isso, então a imprensa estará sendo parcial, partidária e conspirando contra um partido popular para fazer valer interesses econômicos escusos. Mas a verdade é que, conforme os fatos obtidos por meio de investigações já provaram inúmeras vezes, existe corrupção sistêmica no PT e os esquemas de corrupção e de suborno de políticos montados por gente desse partido são as maiores máquinas de roubar dinheiro público de toda a nossa história! Ele quer que a imprensa deixe os fatos de lado para mostrar que é isenta...

      E você? Você acha que eu devo atacar partidos de forma não seletiva para provar que minha análise é acadêmica, isenta, científica, etc. Prova de que, como os esquerdistas em geral, você não sabe o que é isenção e usa argumentos em favor desta seguindo uma lógica de um peso e duas medidas. Ser isento, objetivo, neutro, não é gastar o mesmo número de linhas para criticar todos os partidos; é fazer análises que tenham coerência lógica e empírica.

      Então, se os fatos mostram que os governos petistas são marcados por corrupção sistêmica, propaganda de tipo nazista, autoritarismo, incompetência e se apoiam nas milícias fascistoides dos “movimentos sociais” aparelhados ou cooptados pelo partido, é isso o que deve ser dito nas análises.

      Ademais, o esforço dos analistas competentes em ver qualidades no PT, a fim de serem vistos como isentos, só serve para que os governos petistas recebam elogios que não merecem de modo algum.

      Tratei disso no post: PT NÃO TEM MÉRITO NENHUM

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  3. Seus argumentos são úteis, Doutor.
    Até acho que deveria ser mais conhecido para enriquecer melhor esses debates. No entanto, não é o Zander Navarro com o seu conhecimento de campo que vai validar alguns absurdos da ideologia liberal, de lunáticos que chegam a acreditar que a liberdade de mercado é o mesmo que libertação humana.
    Pode me esculachar à vontade. Mas, aconselho que não se esqueça de que estou no meio do campo que está em debate e entranhado nas pesquisas "científicas" que legitimam o deus mercado, o grande negócio do agro. Vivo isso todos os dias e a cada dia morro um pouco, junto com os trabalhadores rurais que aqui são minha família.
    É óbvio que o Zander Navarro escreve o que vê e contribui muito com seus dados levantados a campo. Só não contribui com a sua filosofia e interpretação, assim como o Doutor e os seus "libertários" também fazem.

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    1. Eu não esculacho você. Apenas demonstro com argumentos que o seu discurso é desonesto e interesseiro. O que você escreve na sequência, aliás, confirma isso de novo. Vejamos:

      1. Não há e nem nunca houve uma sociedade tecnologicamente complexa, materialmente desenvolvida e democrática que não fosse uma economia de mercado. O socialismo tentou ser isso e resultou no morticínio de, por baixo, 100 milhões de pessoas, além de gerar pobreza, fome e esmagar o indivíduo sob as botas de regimes totalitários e cruéis. Se tiver alguém aqui defendendo cegamente uma ideologia, é você. Mas a verdade é que você usa um discurso socialista e ambientalista em causa própria, e não por cegueira ideológica.

      2. É mentira dizer que as conclusões de Navarro e as minhas são fruto de uma “filosofia e interpretação”. Se a observação empírica prova que a agricultura moderna e a concentração da produção em poucos estabelecimentos (não necessariamente grandes) acabaram com a fome, geram renda, empregos e divisas, logo, a conclusão de que a reforma agrária é inútil deriva simplesmente da lógica, não de ideologias.

      3. Quem disse que Zander Navarro ignora o fato de que o barateamento da comida, que acabou com a fome no Brasil, deixou muitos produtores em dificuldade? Escrevi isso explicitamente no post! Mas você não conseguiu entender ou se faz de desentendido. E ele defende que o Estado pode ajudar pequenos produtores, sim, como está dito acima.

      4. Quando você se diz um sofredor do campo, confirma o teor interesseiro das coisas que você escreve. É muito comum que pequenos produtores que fracassaram em acompanhar a modernização tecnológica e a competição no mercado adotem discursos anticapitalistas ou antagônicos às grandes empresas como forma de justificar suas reivindicações de subsídios para a produção e proteção de mercado para seus produtos. Mas, em vez de admitirem que advogam em favor de seus interesses econômicos, usam críticas ideológicas ao capitalismo e discurso agroecológico para fazer de conta que não ligam para dinheiro e que só se preocupam com o meio ambiente e a saúde dos consumidores.

      5. Já tratei desse tipo de hipocrisia (também comum entre grandes empresários, já que “ajuda” todo mundo quer) no post "No que certos industriais se parecem com certos 'camponeses'": http://tomatadas.blogspot.com/2014/04/no-que-certos-industriais-se-parecem.html

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  4. Você subestima demais a seus interlocutores, Doutor.
    Eu sei o que o Zander Navarro escreve e não me faço de desentendido. O que qualquer ser que raciocina não pode concordar é que o modelo predominante de agricultura sob o monopólio das grandes corporações capitalistas e a complacência dos safados que regem e conduzem ao Estado é um maravilha.
    E não são só os marxistas que percebem todo o tipo de rapinagem que esses grupos exercem sobre as riquezas, sobretudo dos países do hemisfério sul. Basta olhar e ver.
    Aliás, tem um mapa ridículo aí de um desses aloprados seus dizendo que essa tese do hemisfério sul é furada porque alguns países como o Japão não entram na lista dos roubados. É brincar muito com a inteligência dos outros, não é não?

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    1. Se você entende o que o Navarro diz e não se faz de desentendido, então por que sai por aí escrevendo que esse autor só faz endeusar o mercado? No post está dito explicitamente que ele defende a necessidade de o Estado ajudar os pequenos produtores a se modernizarem porque essa é que é a verdadeira questão social no mundo rural de hoje.

      Essa agricultura que você critica acabou com a fome no Brasil! Logo, se você realmente se preocupasse com os pobres, os "oprimidos" e a saúde das pessoas, deveria aplaudir esse modelo agrícola, ao invés de usar um discurso supostamente crítico para fazer de conta que os seus interesses econômicos particulares são, na verdade, interesses gerais da sociedade.

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    2. A propósito, a divisão Norte-Sul é furada mesmo, conforme eu já demonstrei, com base em indicadores econômicos e sociais, no post "O Mundo Distorcido em Nossas Escolas".

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  5. Aaah! Só pro doutor não passar sem essa: a retórica do "se está inconformado é porque é um derrotado" é a mais usual entre os canalhas e puxa saco de poderosos e sempre funciona contra um oprimido, já que tem um sentido de verdade quando quem sente na pele os abusos dos opressores não foge à indignação contra o que o fatiga.

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    1. Os fatos legitimam as explicações de autores como Navarro e eu para as questões apontadas no post acima. Logo, não estou fazendo retórica, mas uma análise factual. E, como não estou fazendo retórica, não posso ser acusado de "canalha" e muito menos de "puxa saco". Os fatos não puxam o saco de ninguém, pois são apenas fatos.

      E você não é "oprimido" pelos "poderosos" coisa nenhuma. É apenas um produtor rural que perdeu renda por causa da queda do preço real dos alimentos, tal como ocorreu com milhares de outros produtores rurais. Prova disso é que a queda do valor real dos alimentos foi extremamente benéfica para a grande maioria da população brasileira (sobretudo a mais pobre!), já que a maioria não é formada de produtores rurais, mas sim de consumidores urbanos de comida.

      Então você fala que uma mudança estrutural que acabou com a fome no Brasil foi uma injustiça impetrada por "poderosos" contra os "oprimidos" e depois vem dizer que o canalha sou eu? Canalha é esse discurso vitimista completamente hipócrita que você usa, isso sim.

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  6. Se quer mesmo entender o que de fato acontece no campo ainda vai ter que estudar muito sobre isso, doutor. E não vai ser só esses agrônomos, sociólogos e economistas que vão lhe inteirar do necessário.
    A modernização no campo que vem aumentando a produção não é uma tecnologia tão complexa como acreditas e quando escreve sobre o apoio aos pequenos, entra em contradição com o que escreveu antes se embasando nesses trabalhos citados, pois é fato que a intensificação de capital e até a omissão do Estado fez com que essa produção aumentasse.
    O que aconteceu nada mais tem sido do que o uso massivo dos pacotes tecnológicos sobretudo os adubos hidrossolúveis, os sais à base de rochas fosfatadas, potássio e nitrogênio sintético, os agrotóxicos de forma indriscriminada para conter o avanço de pragas e doenças (resultado do desequilíbrio ambiental que se agrava a cada dia mais) amplianção sobre as áreas de pastagens e produção de animais confinados para compensar o avanço sobre essas áreas. Tudo isso com financiamentos pesados, ora por bancos públicos com juros subsidiados, ora por empresas que especulam com a produção e amarram os agricultores com o comprometimento da safra financiada.
    Infelizmente não tenho tempo pra detalhar melhor o que tenho estudado, mas fique com a certeza de uma coisa: essa “maravilha” que o doutor está louvando é extremamente insustentável e o mundo inteiro já sabe disso.

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    1. Vejamos:

      1. Você insiste na hipocrisia de falar em nome do bem comum sem admitir que o modelo agrícola que você combate acabou com a fome no Brasil.

      2. Quem anda precisando estudar mais é você, pois a descrição que você faz dos elementos agroquímicos que compõem o pacote da revolução verde é superficial e não corrobora nada do que você diz.

      3. Não caí em contradição alguma: conforme já expliquei no post “Oito Verdades Incômodas sobre Economia de Mercado, Agricultura e Ecologia”, me oponho aos subsídios à produção, mas não a subsídios temporários que visem produzir modernização tecnológica.

      3.1. O link para o post é: http://tomatadas.blogspot.com/2014/03/oito-verdades-incomodas-sobre-economia.html

      4. Em que você acha que a afirmação “[...] é fato que a intensificação de capital e até a omissão do Estado fez com que essa produção aumentasse” ajuda no seu ataque à agricultura moderna? Essa afirmação só confirma a hipocrisia que eu comentei acima.

      5. É mentira dizer que o uso de agrotóxicos se deu de forma ”indiscriminada”, conforme eu explico em um dos artigos do livro “Não Culpe o Capitalismo” e também aqui neste blog. Já está mais do que provado que o uso adequado de agrotóxicos não faz mal algum à saúde, e há instituições que fiscalizam a aplicação de agrotóxicos.

      6. A expressão “desequilíbrio ambiental” é vaga e usada pela agroecologia de forma enganadora, pois traz embutida a suposição de que, quanto menor for a intervenção humana nos ecossistemas, maior será a sustentabilidade social e ambiental dos sistemas produtivos, o que é falso. Sem o “desequilíbrio” causado pelo modelo agrícola que você combate, o problema da fome não teria sido resolvido. E esse modelo, por alcançar maior produtividade em área, libera mais espaço para a criação de áreas de conservação ambiental total. Já a agricultura orgânica, se fosse o modelo agrícola predominante, levaria à alteração de vastas áreas da floresta amazônica.

      7. Os grandes produtores recorrem cada vez mais ao capital financeiro privado internacional, enquanto o dinheiro do Estado se dirige preferencialmente para a agricultura familiar.

      8. As críticas agroecológicas à dependência financeira dos produtores em relação ao Estado e ao capital privado também são hipócritas, pois, na Europa, a agricultura orgânica é subsidiada pelo Estado. E aqui mesmo, neste blog, já houve agricultores orgânicos que defenderam a ideia de que, se o Estado financia a agricultura convencional, qual é o problema de financiar a agricultura orgânica? Comento isso no post indicado no item 3.1.

      Finalizando, é falso dizer que a agricultura moderna é insustentável, pois não há qualquer evidência disso. Por outro lado, a insustentabilidade da agricultura orgânica é incontestável, posto que as formas ecológicas de produção agropecuária não são capazes de produzir comida suficiente para alimentar a população atual do mundo, como bem coloca Zander Navarro.

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  7. Sinceramente, vejo que a sua viagem é bem mais profunda do que acreditei que poderia ser. Não dá mesmo pra discutir com quem não quer enxergar e se acha conhecedor de tudo.
    Já que tenho um pouco mais de tempo agora que estou aguardando o almoço, vou rebater por itens também. rsrs ...mas, já estou ciente de que vou perder o meu tempo, a não ser pelo fato de que servirá para outras pessoas que possam ler aqui, porque para o doutor “sabe tudo” sei que não vai fazer diferença.

    Vamos lá:

    1- Hipocrisia é afirmar que o problema da fome foi completamente resolvido apenas pelo aumento inflável da produção de alimentos, quando o acesso justo a estes e outros bens depende também da distribuição, a qual em muitos casos vem sendo subsidiada pelo Estado e tem um custo que o agronegócio e nenhuma outra atividade especulativa pagará, jamais. É sabido que o agronegócio não costuma pagar os custos externalizados de suas atividade produtivas(saúde do trabalhador, degradação de cursos d'água, salinização e arenitização de solos, destruição da biodiversidade é responsabilidade de ninguém). O conceito de custo externalizado foi dado há quase trinta anos atrás pelo relatório de Brundtland, mas até hoje muito doutores nem sabem do que se trata. A prova está nessas aberrações que defendem atividades insustentáveis como a salvação da economia e por fim, a salvação do mundo. rsrs
    2- Os elementos principais dos pacotes tecnológicos são os famosos hidrossolúveis com NPK desenvolvidos ainda no século XIX na Alemanha pela equipe de Justus von Liebig e os venenos, principalmente à base de clorados que já foram proibidos em grande parte do planeta, mas o lobby da indústria quer nos convencer de que estes não prejudicam à nossa saúde(manda algum desses safados beber uma porção pra ver se eles querem!). Os herbicidas são mais novos, mas um dos mais usados que é o 2,4D é de 1944 e foi amplamente utilizado em guerras, mesmo depois de ser proibido por tratados internacionais relacionados às políticas de direitos humanos.
    Os transgênicos, um rearranjo da revolução verde são mais novos, mas já se vão algumas décadas dos primeiros trabalhos. O fato é que o Zander Navarro também viaja na maionese quando diz que o Estado tem que facilitar o acesso a essas porcarias, ao tempo em que qualquer agricultor pode comprar os pacotes em qualquer loja agropecuária no interior do País. Só não é barato.

    Enfim, não vou escrever mais porque já se vão meia lauda de papel A4 e o resto dá pra resumir:

    Precisa estudar mais para ver que agricultura orgânica não é o mesmo que agroecologia. Sobre recursos ecológicos recomento ler Enrique Leff em Ecologia, Capital e Cultura. É um economista, mas faz um estudo bem amplo.
    Quanto aos subsídios, se são necessários, é óbvio que só serão viáveis em atividades realmente sustentáveis.
    E quando eu digo que não bastam agrônomos, economistas e sociólogos, é justamente por causa dessa teima idiota de que os agrotóxicos são utilizados com segurança. Isso é ridículo! Os pesquisados da área da saúde coletiva tem bons trabalhos sobre o assunto em livros e documentários. https://www.youtube.com/watch?v=v2eUR5EyX9w http://abrasco.org.br/dossieagrotoxicos/

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    1. Você mantém a postura hipócrita de criticar o modelo agronômico responsável pelo fim da fome ao mesmo tempo em que finge estar preocupado com justiça, meio ambiente e saúde. Seu verdadeiro interesse é ganhar dinheiro do governo para viver bem produzindo pouco, conforme se revela claramente no seu texto. Vejamos as provas disso:

      1. Você admite que o aumento da produção ocasionado pela agricultura convencional resolveu o problema da fome, mas tenta relativizar esse fato dizendo que ”o acesso justo a estes e outros bens depende TAMBÉM da distribuição, a qual em muitos casos vem sendo subsidiada pelo Estado [...]”.

      1.1. Argumento sem lógica, pois, caso não tivesse havido aumento da produção, o Estado não teria o que distribuir! E é também uma afirmação mentirosa: a mudança recente na metodologia usada pela FAO para quantificar as pessoas que supostamente passariam fome (que consistiu em incluir os alimentos consumidos fora de casa no cálculo) provou que o papel de distribuição de alimentos feito pelo Estado teve papel residual.

      1.2. Como já disse, sou contra subsídios à produção. Contudo, o objetivo desses subsídios NÃO é acabar com a desnutrição: o Fome Zero nunca saiu do papel justamente porque os pobres já eram bem alimentados e também porque distribuir dinheiro é muito mais eficiente do que distribuir comida. Além disso, os maiores beneficiados com as políticas de subsídios à produção são os agricultores familiares ineficientes, como se vê, por exemplo, nos programas de merenda escolar.

      1.3. Ou seja, o Estado compra comida a preços altos da agricultura familiar e a distribui para as crianças, quando sairia mais em conta comprar de quem oferecesse o menor preço, independentemente do porte do produtor. E, mesmo assim, você tem a cara de pau de falar como se o agronegócio é que impusesse custos ao Estado!

      1.4. Depois você diz que o agronegócio não paga os custos de externalidade (saúde do trabalhador, danos ambientais, etc.). São mentiras descaradas: conforme eu demonstro nos livros POR UMA CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA e NÃO CULPE O CAPITALISMO, a reforma agrária e a agricultura familiar, no Brasil, têm gerado impactos ambientais e causado problemas trabalhistas e de saúde pública mais intensamente do que o agronegócio.


      2. Depois você repete a descrição superficial dos produtos químicos usados na agricultura e, na sequência, solta de novo a mentira de que agrotóxicos fazem mal a saúde. Conforme eu já demonstrei neste blog e no livro NÃO CULPE O CAPITALISMO, o uso controlado de agrotóxicos não faz mal algum à saúde humana.

      2.1. Por isso mesmo é que a desnutrição acabou e a expectativa de vida subiu à medida que os agroquímicos se disseminaram pela Europa, EUA, Brasil, etc.

      2.2. Você diz que o Navarro “viaja na maionese”, mas não explica a razão disso.

      2.3. Você manifesta de novo sua hipocrisia quando afirma “qualquer agricultor pode comprar os pacotes em qualquer loja agropecuária no interior do País. Só não é barato”. Ora, não é barato para quem produz produtos de baixa rentabilidade e/ou em pequena escala, pois, para quem produz de forma eficiente, o preço é acessível, sim! Se não saísse barato para os produtores eficientes, como é que os preços finais dos alimentos poderiam ter caído pela metade nas últimas décadas, como se lê no post acima?

      CONCLUO NA PRÓXIMA RESPOSTA

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    2. CONCLUSÃO DA RESPOSTA

      3. Você expõe sua hipocrisia ainda mais no final, quando diz que os subsídios “são necessários” e que, sendo assim, eles só devem ser aplicados em atividades supostamente sustentáveis, isto é, na agricultura orgânica. Noutras palavras, você diz que o Estado tem que dar dinheiro para os agricultores de qualquer jeito, mas só você e outros produtores orgânicos é que merecem receber mesada do governo!

      3.1. O post acima demonstra que os grandes produtores usam cada vez mais o capital financeiro privado internacional, enquanto os recursos do Estado se direcionam crescentemente para os produtores familiares. Quem produz de forma eficiente não precisa de subsídio; os produtores orgânicos precisam justamente porque produzem pouco.

      3.2. Você dá mais uma demonstração de que não sabe ler quando afirma: “precisa estudar mais para ver que agricultura orgânica não é o mesmo que agroecologia”. Afinal, no segundo post que publiquei sobre a palestra de Navarro está escrito com todas as letras que a agricultura orgânica tem princípios definidos, enquanto a agroecologia “não existe”, rsrsrs...

      P.S. Não se acanhe em escrever mais de meia lauda tamanho A4: as minhas respostas foram escritas em 1 lauda e meia, rsrsr...

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    3. Definitivamente, eu preciso procurar não me irritar com suas dissimulações para conseguir contribuir com respostas mais objetivas e menos irônicas. Mas, custo acreditar que possa existir um geógrafo mergulhado numa fragmentação tão grande como essa.
      O aumento da disponibilidade de alimentos é visível pra qualquer um que tenha olhos para ver. Eu nunca disse que a agricultura químico dependente é improdutiva. Pelo amor de Deus! O que todo mundo sabe é que essa dependência química é insustentável, sendo inclusive preocupação de todos os agrônomos sensatos. Só não é preocupação dos vendedores desses pacotes tecnológicos, porque os venenos ainda são os que dão mais dinheiro nesse mercado.
      Quanto à viagem do Navarro, ele não vê que a dependência dos agricultores dos pacotes tecnológicos é que os arruína e propõe que o Estado os ajudem a se modernizarem melhor quando todo o contexto de argumentação desses trabalhos citados é a abordagem do problema de escala e que a eficiência comercial já leva os pacotes a todos os cantos do país.
      Sobre a minha suposta superficialidade quando descrevo o básico dos pacotes tecnológicos, o que o doutor quer? Quer que eu descreva iten por iten os princípios ativos e dosagens dos agrotóxicos, biologicamente a tecnologia da transgenia utilizada, as tecnologias da informação contidas nas atividades da agricultura de precisão, os macro e micronutrientes utilizados para o desenvolvimento das plantas, assim como toda a fisiologia vegetal das espécies e o processo de aproveitamento desses nutrientes?
      Se os hidrossolúveis à base de NPK e os venenos não são a base desse modelo agrícola defendido pelo doutor, procure saber como seria sem eles.
      E aposto que essa resposta não será publicada, porque toda vez que te aperto de verdade, o senhor não publica. rsrs

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    4. METENDO OS PÉS PELAS MÃOS

      Se você reconhece que a oferta per capita de alimentos cresceu, então tem de reconhecer que foi a “agricultura químico dependente” que acabou com a fome. Mas, se você reconhece isso, como pode ter dito, noutro comentário, que o sistema convencional é ruim para os produtores e para os consumidores, beneficiando apenas um grupo de “parasitas”?

      MENTIRAS DE NOVO

      A afirmação de que a agricultura convencional não tem sustentabilidade é falsa. A revolução verde começou faz uns 60 anos, e não houve esgotamento dos solos por conta disso. Pelo contrário, os solos e demais fatores de produção agropecuária estão sendo empregados com produtividade cada vez maior, conforme os dados apresentados por Navarro.

      Por outro lado, a agricultura orgânica é econômica e socialmente insustentável, pois opera com baixa produtividade.

      SOBRE SUSTENTABILIDADE

      É falso dizer que “a dependência dos agricultores dos pacotes tecnológicos é que os arruína”, pois aqueles produtores que conseguiram acompanhar o ritmo da inovação tecnológica ampliaram tanto a produção que conseguiram enriquecer ao mesmo tempo em que baratearam o preço da comida para os consumidores.

      E quanto àqueles produtores que não se modernizaram? Ora, se a agricultura orgânica fosse uma boa opção para todos eles, não teria sobrado nem um sequer na agricultura convencional, certo?

      Ademais, a dependência de muitos agricultores ecológicos de subsídios estatais é a prova de que o rebaixamento dos custos de produção oferecido pelos métodos alternativos não compensa a queda de produtividade ocasionada pela aplicação desses métodos.

      Portanto, não é à toa que a comida orgânica custa mais caro: os custos de produção nas unidades de produção agrícola orgânica são baixos em termos absolutos, mas elevados em termos relativos!

      ENROLAÇÃO

      Repetir o que todo mundo já sabe sobre "hidrossolúveis à base de NPK" não adianta nada se você não comentar os EFEITOS ECONÔMICOS E SOCIAIS da utilização dessas tecnologias. E esses efeitos são: geração de emprego e renda, redução do preço dos alimentos, eliminação do problema da fome e melhora da qualidade de vida da população.

      Falar dos elementos técnicos da produção convencional sem comentar seus efeitos econômicos e sociais benéficos é só uma forma de enrolação retórica a serviço da defesa hipócrita de interesses particulares.

      ENCERRANDO

      Você nunca me "apertou", pois nunca respondeu a nenhum dos argumentos que apresentei acima. Só publico seus comentários quando eles são úteis para resumir o modo de (não) pensar dos geógrafos e quando eles explicitam a hipocrisia dos produtores orgânicos que falam em nome do bem comum para disfarçar o fato de que defendem interesses econômicos particulares.

      Ademais, você já reconheceu que, quando eu desmonto seus argumentos um por um, você não publica o que eu escrevi nas redes sociais. Portanto, para aqueles que são tapeados ao ler o que você escreve em outros lugares que não aqui, você está sempre certo. Bom para você e ruim para eles, mas eu não me incomodo com isso. A internet é grande demais para eu perder tempo desmentindo todos que, como você, argumentam desonestamente por aí.

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  8. Só pode ser um troll de internet com esse aluguel de que “agrotóxico não faz mal à saúde”. Kkkkkkk ...em que mundo essa gente que acredita nisso vive?! Será que já procuraram saber quantos agricultores seguem à risca os períodos de carência para as colheitas recomendados nas embalagens dos venenos? Já sabem quantos trabalhadores utilizam equipamentos de proteção nos campos? Imaginam que não existe deriva de aplicações, que todos os aplicadores observam a velocidade dos ventos, temperaturas, possibilidade de precipitações e margens de segurança em distância dos objetos não alvo?
    ...nem preciso citar aqui os estudos do Prof. Pignati que apontam que mesmo os EPIs semelhantes aos dos astronautas ainda deixam respirar 5% dos venenos contidos no ar e nem as denúncias da jornalista francesa Marie-Monique Robin que mostram em documentário os malandros da indústria, os políticos e os cientistas vendidos entrando em contradição sobre a determinação da ingestão diária aceitável em “O veneno nosso de cada dia”.
    Qualquer leitor atento e conhecedor do contexto pode perceber que o doutor se contradiz o tempo todo. Os economistas que tem essa linha de raciocínio aí colocam tudo no mesmo balaio: agricultura familiar, pequeno agricultor, seja como quiser que forem chamados estão envolvidos na cadeia do agronegócio, porque consomem os insumos do agronegócio e produzem também para o mercado, (isso é o que eles afirmam e não há como discordar) mesmo que em menor escala. E se a pequena escala é problema é só pra eles, porque para os vendedores de agoinsumos não é. Conheço alguns que vendem aos pequenos e estão milionários. No entanto, o doutor para me retrucar agora coloca esses agricultores como não utilitários dessas “tecnologias”(rsrs). Ou pior, culpa-os por não usá-las de forma “eficiente”, discriminando-os como insignificantes no mercado ao mesmo tempo que afirma que são numerosos para os subsídios.
    Pare com essa viagem, doutor! O próprio livro linkado aí tem trabalhos apontando as loucuras da modernização agrícola que com o tempo foram se mostrando inviáveis, insustentáveis e inadmissíveis, forçando rearranjos(ver a partir da página 510 do livro “O mundo rural no Brasil do século 21”). No entanto, nessa bolha em que vivem muitos intelectuais e pesquisadores, eles não costumam admitir que a falha não é dos agricultores ou, historicamente dos trabalhadores de uma forma geral e sim dos especuladores que endeusam ao mercado e querem apenas vender seus produtos.
    A agricultura sustentável de fato nunca irá acontecer se depender desses malas, porque o agricultor independente é como o viciado que se livrou das drogas e não pode mais dar dinheiro aos traficantes. Isso para o mercado não e bom mesmo. Pode ser bom, e é obvio que sim para os produtores e consumidores, mas para os atravessadores e toda a sorte de parasitas, definitivamente não é.
    E vá ler o livro do Leff que te recomendei pra não escrever tanta asneira para as pessoas em um blog que todos podem ver.

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    1. MENTIRAS

      1. O post publicado no link abaixo, que você leu e comentou, prova que, segundo a maior parte dos especialistas em toxicologia, o uso adequado de agrotóxicos não faz mal algum à saúde. E esse resultado é coerente com as estatísticas sociais brasileiras, pois foi com a generalização dos agroquímicos que a produção per capita de comida aumentou, a desnutrição praticamente desapareceu e a expectativa de vida subiu. Logo, você mente quando diz que não tenho base para afirmar o que afirmo.

      1.1. http://tomatadas.blogspot.com/2013/10/agrotoxicos-nao-fazem-mal-saude-mas.html

      2. No mesmo texto que você leu e comentou, está dito que a qualidade dos alimentos produzidos de forma convencional é fiscalizada pela Anvisa e por outras instituições, e os resultados estão disponíveis na internet. Há países que são considerados totalmente livres de contaminação por agrotóxicos e, para o Brasil entrar nesse grupo, basta melhorar os sistemas de fiscalização.

      2.1. De outro lado, não é impossível que alimentos orgânicos sejam contaminados com bactérias, como já aconteceu recentemente na Alemanha, visto que os sistemas de certificação de produtos orgânicos não são infalíveis. Explico isso no texto acima, que você leu e comentou. Memória convenientemente fraca a sua, rsrsrs...

      3. Quanto ao fato de que há agricultores que deixam de usar equipamentos de segurança, trata-se aí de uma negligência (ainda que compreensível) que deriva do evidente desconforto de usar luvas e máscaras debaixo de sol forte enquanto se faz trabalho braçal, como é o trabalho na agricultura.

      3.1. E esse problema talvez seja maior na agricultura familiar do que no agronegócio, posto que, quando o trabalhador é empregado, vê-se forçado a usar os equipamentos para não sofrer punições (como demissão), enquanto que na agricultura familiar cada um é dono do seu nariz. Tudo ao contrário do que os geógrafos falam.

      ANALFABETISMO

      Quem diz que agricultor familiar ou "camponês" não usa agrotóxico não sou eu, mas sim os geógrafos rurais que eu critico! Isso está escrito explicitamente no livro POR UMA CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA e também no texto "Agricultura e Mercado no Brasil" (barra lateral do blog).

      Então, se você acha que eu falo como se a agricultura familiar não usasse químicos, é por analfabetismo, rsrsr...

      INEFICIÊNCIA

      Quanto à ineficiência da maioria dos pequenos agricultores, ela não está necessariamente na forma como eles aplicam agrotóxicos. Na maior parte das vezes, a ineficiência vem do fato de que, tendo pouca terra, não conseguem alcançar ganhos de escala com a mecanização e nem obter uma boa renda da atividade agrícola.

      Por isso mesmo a maioria passa por dificuldades: produzem quantidades pequenas de produtos que, com a modernização agrícola, foram ficando cada vez mais baratos para o consumidor final.

      A agricultura familiar costuma ser eficiente e competitiva quando produz produtos que exigem muita mão de obra, como tabaco, frango, mandioca, hortaliças, etc. O resto é produzido mais eficazmente pelas grandes propriedades.

      INCOERÊNCIA

      Quando você cita os "rearranjos" pelos quais a agricultura convencional teve de passar, cai em contradição, pois acusa a agricultura convencional de insustentabilidade ao mesmo tempo em que reconhece que há um processo de ecologização da agricultura convencional.

      HIPOCRISIA

      Não me venha com acusações contra cientistas e políticos "vendidos", pois você já demonstrou que está pouco se lixando para a saúde das pessoas e que seus "argumentos" visam apenas legitimar seu interesse econômico de ganhar muito produzindo pouco mediante o recebimento de subsídios do governo.

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    2. MAIS MENTIRA E HIPOCRISIA

      Você dá mais demonstrações de hipocrisia quando afirma: "A agricultura sustentável de fato nunca irá acontecer se depender desses malas, porque o agricultor independente é como o viciado que se livrou das drogas e não pode mais dar dinheiro aos traficantes. Isso para o mercado não e bom mesmo. Pode ser bom, e é obvio que sim para os produtores e consumidores, mas para os atravessadores e toda a sorte de parasitas, definitivamente não é".

      Você mente quando diz que a agricultura sustentável é boa para os consumidores. Ao menos no que diz respeito aos consumidores de baixa renda, é péssima, pois, como a produtividade da agricultura ecológica é quase sempre muito baixa, mantém os custos de produção elevados e os preços também. Se toda a agricultura do mundo fosse ecológica, estaríamos passando fome!

      E parasitas são esses pequenos agricultores que, como você, querem receber subsídios do governo para ter renda alta mesmo produzindo pouco. Agricultura orgânica sustentável é só aquela que dispensar mesada do governo para produzir alimentos com preços acessíveis.

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  9. Feliz Ano-Novo, doutor!
    E viva a ecologização da agricultura! Mesmo que não seja de interesse do mercado. rsrs

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    1. Feliz Ano Novo pra você também, professor. Mas, mesmo felicitando-o, não posso deixar de fazer correções, rsrsrs...

      Primeiro, quem disse que a ecologização da agricultura convencional não é do interesse do mercado? Sempre que práticas menos impactantes reduzem custos e/ou agregam valor ao produto, é do interesse do mercado, sim.

      Segundo, note como certos produtores orgânicos são hipócritas ao criticar o mercado: eles escolhem a produção orgânica porque essa é uma boa estratégia de mercado para eles, na medida em que lhes permite vender alimento a preços mais altos e escapar da concorrência com o agronegócio pela produção de um produto diferenciado.

      E isso quando não chegam ao ponto de, tal qual você faz, reivindicarem subsídios do Estado para se manterem inseridos no mercado mesmo produzindo pouco...

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    2. Vamos começar um ano novo menos ásperos um com o outro, até porque acredito que no final das contas podemos concordar em muitas coisas. Só não temos a mesma posição política. Rsrs ...pra mim, a lógica que prevalece no meio capitalista é a lógica da esperteza de alguns combinada com a alienação de muitos. E acho impossível que eu mude de ideia. Rsrs
      Eu não vejo um avanço maior dessa ecologização porque um modelo sustentável exige muito mais cuidados, muito mais conhecimento, inclusive tecnológico, mas sobretudo ambiental ao mesmo tempo que não interessa de forma alguma às empresas que financiam campanhas políticas de parlamentares e todo o tipo de político que pode beneficiá-las com leis e tramóias favoráveis aos seu interesses comerciais. Como já escrevi aqui e todo mundo sabe, o agronegócio movimenta muito dinheiro com a venda de seus pacotes tecnológicos à base de agroquímicos e a dependência desses pacotes por parte dos agricultores é a galinha dos ovos de ouro das maiores empresas do ramo.
      A Embrapa já desenvolve tecnologias sustentáveis há muito tempo, mas o governo não faz um trabalho de extensão significativo, não levou essas tecnologias pro campo quando mais precisava e isso vai de encontro com o que o Zander Navarro escreve quando aponta que muita coisa passou da hora. Embora, eu não concorde com a forma como ele coloca o problema, reconheço que a problemática existe e é um dos meus objetos de pesquisa no curso de mestrado em andamento. Vou citá-lo, e é óbvio que tentarei explorar toda a questão estudada por ele, mas não em sua perspectiva na íntegra, porque ele não enxerga a questão da dependência, o que é muito sério.
      Vou abordar também o trabalho de muitos outros pesquisadores, inclusive da própria Embrapa em relação à dificuldade que eles tem para colocar em prática seus conhecimentos de Manejo de Pragas e Doenças (MIP) por terem que concorrer com as facilidades milagrosas que o mercado dos agroquímicos oferece. Devido à ausência do Estado com uma extensão significativa, nem é difícil imaginar o quanto os agricultores ficaram a mercê dos vendedores de pacotes e viraram alvo fácil de suas soluções, sendo que nem fazem ideia do quanto se tornam dependentes a cada vez que exterminam os inimigos naturais de pragas e doenças de seus agrossistemas.
      Enfim, Dr., o que penso que vamos sempre descordar em qualquer lugar que estejamos é que a iniciativa privada carrega em si a responsabilidade pelo bem comum, quando na verdade faz parte do instinto de sobrevivência de qualquer capitalista conseguir o maior retorno econômico no menor espaço de tempo possível, porque se vacilar nessa tarefa o concorrente o sobressai. Não vejo outra forma de regular as explorações para evitar irresponsabilidade e exageros a não ser um Estado mais presente, mas com a maior participação social possível, sendo apropriado pela sociedade de uma forma geral pra promover o bem comum. Nunca pelo interesse de pequenos grupos com grande poder econômico. Da forma que vem sendo feito estão colocando lobos para cuidar dos galinheiros.

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    3. Ah! E não sou um agricultor orgânico e nem morro de amores pela prática. Prefiro falar em agricultura sustentável. A agricultura orgânica é apenas substituição de insumos químicos por compostos orgânicos e caldas naturais e o termo é realmente utilizado como marketing. A agricultura sustentável, como diz o Prof Rubens Nodari, deve ter soluções de base, o que eu entendo por maior racionalidade no uso dos recursos naturais e melhor aproveitamento ambiental.

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    4. Esse é um exemplo de emenda que piora o soneto. Afinal, se você pratica "agricultura sustentável", então isso quer dizer que, quando você afirma que só a agricultura sustentável deve receber subsídio do governo, está defendendo um interesse ainda mais particularista do que eu pensei a princípio, pois nem sequer inclui a agricultura orgânica entre as modalidades a serem subsidiadas!

      Mais do que nunca, ficou provado que seu discurso é hipócrita, pois você mente sobre a agricultura convencional e se diz preocupado com a natureza e o bem comum, mas só está interessado em ganhar mesada do governo.

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    5. MORALISMO SUPERFICIAL...

      A crítica moral que você faz ao capitalismo é tão superficial que, em si mesma, não pode ser considerada nem como “de esquerda”. De fato, a ideia de que o capitalismo e o mercado são ruins por estimularem as pessoas a passarem por cima umas das outras para ganhar dinheiro remonta ao século XVIII, e tem origem na direita conservadora romântica! Mas o problema é que os fatos antigos e recentes derrubam completamente essa ideia, conforme demonstrei recentemente no texto O BRASIL NA GLOBALIZAÇÃO (barra lateral do blog).

      ... E CONVENIENTE

      Já quando você diz que os grandes agricultores e pecuaristas corrompem os governos para tudo sair como eles querem, trata-se apenas de uma teoria conspiratória que visa complementar os argumentos falseadores e hipócritas que você usa para legitimar seu interesse de receber dinheiro do governo. Afinal, você já disse com todas as letras que a agricultura sempre tem de ser subsidiada e que o subsídio deve ir só para os agricultores “sustentáveis”, como você.

      Logo, afirmar que a agricultura convencional de grandes propriedades é bem-sucedida porque os fazendeiros corrompem os políticos é só outro truque retórico para:

      a) negar o fato de que a agricultura convencional acabou com a fome porque os grandes produtores conseguem ganhar muito dinheiro vendendo comida barata;

      b) dar entender que, se os produtores convencionais são “do mal”, então o governo só deve dar dinheiro para gente como você, que se diz “do bem”.

      Nunca vi moralismo mais falso e interesseiro do que esse...

      ALHOS COM BUGALHOS

      Quem ganha dinheiro com os agroquímicos não é o agronegócio, como você diz, mas as indústrias do setor químico. Pelo contrário, autores como o Navarro afirmam que os custos dos produtos químicos chegam a representar 60% do custo total de produção agrícola!

      MENTIRAS E BOBAGENS

      Portanto, é mentira quando você diz que o Navarro não considera a “dependência”. E é besteira quando você fala que a concentração da produção e o uso de produtos químicos e maquinário impõem custos elevados de produção agrícola. Ao contrário, OS CUSTOS SÃO DECRESCENTES!

      O fato é este: os produtos químicos chegam a representar 60% do custo de produção, mas ampliam a produtividade da terra (e, portanto, a produção total) em 200%, 300%, e cada vez mais. Logo, a “agricultura químico dependente” produz com baixo custo por unidade (quilo de cereais, caixa de frutas, etc.). É por isso que o preço real da comida despencou com a modernização e os grandes produtores continuaram lucrando!

      ESTADO MÃE

      Portanto, se as tecnologias “sustentáveis” não se firmaram, não é porque o agronegócio seja “do mal” e nem porque a Embrapa esteja falhando na pesquisa ou na extensão. É apenas porque as tecnologias que rompem mais radicalmente com a revolução verde, até hoje, não conseguiram produzir com alta produtividade.

      Além disso, sempre que surgir um método de controle de pragas que reduza o custo com agroquímicos sem perda de produtividade da terra e/ou da mão de obra, o agronegócio será o primeiro setor a incorporar essas inovações. E FARÁ ISSO PARA AUMENTAR SEUS LUCROS!

      INIMIGOS DO CAPITALISMO QUEREM MESADA

      É por isso que o capitalismo é um bom sistema de produção e distribuição de bens e serviços. Já você critica o capitalismo e pede um “Estado mais presente” porque está interessado em ver dinheiro público entrando no seu bolso. Como já disse alguém: “o socialismo dura enquanto durar o dinheiro dos outros”...

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  10. Vá pro inferno, seu mala! Você deixou de publicar o comentário aterior a esse. Isso aí é só uma sequência de raciocínio.
    Não acredito que as pessoas que acessam a esse blog sejam tão dementes pra não perceber suas contradições! Voce nem sabe o que significa agricultuta sustentável, seu babaca! Se é sustentável é caro, seu idiota!?

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  11. Perdeu a esportiva, rsrsrs...

    Acabei de publicar o comentário anterior e também a minha resposta (acima). Ora, o "raciocínio" (sic) que está naquele comentário é exatamente aquele que eu critiquei, qual seja: você diz que o capitalismo e o agronegócio são "do mal" e que, sendo assim, o governo tem que dar dinheiro pra você!

    Portanto, está claro que, quando você diz que só a agricultura sustentável que você diz praticar deve receber subsídio do governo, está defendendo um interesse particularista ao mesmo tempo em que finge preocupação com o bem comum.

    É hipocrisia mesmo!

    E quando eu digo que as formas de agricultura alternativa apresentam baixa produtividade e, por isso, vendem alimentos a preços altos, ESTOU APENAS ENUNCIANDO UM FATO! Mesmo os defensores da agricultura orgânica reconhecem que os preços desses produtos são mais caros.

    Além disso, se a agricultura sustentável que você diz defender produzisse com alta produtividade, então o agronegócio seria o primeiro setor a praticá-la, a fim de lucrar mais!

    A propósito, eu já argumentei que a agricultura convencional é sustentável, mas você não respondeu!

    Você se contradiz o tempo todo, não responde aos meus argumentos, defende interesses econômicos pessoais com argumentos hipócritas e depois tem a cara de pau de me xingar!? Dá um tempo...

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  13. Ora, eu te xinguei porque a sua dissimulação me irritou ao extremo! Não há cristão que resista a tanta repetição desfocada e ao mesmo tempo estudada para fazer parecer que há uma razão inquestionável no posicionamento.
    Logo depois de propor que respeitássemos mais um ao outro, você me esculacha da forma mais desonesta possível.
    Quanto ao “raciocínio”, reveja meus comentários e não vai encontrar em nenhum deles alguma frase afirmando que "o capitalismo é do mal". O que escrevi foi que a predominância no meio capitalista é da esperteza, até mesmo como forma de sobrevivência à competição selvagem, a qual não há modernidade que possa extinguir.
    E sobre o agronegócio, não dá pra acreditar que o doutor não saiba que se trata de uma cadeia produtiva que envolve também a indústria de insumos e tecnologias e, portanto, as forças políticas não se limitam aos interesses da agricultura apenas. E de novo aproveito pra lembrar que no conceito original de agrobusines não se separa agricultores por categorias ou escala. É tudo agronegócio.
    Quanto ao interesse capitalista pela sustentabilidade produtiva, sobretudo em relação à independência do agricultor em relação aos pacotes de agroinsumos que são cada vez mais caros, e não adianta vir com a conversa mole de que estão barateando, porque definitivamente não estão, para isso basta ver as planilhas de custo de produção, tem que ser muito ingênuo pra acreditar que haverá algum interesse de quem domina o meio político qual regulamenta o setor que vá querer abrir mão desses mercados bilionários. Os mercadores querem condições para a maior circulação possível de mercadorias, porque ganham com isso. Essa gente e tão cara de pau que ao verem que não há na pratica uso seguro de agrotóxicos, querem revogar a lei e vivem fazendo campanhas tentando convencer às pessoas de que esses venenos não prejudicam a nossa saúde. Portanto, está claro que se diminuir o consumo de algumas delas, nesse caso os agroinsumos, definitivamente não é bom pro mercado do agronegócio, ora!
    E se ainda não sabe o que é agricultura sustentável, recomendo que pesquise bem sobre o assunto. Já lhe adianto que não é voltar no tempo e abrir mão da mecanização ou de qualquer outra forma de uso de tecnologias que facilitam o trabalho, a não ser dos elementos agressivos ao solo e ao trabalhador agrícola. Portanto, não é produzir menos utilizando enxadas e outras técnicas rudimentares. Veja essa reportagem que mostra uma das alternativas que tornam a agricultura sustentável, porque não diminui a produção enquanto reduz custo e impactos negativos sobre o agroecossistema, mas que obviamente não é do interesse dos vendedores de agroinsumos, porque reduz e muito o uso destes. Siga o link https://www.youtube.com/watch?v=yOvA0PyZpPQ

    Obs: se achar que não vale a pena não precisa publicar. A intenção é só te informar mesmo.

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    1. Você me xingou por falta de argumentos e também por não suportar quando eu digo verdades que não interessam ao seu bolso. E é mentira dizer que eu te “esculachei da forma mais desonesta possível”. Não fiz isso e nem fui desonesto. Sua hipocrisia é um fato revelado pelas suas palavras, como se verá na conclusão deste comentário.

      ANALFABETISMO

      Você diz: “reveja meus comentários e não vai encontrar em nenhum deles alguma frase afirmando que ‘o capitalismo é do mal’”. Ora, é óbvio que você não se expressou usando uma frase que soa infantil desse modo. Mas, se soubesse ler direito, teria entendido quando eu disse que você faz uma crítica moral ao capitalismo tão superficial que, em si mesma, não é nem de esquerda, pois remonta ao conservadorismo romântico dos séc. 18 e 19. Se você tivesse conseguido entender isso, teria sido capaz de entender também que, quando eu usei as palavras “do mal” para descrever o seu, vá lá, “pensamento”, era no sentido de realçar a superficialidade do seu texto.

      Tanto é assim que, na sequência, você repete a mesma crítica moral e tola ao capitalismo que eu já rebati citando o texto O BRASIL NA GLOBALIZAÇÃO (barra lateral do blog).

      Nesse sentido, você pensa e diz que o capitalismo e o agronegócio são “do mal”, sim, mesmo sem usar essa expressão, já que sua crítica é de teor moral. E essa crítica é também hipócrita, já que, como se verá adiante, o esperto aqui é você...

      PICARETAGEM

      Incluir a indústria de fertilizantes e agrotóxicos no conceito de agronegócio é picaretagem retórica, por duas razões:

      a) Os interesses dos agricultores e dos fabricantes de insumos químicos são diferentes. Os industriais querem vender a maior quantidade possível de produtos químicos e com a maior margem de lucro possível, ao passo que, para os agricultores, os insumos químicos são um custo e, sendo assim, o interesse deles é pagar o mínimo que puderem por tais insumos. Portanto, dizer que o agronegócio ganha dinheiro vendendo pacotes tecnológicos é uma mentira disfarçada por um conceito que mistura alhos com bugalhos.

      b) Uma vez que os interesses econômicos dos fabricantes de insumos e dos agricultores são diferentes, não tem o menor cabimento dizer que os dois grupos formam um só conjunto de “forças políticas”.

      Essa conversa é parte da teoria conspiratória que você usa para dizer que o sistema agrícola convencional é predominante só porque industriais e fazendeiros malvados subornam todo mundo. Na verdade, esse sistema é predominante porque produz comida de boa qualidade a preços acessíveis.

      Mas então estou negando que agricultores e industriais formam um sistema produtivo integrado? É claro que não. Estou dizendo que o conceito correto para descrever esse fato é o de “cadeia agroalimentar”, que expressa os encadeamentos técnicos e produtivos que levam à produção de comida para o consumidor final.

      CONCLUI NA PRÓXIMA RESPOSTA...

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    2. SEGUNDA PARTE DA RESPOSTA

      Você tenta negar que os custos de produção estão diminuindo dizendo que as planilhas de custos mostram que o contrário. Ora, os custos de produção podem subir conjunturalmente, de acordo com a relação entre oferta e demanda em dado momento, mas a tendência de longo prazo é sempre no sentido da redução de custos.

      Se não fosse assim, então como é que os produtores agrícolas convencionais poderiam continuar lucrando se, de 1975 a 2011, o preço da comida para o consumidor final caiu pela metade no município de São Paulo, conforme o texto sobre o Navarro que eu publiquei aí em cima? Ora, o preço da comida despencou porque os custos de produção também despencaram!

      Então, é exatamente como eu expliquei: os insumos químicos representam um volume significativo de gastos para o agricultor, em termos absolutos e como percentual do investimento total, mas o ganho de produtividade que esses insumos geram faz com que OS CUSTOS POR UNIDADE DE MEDIDA DO PRODUTO SEJAM FORTEMENTE DESCRESCENTES!

      É por isso que a fome acabou: porque a revolução verde permite aos fazendeiros ganhar muito dinheiro vendendo comida barata em grande quantidade!

      HIPOCRISIA

      Você critica os “mercadores” dizendo que eles querem que haja “maior circulação possível de mercadorias, porque ganham dinheiro com isso”. Ora, mas a população quer a mesma coisa, pois, quanto mais comida houver à venda, menor será o preço! Viu como a competição capitalista é boa para a grande maioria das pessoas? E viu como você é hipócrita ao falar em nome do bem comum ao mesmo tempo em que nega que foi a agricultura convencional que acabou com a fome?

      Depois, você dá de barato que não existe consumo seguro de alimentos produzidos com agrotóxico e que o agronegócio é “cara de pau” por tentar convencer as pessoas do contrário só para ganhar dinheiro. Sobre isso, vale repetir que:

      a) a maior parte dos toxicologistas confirma que o uso adequado de agrotóxicos não faz mal à saúde;

      b) quando você e os produtores orgânicos dizem que os agrotóxicos fazem mal e que a agricultura alternativa é melhor, estão defendendo seu produto e seu interesse econômico do mesmo jeito que o agronegócio faz. Hipocrisia pura.

      c) tanto é assim que você e um outro produtor alternativo que já comentou por aqui defenderam explicitamente que o governo deve dar subsídio para as formas alternativas de agricultura;

      ESPERTO É VOCÊ

      Você critica o capitalismo dizendo que esse sistema favorece a “esperteza”, mas a verdade é que a economia de mercado, por ser ao mesmo tempo cooperativa e competitiva, faz justamente o contrário: estimula a produção eficiente de bens e serviços, pois aqueles que não são eficientes numa atividade têm de passar para outra em que sejam melhores, de modo que todos saem ganhando, em maior ou menor grau.

      Espertos são os grandes e pequenos produtores que criticam o mercado e proclamam boas intenções só para pedir proteção e dinheiro do Estado. Exatamente como você faz!

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  14. CONCLUSÃO DA RESPOSTA

    AGRICULTURA SUSTENTÁVEL, SIM; SUSTENTADA COM DINHEIRO PÚBLICO, NÃO

    Não tenho nada contra qualquer sistema de produção agrícola que produza alimentos de qualidade a preços acessíveis e, por isso mesmo, sem precisar de subsídios à produção. Se for esse o caso da agricultura sustentável, ótimo!

    Ademais, se esse sistema sustentável tem mesmo todas as virtudes que você diz, pode ter certeza de que o agronegócio vai incorporar esse método para aumentar seus lucros. Os fabricantes de agrotóxicos podem achar ruim, mas vai ser inútil: nenhum agricultor vai pagar por insumos desnecessários só para dar lucro para a indústria!

    Mas, se você bota tanta fé nesse sistema, então por que disse que toda agricultura tem de ser subsidiada e que os subsídios devem ser dados só para você e outros que produzem de forma sustentável? Porque um dinheiro a mais sempre é bom...?

    OBS:

    Antes você me apressava para responder e agora diz que eu nem preciso me preocupar em fazer isso, pois você só quer me informar... Que mudança curiosa, rsrsrsr. Mas vou explicar num outro post a razão de eu continuar publicando seus comentários e xingamentos.

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  15. Muito bom, Doutor! Obrigado por publicar. Assim é melhor, pois dessa forma continuamos nossa dicussão.
    Tive refletindo e cheguei à conclusão de que duas visões de mundo difetentes podem produzir muita coisa boa se houver maturidade nas discussões.
    Quando puder, escrevo mais sobre minha percepção.

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    1. Ora, professor, o único que não tem maturidade para discutir aqui é você. Afinal, é você quem xinga e que argumenta de maneira hipócrita.

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  16. Rsrs ...excluir comentários e trazer para o particular os argumentos é maturidade?
    Na verdade, eu me perco muito e termino me irritando por não ter a mínima ideia do que irá ser publicado ou descartado. Aliás, o Dr já escreveu mais de uma vez que não publica o que contraria sua concepção política. Se não me engano, já chegou a utilizar o termo infantil(esse sim, é bem infantil) de Reinaldo Azevedo "PTralha" para desqualificar os comentários quais não gosta. Deveria admitir que só me publica porque não resiste às minhas provocações. rsrs ...é muito estranho que não apareça ninguém mais te confrontando por aqui.
    Bem. Por fim, vejo que não tenho mais o que comentar por, já que nada do que escrevo é "ciencia". "Não tem valor, é hipocrisia"... fui diagnosticado como um esperto e se sou esperto, é óbvio, sou capitalista. Se não o fosse, seria um otário. kkkk
    Sei que não vai adiantar novamente, mas vou concluir apontando suas principais falhas durante o debate:
    Me identificou como agricultor, quando na verdade sou um técnico. Nasci e trabalhei muitos anos como agricultor, mas hoje vivo do meu salário de técnico. Portanto, não estou atrás de subsídios estatais, nem mesmo para custear a transição para a produção sustentável. E entenda o conceito de sustentável antes de escrever que é caro. Ora, se é sustentável é porque se sustenta! A não ser em período de transição. Aí sim, pode precisar de ajuda.
    Termino te alertando pra que assista na íntegra ao documentario Nuvens de Veneno e o livro da ABRASCO sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos para desencanar de vez dessa estória de uso seguro ou uso "adequado" desses venenos.
    Abraço e até mais.

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    1. DESONESTIDADE

      Seu eu não publicasse comentários tolos e que contrariam minhas posições políticas, seus comentários jamais teriam sido publicados aqui, rsrsr... Logo, você mente ao dizer que eu teria afirmado excluir comentários por razões políticas.

      E também é mentira dizer que eu “trago os argumentos para o particular”. Se você alega preocupação com o bem comum mas diz que, como a agricultura tem necessariamente que ser subsidiada, só o modelo que você defende merece receber dinheiro, então está claro que sua verdadeira preocupação é atacar ideologicamente o capitalismo e o agronegócio, enquanto a saúde pública e o meio ambiente são só pretextos para você fingir boas intenções.

      Então, temos aí uma hipocrisia que explica as incoerências do seu discurso, sobretudo considerando as críticas morais (e mentirosas) que você faz aos grandes empresários do campo. E a maior prova dessa hipocrisia é que você não admite que FOI A REVOLUÇÃO VERDE QUE ACABOU COM A FOME!

      PARA QUE SERVEM SEUS COMENTÁRIOS

      Eu não me incomodo nem um pouco com provocações. Tanto que, na época em que você me apressava para responder – pois agora você diz que eu nem preciso me dar a esse trabalho... –, eu nem por isso deixava de reservar só o tempo realmente disponível para fazer isso.

      Mas há comentários seus que são úteis para publicar, por 3 motivos:

      1. De início, eles eram úteis quando resumiam e exemplificavam as besteiras que os professores de geografia dizem sobre o campo e o capitalismo.

      2. Já no post “Geografia Econômica Corrige Populismo E Reivindicações Interesseiras Disfarçadas De ‘Humanismo’”, eu citei um comentário seu para demonstrar como muitos ataques dos geógrafos ao agronegócio e em defesa da pequena produção derivam da mais completa ignorância sobre economia e geografia econômica.

      3. Quando você disse que só a agricultura “sustentável” tem de ser subsidiada, seus comentários ganharam uma nova e maior utilidade: eles servem para provar que os discursos sobre sustentabilidade, agroecologia e soberania alimentar são eivados por interesses econômicos particularistas disfarçados por uma retórica que finge preocupação com saúde pública e preservação ambiental.

      Em suma, eu publico o que você escreve quando suas palavras servem como evidência concreta para provar minhas críticas aos equívocos, à ignorância e à hipocrisia que permeiam os debates públicos sobre o agro.

      PEQUENOS AGRICULTORES SÃO CAPITALISTAS

      Agricultores familiares ecológicos ou sustentáveis também são capitalistas, na medida em que investem dinheiro na produção para fazer mais dinheiro.

      Só porque o lucro que eles tiram desse investimento não é suficiente para acumular capital e enriquecer, não significa que não sejam capitalistas. Eles são pequenos empresários familiares, tal qual um dono de padaria ou de oficina mecânica.

      Portanto, ao dizer que os capitalistas são espertos, como se só os grandes empresários que utilizam as técnicas produtivas convencionais fossem capitalistas, você está, mais uma vez, fazendo picaretagem retórica, i. e., usando conceitos que, em vez de descreverem a realidade de forma coerente, baseiam-se numa lógica de um peso e duas medidas.

      CONCLUI NA PRÓXIMA RESPOSTA

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    2. VOCÊ TEM MUITO O QUE COMENTAR, SIM

      Você diz "não tenho mais o que comentar por, já que nada do que escrevo é 'ciência'. 'Não tem valor, é hipocrisia...'". Ora, tais afirmações são uma desculpa para você fugir de responder aos meus argumentos.

      De fato, se é verdade que eu aponto (porque tenho de apontar) a hipocrisia dos seus discursos, nem por isso eu deixo de responder às bobagens que você escreve com argumentos.

      Eu não sou como um Armen Mamigonian ou um Milton Santos, que, em vez de fazerem críticas lógicas e empíricas contra um discurso, acusam o interlocutor de ingenuidade ou de interesseiro para descartar o que ele escreve sem discussão. Eu acuso a hipocrisia quando ela se apresenta, mas não deixo de discutir e de apresentar argumentos baseados em lógica e em evidência.

      Então, aqui está uma pequena lista de argumentos aos quais VOCÊ NUNCA RESPONDEU. Veja se se anima a responder agora:

      1. Foi a revolução verde que acabou com a fome.

      2. Os custos da produção agropecuária convencional são decrescentes, pois só isso explica a queda vertiginosa dos preços reais da comida para o consumidor final.

      3. A concentração da riqueza no campo é consequência direta do mesmo salto de produtividade que, gerado pela inovação tecnológica, acabou com a fome. Você queria que os pobres continuassem comendo mal só para que houvesse menos desigualdade entre produtores rurais?

      4. A agricultura convencional é sustentável, pois os solos não se esgotaram com essa prática e a produtividade da agricultura convencional continua crescendo, e cada vez mais depressa.

      VOLTANDO ATRÁS NO QUE VOCÊ ESCREVEU ANTES

      Depois você diz para eu "entender o conceito de sustentável antes de dizer que é caro". Contudo, é um fato que os preços dos produtos produzidos com tecnologias alternativas são mais altos mesmo, pois até os entusiastas da agricultura orgânica reconhecem isso.

      Ademais, você, com sua já notória incompetência em leitura, não entendeu quando eu escrevi que, se o modelo agrícola que você defende consegue produzir com alta produtividade (e, portanto, a preços baixos), isso está ótimo para mim. Não tenho nada contra.

      Depois, vem a pérola: "Ora, se é sustentável é porque se sustenta", e, sendo assim, você afirma que os subsídios se justificam só nos períodos de transição.

      O problema é que, conforme comentário que você escreveu faz pouco tempo, a agricultura tem de ser subsidiada e, sendo assim, só a que for sustentável deve receber subsídio... Voltou atrás para ficar mais fácil sustentar suas afirmações, é?

      Finalmente, não venha com a conversa de que é impossível haver um uso seguro ou adequado de agrotóxico. A maior parte dos toxicologistas e as instituições fiscalizadoras (no Brasil, a Anvisa) atestam que não só é possível comer comida sem resíduos de veneno como também é exatamente isso o que acontece com a maior parte do que as pessoas estão consumindo.

      NÃO ENTENDE NEM PIADA

      O termo "Petralha" não tem nada de infantil. Se você acha que comparar certos petistas com os irmãos Metralha é infantilidade, é porque confunde os personagens, que são voltados para o público infantil, com uma crítica jocosa, mas factualmente correta, de que há no PT uma prática de corrupção sistêmica. Além de dificuldade para entender texto, você também tem dificuldade pra entender piada?

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  17. Já que insiste, vou continuar. rsrs
    Então:
    Eu preciso escrever que a Revolução Verde aumentou a produção mundial de alimentos e com isso a disponibilidade ficou maior e facilitou o acesso? Mas, peraí! Será que sou mesmo tão “analfabeto” em geografia que ainda não sei disso? Resposta: eu não nego a alta produtividade da agricultura químico-dependente. A prática só não é sustentável.
    De novo, Doutor: os fertilizantes hidrossolúveis desenvolvidos na Alemanha do século XIX permitiram à agricultura a produção abundante e imediata em quase todo o tipo de solo, uma vez que fornece os minerais às raízes quase como se fossem injetados na veia da planta os principais nutrientes necessários, os chamados NPK. No entanto, na solubilização das rochas utilizadas tem que se aplicar algum tipo de ácido, seja o fosfórico ou o sulfúrico, o que transforma o adubo em um sal solúvel em água o qual é absorvido de imediato pelas raízes da planta. Esse sal, além de não fornecer todos os elementos minerais necessários à saúde das plantas, quando entra em contato com o solo mata de imediato alguns organismos, inclusive os que atuam auxiliando na fertilização natural e dão equilíbrio ao ambiente. Por fim, a planta fica vulnerável ao ataque de pragas e doenças e daí a necessidade de veneno nos cultivos. Francis Chaboussou escreveu ainda na década de 1970 sobre a teoria da trofobiose, onde explica sobre o equilíbrio nutricional das plantas necessário para que estas se desenvolvam saudáveis e exercem seu total potencial produtivo, inclusive em relação aos teores de açúcares, os quais se estiverem fora do padrão atraem insetos fitófagos, quem devora rapidamente às folhas e outras partes da planta. Portanto, o uso desses pacotes tecnológicos, os chamados agroquímicos, cria um círculo vicioso onde se utiliza cada vez mais fertilizantes e cada vez mais agrotóxicos. Sendo assim, é de uma estupidez sem medida dizer que o custo de produção é regressivo. Só faz esse tipo de conta quem não tem a menor ideia do que custa importar 70 % dos fertilizantes, mais de 80 % dos agrotóxicos (é bom lembrar que estes são ainda isentos de impostos) e destruir praticamente a todos os biomas: Mata Atlântica, Pampas, Cerrado, e ainda entrar com toda a força na Amazônia destruindo à rica biodiversidade brasileira, comprometendo, inclusive à reposição dos lençóis freáticos, devido às intervenções descomedidas.
    O certo é que de nada adiantou Julius Hensel, outro cientista alemão daquele período demonstrar em seus estudos que esses artifícios não eram necessários à agricultura, porque para se fertilizar um solo bastaria aplicar as mesmas rochas utilizadas para a fabricação dos hidrossolúveis, no entanto sem o tratamento químico (apenas moídas) e dar condições para que os organismos façam esse trabalho de solubilização. Para dar essas condições, as técnicas principais são disponibilizar matéria orgânica e os meios são variados, tendo como o mais fácil deixar a vegetação espontânea crescer e derrubá-la sobre o solo para que o proteja dos raios solares intensos e permitam a colonização enriquecendo à biota. É um processo mais demorado, mas produz fertilidade muito mais duradoura também. De nada adiantou o trabalho de Hensel, porque não é bom para a política industrial que se avança sobre a agricultura continuamente movimentando gordos mercados e, portanto, dando poder econômico aos atores políticos que a defende.
    Sobre a confusão entre o que é agroecologia e o que é agricultura sustentável, pelo amor de Deus, Doutor! Não passa vergonha assim. Veja: agro=relativo à agricultura; ecologia=estudo da convivência dos seres vivos, da interação entre eles. Agroecologia nada mais é do que trazer para a agricultura o conhecimento construído em ecologia para entender as dinâmicas do meio e evitar meter o “pé na jaca”. Concluindo essa parte afirmo novamente, pela enésima vez, que a vontade dos mercadores não deve ser a razão suprema dos governos, porque estes agem de fato apenas em função de seus lucros.

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    1. NA CARA DURA

      Se você, finalmente, reconheceu que a agricultura convencional ou químico dependente aumentou a oferta per capita mundial de alimentos, então admitiu que essa agricultura que você ataca foi a solução para o problema da fome. Mas isso então significa que você mentiu na cara dura ao afirmar que essa agricultura não foi boa para os consumidores e que só beneficiou “parasitas”!

      E não adianta disfarçar dizendo que você se referia à saúde da população, não. Mesmo que fossem verdadeiras as acusações de que agrotóxicos fazem mal à saúde e de que é impossível haver controle adequado da aplicação desses produtos (já desmontei as duas acusações), ainda assim você teria de reconhecer que o fim da fome é um benefício que compensa amplamente os efeitos negativos para a saúde, conforme provam os indicadores de esperança de vida.

      Sendo assim, não há como negar: ao dizer que a agricultura que você combate não beneficia o consumidor, você não estava sendo ignorante; estava mentindo deliberadamente. Não sei o que é pior: dizer bobagem por ignorância ou mentir. Deixo para você refletir sobre isso.

      BATER NA PAREDE COM MAIS FORÇA SÓ MACHUCA MAIS A MÃO

      Na sequência, você tenta utilizar argumentos técnico-agronômicos para negar que os custos de produção na agricultura convencional sejam decrescentes. O argumento é que a aplicação de fertilizantes e agrotóxicos obriga à aplicação de quantidades cada vez maiores desses mesmos produtos químicos, elevando os custos. O problema é que esse argumento técnico é desmentido pelos dados econômicos, visto que:

      a) A revolução verde já tem uns 60 anos, de modo que, se o raciocínio que você apresentou estivesse correto, depois desse tempo todo, ou aumento da quantidade de insumos aplicados e os custos correspondentes já teriam inviabilizado a agricultura convencional. Não é o que acontece.

      b) Se os custos de produção fossem crescentes, como então a agricultura convencional poderia se manter lucrativa na atualidade se os preços reais dos alimentos para os consumidores finais despencaram desde o advento da revolução verde?

      Eu já tinha avisado que, diante da queda vertiginosa dos preços dos alimentos, não faz sentido nenhum citar teorias agronômicas que tentam provar que os custos de produção na agricultura convencional têm de ser crescentes. Mas, como você tem muita dificuldade para entender textos, voltou a repetir as mesmas coisas que já tinha escrito antes, só com mais detalhes!

      E veja só a ironia no que você escreveu: a teoria da trofobiose remonta à década de 1970, e os preços reais dos alimentos vendidos no município de São Paulo caíram pela metade no período 1975-2011, como está escrito lá em cima no post!

      Se eu uso um argumento empírico para provar que uma teoria agronômica não serve como evidência para provar as suas conclusões, não adianta nada ficar repetindo essa teoria ou achar que alguns detalhes a mais sobre vão resolver a contradição entre o que você afirma e os fatos. A contradição continua existindo do mesmo jeito!

      CONTINUA...

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    2. CONCLUSÃO DA RESPOSTA

      TEORIA CONSPIRATÓRIA NÃO RESOLVE A CONTRADIÇÃO

      Depois você repete teorias segundo as quais é possível alcançar alta produtividade na agricultura sem o uso de fertilizantes químicos. O problema é que essas teorias são desmentidas, de novo, pelos dados econômicos. Os preços dos alimentos orgânicos são mais altos e são mais altos porque a produtividade associada às tecnologias alternativas é, quase sempre, mais baixa. Mesmo os defensores das tecnologias alternativas admitem esses fatos!

      E é justamente por isso que, ao menos até agora, as formas alternativas continuam restritas a nichos de mercado e, não raro, dependem de subsídios estatais (como acontece na Europa). Então, como isso derruba as suas ideias, você volta com a teoria conspiratória (e profundamente hipócrita) de que o sistema convencional predomina porque industriais malvados subornam os políticos para ganharem dinheiro vendendo produtos inúteis...

      Isso equivale a dizer que os produtores rurais, pequenos ou grandes, são uns otários, pois gastam dinheiro com insumos inúteis só para dar lucro para a indústria química! Ou talvez você ache que os agricultores – até o Blairo Maggi! – são obrigados a usar a tecnologia que os políticos mandam que seja usada... Ridículo.

      Mas a verdade é que o sistema convencional predomina porque, conforme eu disse, permite a agricultores ganhar dinheiro vendendo comida barata em quantidades enormes, beneficiando, assim, os consumidores. Como você, finalmente, reconheceu que a revolução verde aumentou a oferta de comida, então está claro que a sua teoria conspiratória é só uma tentativa inútil de fazer as mentiras que você divulga na internet se ajustarem aos fatos.

      DEFINIÇÃO DE DICIONÁRIO É INSUFICIENTE

      A distinção que você faz entre agricultura orgânica e agroecologia é primária, pois não explica os princípios técnico-agronômicos da segunda. E, conforme o Navarro, é verdade que a primeira tem princípios bem estabelecidos (o que é positivo, claro), mas a segunda não existe porque não os tem.

      Mas essa questão nem é importante, e por um motivo que eu já expliquei mais de uma vez, mas você, como de hábito, não foi capaz de entender: se a agroecologia conseguir alcançar produtividade comparável à da agricultura convencional com menos impacto para o ambiente, então o agronegócio vai ser o primeiro setor a adotar a agroecologia!

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    3. De novo se comportando como se o agronegócio girasse apenas pelo interesse de produzir alimentos e fosse movido exclusivamente por esse mercado? Escreve um texto desse tamanho para afirmar de novo essa bizarrice? Não faça isso, doutor.
      E não é possível que não entendeu ainda que não estou me referindo a teorias da conspiração! Isso são possibilidades reais, são oportunidades usualmente aproveitadas por capitalistas. Ora, se alguém pode controlar algum mercado por meios políticos de uma forma muito mais lucrativa do que pela eficiência produtiva e sem ter que assumir responsabilidades socioambientais, é óbvio que assim vai fazer! Só existem corruptos porque há também corruptores.
      Chega desse discurso alienígena!

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    4. kkkkkkkkkkkkkkkk "se a agroecologia conseguir alcançar produtividade comparável à da agricultura convencional com menos impacto para o ambiente, então o agronegócio vai ser o primeiro setor a adotar a agroecologia!" ???
      Isso é o cúmulo da ingenuidade. Ou seria dissimulação mesmo? rsrs

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    5. Você está fazendo teoria conspiratória sim, e as palavras que escreveu agora confirmam isso. Quando você diz “isso são possibilidades reais, são oportunidades usualmente aproveitadas por capitalistas”, reafirma que, no seu entender, o fato de alguns produtores rurais terem muito dinheiro implica necessariamente que a agricultura convencional prevalece sobre as formas alternativas porque, como eles têm dinheiro, manipulam a política...

      O raciocínio é típico das teorias conspiratórias porque, como eu já expliquei aqui no TOMATADAS, os formuladores desse tipo de teoria (sejam de direita ou de esquerda) elegem um inimigo ao qual atribuem um poder manipulador ilimitado e, depois, “explicam” os fatos afirmando simplesmente que tudo acontece de tal ou qual maneira porque é do interesse do inimigo, e pronto. Não é à toa que certos grupos criacionistas dizem que a teoria da evolução é uma “conspiração contra a bíblia”...

      E, como eu disse antes, o raciocínio é ridículo, pois nenhum produtor rural vai usar um pacote tecnológico que não lhe traz benefícios econômicos só porque os políticos querem assim! Nenhuma lei obriga a comprar agrotóxico.

      ESTRANHA CONSPIRAÇÃO

      Além disso, se fosse mesmo verdade que os grandes do agronegócio usam o controle que têm sobre a política para lucrar controlando os mercados ao invés de elevarem sua eficiência produtiva, então por que o preço da comida vem despencando há décadas? Por que os produtores não usaram o controle que têm sobre o mercado para ganhar dinheiro produzindo pouco e vendendo muito caro?

      E você mesmo já reconheceu – depois de MUITA insistência minha – que a agricultura convencional ampliou a oferta de comida. Se eles não precisam elevar a eficiência produtiva por controlarem politicamente o mercado, então por que a eficiência aumentou tanto a ponto de fazer despencar os preços para o consumidor?

      Esses conspiradores do agronegócio devem ser muito trouxas...

      HIPOCRISIA DE NOVO

      E lá veio você de novo falar como se agricultores de pequeno porte não fossem capitalistas e não tivessem interesse em dinheiro. Quando se trata de questões ambientais e trabalhistas, há problemas na agricultura familiar tanto quanto ou talvez mais ainda do que nas grandes propriedades. O problema do trabalho infantil na agricultura, por exemplo, é específico da agricultura familiar...

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  18. Se quiser debater teorias, talvez eu não vá muito longe, porque, certamente, o doutor já estudou muito mais teorias do que eu. Mas, se quiser debater agricultura, não me chame com pouco tempo pra isso, porque eu tenho muito assunto.
    Para o último comentário que enviei, quando concluí o texto não deu pra ser enviado, pois haviam mais de 5 mil caracteres. No entanto, tive que reduzi-lo bastante. E será que mesmo esse testículo tá te dando fatiga? hehehe
    Quando eu escrevi que tinhas que estudar mais sobre agricultura, o doutor ficou uma fera, mas a verdade é que vai ter que conhecer melhor o objeto pra debater comigo.
    E tem mais… Almofadinhas de escritório não costumam serem páreos pra mim.

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    1. Tamanho do texto não é desculpa. Basta você dividir a resposta em dois ou mais comentários, como eu faço. E seus textos não me dão fadiga nenhuma. Como você nunca responde, eu só preciso insistir nos mesmos argumentos, e pronto.

      E não sei onde você me viu ficar “uma fera”. O único que partiu para o xingamento por aqui foi você. Tanto que já começou a perder a esportiva outra vez, com o papo do “almofadinha de escritório”, rsrsrs

      A verdade é que, se seus conhecimentos em agricultura dessem razão às suas conclusões econômicas e políticas, você não precisaria apelar para xingamento ou epítetos como esse. Você simplesmente responderia e pronto. Não é o que acontece...

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  19. Lembrando outra vez o Prof Dr Rubens Nodari, dessa vez na ocasião de uma audiência pública do MPF e CTNBio, onde ele rebatia os absurdos da expertise “científica” dos mercadores das transnacionais dos venenos, “aqui não tem nenhum demente, não”, doutor!
    Qualquer indivíduo que observe o mercado pode ver que o primordial não é atender aos interesses e necessidades de consumidores e sim, fazer com que eles comprem. E para isso nem sempre é necessário fornecer o melhor produto possível. Nem a concorrência faz com que isso aconteça como imaginam os teóricos. Ora! Se fosse assim ninguém compraria jamais algum produto de baixa qualidade em lugar algum do mundo onde há livre concorrência. São muitos os fatores que determinam a qualidade dos produtos, além da concorrência por mercado e um deles é o quanto o consumidor pode pagar. Pensar que a concorrência só trás benefícios é de uma ingenuidade medonha! O mercado tem seus artifícios para produzir mais mercado (marketing) com muita eficiência e todo mundo sabe disso, meu Deus!
    O doutor “esmurra a parede” (rsrs) escrevendo que o dicionário não é suficiente, mas ainda assim vou ajudá-lo a definir agronegócio como fiz com a agroecologia. Veja: agro=relativo à agricultura. Negócio=especulação no mercado, barganha, movimentação de mercadoria em função de acumular excedentes nas transações(lucro).
    Ninguém sai atrás de um negócio pensando primeiramente em beneficiar ao próximo. Pelo contrário, todo negociante só prospera se conseguir tirar vantagem do negócio e é por isso que o negócio das drogas é um dos melhores que existe: porque causa dependência e o risco é o principal argumento para se elevar o preço da mercadoria e engabelar o outro.
    De novo, doutor, o agronegócio não se limita em produzir alimentos e os alimentos não são a principal mercadoria nessa cadeia produtiva, não faça isso com seu público. Rsrs ...como venho escrevendo, os mercados mais lucrativos do agronegócio vem dos insumos agrícolas, dos pacotes tecnológicos (e não confunda pacote tecnológico com tecnologia, porque tecnologia é mais amplo) e das commodities. Estas últimas são alvo de muita especulação nas bolsas de valores e movimentam ao capital fictício e financeiro no mundo todo. É bom lembrar também que os chamados investidores não estão preocupados em primeiro lugar com solidariedade humana, preservação ambiental, essas coisas. Tudo que eles querem é que seus investimentos tragam o maior retorno, a maior reprodução de seus capitais no menor tempo possível. Não dá pra simplificar tudo isso acreditando que vão boicotar os investimentos para empresas que utilizam trabalho escravo, mineradoras que degradam ao meio ambiente, etc. E muito menos a essas gigantes que compram governos de nações inteiras para controlar órgãos reguladores.
    A única forma viável de diminuir preços de fato ao consumidor e dar poder de escolha a este é encurtar a distância entre a origem do produto e o consumo. Pessoas confinadas e sujeitas ao monopólio de grandes corporações sempre vão consumir o que estiver disponível.
    O doutor não precisa acreditar que os grandes “são do mal” e os pequenos “são do bem”, como costuma escrever quando quer esculachar aos críticos do capitalismo. É natural que grandes forças tem mais poder de coação e controle, mas isso não tem nada a ver com mau caráter de ninguém. Afinal, para capitalistas, saber aproveitar oportunidades e ser esperto é a maior virtude. Então, por que não utilizar artifícios de poder quando estes fluem da forma mais natural possível? rsrs
    E a propósito, já deu uma olhada no preço das frutas e verduras nesse ano? Pelo menos aqui no centro oeste onde está centralizada boa parte da produção de soja, leite e milho, tá de fazer perder o apetite. Ah, já sei. É só dizer que é tudo culpa do PT e tá justificado. kkkkk

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    1. ARROGÂNCIA DA ESQUERDA

      Eu creio que já lhe expliquei o que vou dizer agora faz tempo, antes da minha crise de tendinite, mas, como você tem dificuldade de entender texto, vou ter de repetir.

      É típico dos esquerdistas e de grupos que desejam receber benesses do governo por nada (caso de certos “camponeses” atrás de subsídio e de protecionismo) afirmar que os consumidores são incapazes de avaliar direito a qualidade dos bens e serviços ou a relação custo/benefício que estes oferecem. É por isso que autores socialistas vivem escrevendo que o mercado “não atende às reais necessidades das pessoas”. É por isso que José Bové já disse que o frango produzido no Brasil “é um lixo”.

      Quando os intelectuais de esquerda escrevem coisas assim, demonstram uma arrogância sem tamanho, pois supõem que eles conhecem as necessidades das outras pessoas melhor do que elas mesmas! Ou, no mínimo, pensam ter a certeza de que a maioria dos consumidores é gente incapaz de saber o que realmente quer, pois se deixa levar pela propaganda. Essa arrogância intelectual atinge o paroxismo quando autores como José de Souza Martins e José W. Vesentini dizem que os pobres deixam de comer todos os dias porque, movidos pela propaganda, usam o dinheiro da comida para comprar televisão... Uma ideia arrogante e descolada dos fatos, conforme eu já provei em POR UMA CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA.

      Você, como todo socialista típico, manifesta essa mesma arrogância quando diz que o marketing é usado para fazer as pessoas comprarem coisas de que não precisam. Ora, se fosse assim, megaempresas como Microsoft e Mercedes Benz jamais perderiam dinheiro lançando produtos que não agradam aos consumidores por questões de qualidade ou preço. Afinal, dinheiro para campanhas de marketing é o que não falta para essas companhias.
      E você manifesta toda a sua arrogância tipicamente esquerdista quando diz “Se fosse assim ninguém jamais compraria algum produto de baixa qualidade em lugar algum do mundo onde há livre concorrência”. Ora, então você acha que sabe avaliar a qualidade dos produtos comprados no mundo inteiro melhor do que as pessoas que pagaram para levar produtos que você acha que tem qualidade ruim? Quanta pretensão!

      OK, você pode dizer que está se referindo a questões de
      qualidade que não são perceptíveis para os consumidores, como os supostos efeitos nocivos do uso de agrotóxicos para a saúde. Contudo, aí entram dois fatores que já repeti diversas vezes:

      a) a maioria dos especialistas em toxicologia afirma que o uso controlado de agrotóxicos não traz malefícios à saúde.

      b) a aplicação de agrotóxicos é fiscalizada (no Brasil, pela Anvisa).

      A grande verdade é que, se os alimentos produzidos com métodos orgânicos ou sustentáveis custassem barato, venderiam muito mais. Mas custam caro, então ficam restritos a nichos de mercado ou dependem de subsídios estatais. Ao invés de reconhecerem isso, os defensores das formas alternativas de produção preferem dizer que os consumidores não sabem escolher o que comem...

      CONTINUA NA PRÓXIMA

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    2. CONTINUAÇÃO

      HIPOCRISIA OUTRA VEZ

      Você diz: "Ninguém sai atrás de um negócio pensando primeiramente em beneficiar ao próximo". É a mais pura verdade. E vale tanto para grandes produtores convencionais quanto para agricultores familiares orgânicos. Mas os defensores da agroecologia são hipócritas, pois falam como se apenas grandes empresários quisessem ganhar dinheiro!

      Então, é como eu já expliquei mas você não teve capacidade para entender: a economia de mercado é um bom sistema de produção e distribuição de produtos justamente porque oferece incentivos econômicos para as pessoas produzirem umas para as outras. Quem produz e vende produtos que satisfazem necessidades alheias faz isso para ganhar dinheiro e, assim, beneficia a si mesmo e aos outros.

      Além de hipócrita, seu discurso se apoia num exemplo tolo. Pois então quer dizer que, se vivêssemos numa economia planificada, sem mercado, o negócio das drogas não existiria? Os fatos desmentem isso.

      Além disso, você acha que agricultores familiares protegidos da concorrência pelo Estado e que recebem subsídio fazem bem para a sociedade? Não fazem, pois produzem pouco e ganham mais do que a produção deles vale ao se apropriarem de parte do fundo público em troca de uma produção desnecessária, já que há outros que produzem mais barato do que eles.

      E MAIS HIPOCRISIA AINDA!

      Depois você diz que os produtos mais lucrativos comercializados dentro das cadeias agroalimentares são os insumos químicos, não os alimentos. E daí? Qual é o problema em se lucrar mais com a venda disto do que com a venda daquilo? Só porque você pensa que lucro é ruim, não significa que seja. Você está errado.

      E a prova do erro é simples: não importa nada que os fabricantes de insumos tenham margens de lucro maiores do que os produtores rurais, visto que:

      a) os produtores rurais saem ganhando quando compram esses insumos por conta do aumento de produtividade (se não ganhassem, não comprariam);

      b) o aumento de produtividade agrícola também barateia os alimentos para o consumidor final, beneficiando principalmente aos mais pobres.

      Fica provado que, além da arrogância de achar que sabe avaliar a qualidade dos alimentos que os outros consomem melhor do que eles mesmos, você mantém o discurso hipócrita que ataca o lucro das empresas em nome de preocupação com o bem comum, mas que só serve para condenar o sistema técnico-produtivo que acabou com a fome.

      BESTEIRA REPETITIVA

      Então você diz: "A única forma viável de diminuir preços de fato ao consumidor e dar poder de escolha a este é encurtar a distância entre a origem do produto e o consumo. Pessoas confinadas e sujeitas ao monopólio de grandes corporações sempre vão consumir o que estiver disponível".

      Se esse monopólio existisse, os monopolistas seriam uns imbecis, pois usaram seu poder de mercado para fazer o preço real dos alimentos cair PELA METADE no período 1975-2011.

      As pessoas compram produtos convencionais porque eles oferecem boa relação entre qualidade e preço. Se os produtos alternativos fossem mais baratos, venderiam mais.

      METENDO OS PÉS PELAS MÃOS

      O ponto culminante da soma de hipocrisia com besteirol é quando você escreve: "Afinal, para capitalistas, saber aproveitar oportunidades e ser esperto é a maior virtude. Então, por que não utilizar artifícios de poder quando estes fluem da forma mais natural possível? rsrs".

      Isso é verdadeiro não só para capitalistas, mas para qualquer pessoa. Por exemplo, para "camponeses" ineficientes que exigem proteção de mercado e subsídios do governo - com grande sucesso, aliás.

      Até ai, temos apenas a repetição da hipocrisia típica do seu discurso. O besteirol está no fato de você ignorar o seguinte fato: a queda dos preços dos alimentos é a maior prova de inexistência do monopólio! Justamente porque o mercado é competitivo é que se faz necessário oferecer produtos cada vez mais baratos para não ser superado pela concorrência.

      CONCLUI NA PRÓXIMA

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    3. OUTRA PROVA DE ANALFABETISMO

      Você encerra com chave de ouro: "E a propósito, já deu uma olhada no preço das frutas e verduras nesse ano? Pelo menos aqui no centro oeste onde está centralizada boa parte da produção de soja, leite e milho, tá de fazer perder o apetite. Ah, já sei. É só dizer que é tudo culpa do PT e tá justificado. kkkkk".

      Conforme eu já expliquei faz tempo, mas seu analfabetismo funcional não lhe permitiu compreender, os preços dos alimentos oscilam conjunturalmente, MAS A TENDÊNCIA DE LONGO PRAZO VAI SEMPRE NO SENTIDO DA REDUÇÃO DE PREÇOS.

      Isso ocorre porque, como a agricultura convencional eleva a produtividade agrícola sem parar, os fatores conjunturais (como a alta do dólar, que encarece fertilizantes importados), não impedem que os preços continuem a cair ao longo do tempo. Os preços sobem em alguns períodos e, depois, baixam para patamares inferiores aos vigentes antes da alta conjuntural.

      As duas provas disso são:

      a) de 1975 a 2011, o preço real dos alimentos comercializados no município de São Paulo caiu pela metade, em termos reais!

      b) os dados da POF mostram que a fome acabou justamente no período em que ocorre a modernização da agricultura brasileira, pois, com a comida mais abundante e barata, todo mundo pode comer.

      Repeti esses dois fatos pela enésima vez para ver se o Tico e o Teco conseguem juntar as letras direito. Mas é claro que, se você soubesse ler, já teria entendido isso ao ler o post sobre o Navarro lá em cima na página e, assim, nem teria se dado ao trabalho de tecer comentários.

      Mas, tudo bem, eu sou professor e não posso desistir de tentar ensinar alguém a interpretar textos super simples, rsrsrs...

      A propósito, a disparada da inflação é culpa da Dilma, sim. Prova disso é que não são apenas os alimentos que estão subindo de preço, não é verdade? Logo, é tolice usar o aumento de preços dos alimentos na conjuntura atual para desqualificar as estatísticas que mostram a enorme queda de preços da comida no longo prazo.

      Mas é claro que, se você não consegue ler direito, também não é capaz de entender raciocínio lógico, rsrsrs...

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    4. Você diz: "kkkkkkkkkkkkkkkk 'se a agroecologia conseguir alcançar produtividade comparável à da agricultura convencional com menos impacto para o ambiente, então o agronegócio vai ser o primeiro setor a adotar a agroecologia!' ???
      Isso é o cúmulo da ingenuidade. Ou seria dissimulação mesmo? rsrs".

      Se você tivesse um QI maior do que 50, teria entendido quando eu expliquei isso antes. Mas, tudo bem, explico de novo.

      A competitividade do agronegócio está assentada na elevação da produtividade agropecuária, pois é isso que permite às grandes empresas do setor ganhar dinheiro vendendo produtos baratos em quantidades enormes. Logo, por uma questão de lógica elementar, está claro que, se alguma forma de agricultura orgânica ou sustentável for capaz de produzir com a mesma produtividade e sem utilizar insumos químicos, então é óbvio que o agronegócio vai ter interesse em adotar esse novo modelo para manter ou alavancar ainda mais os seus lucros!

      Entendeu agora ou quer que eu desenhe?

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    5. Seu idiota(não dá pra escrever mais sem te xingar)!
      Se gostas de desenho, vou repetir meu argumento e desenhar então, seu dissimulado!
      O agronegócio está assentado na especulação, no financismo, na intensificação dos fluxos de capital. Só o mercado de alimentos não é suficiente para atender aos investidores do agronegócio. Será que é tão difícil perceber isso???
      E quando chega nesse ponto é melhor parar mesmo. Estou parando por aqui. Mas, não pense que se livrou de mim, seu mala!
      E, não precisa publicar, porque já deu.

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    6. Hipocrisia de novo: os pequenos produtores também especulam, ou seja, também esperam para vender seu produto pelo preço mais alto possível. O sucesso das grandes cooperativas agrícolas do Paraná vem, em parte, do fato de que essas instituições oferecem aos associados uma infraestrutura que torna mais eficiente essa especulação, tais como silos (para armazenar as mercadorias por mais tempo) e pessoal especializado em análise dos preços das commodities.

      Besteira outra vez: como é que o agronegócio pode assentar-se no "financismo" se os agricultores, mesmo os de grande porte, não são banqueiros? O capital é um fator de produção, e obter esses capitais de bancos de investimento é a melhor forma de alavancar mais recursos para produzir em maiores quantidades. Ou você inclui até os bancos no seu conceito fajuto de "agronegócio"?

      Ideologia barata: é óbvio que o agronegócio não produz só alimento. Até porque, a produção de alimentos já é mais do que suficiente para alimentar todo mundo, no Brasil. Mas os produtos que vêm da agricultura e não são alimento têm importância tão grande quanto. Papel não é importante? Algodão não é importante?

      E o mesmo vale para a agricultura familiar, que responde pela maior parte da produção de tabaco!

      Por fim, devo dizer que eu lhe dei mil oportunidades de encerrar este debate, mas você insistiu em continuar. Quando eu demorava para responder aos seus comentários ou deixava de publicar algum completamente inútil, posto que meramente repetitivo de ideias que eu já tinha rebatido antes, você podia ter aproveitado para publicar o comentário sem resposta nas redes sociais e parar por aí. Ao invés disso, você continuava a mandar mais e mais comentários, e sempre me provocando para responder todos com rapidez (como se eu ganhasse dinheiro para ser blogueiro...).

      Agora que eu resolvi responder a tudo e bem depressa você perde as estribeiras por que ficou sem resposta e vem com essa de me encher o saco de outras formas que não pelo meu blog? E ainda diz que o mala sou eu?? Francamente...

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  20. A indignação pode fazer qualquer ser humano manifestar algum tipo de ira, seu mala! E é por isso que tô te xingando de novo.
    Não aceito que seja tão idiota ao ponto de acreditar que as coisas são assim como está colocando. Isso é dissimulação pura.
    Eu não escrevi que "alguns produtores rurais têm dinheiro e, ...manipulam a política". O que é fato é o poder político das grandes corporações com suas barganhas no jogo do poder e é óbvio que o agricultor que se beneficia do modelo também contribui com esse jogo! Não é possível que um geógrafo não entenda isso! De novo, vá ser mala assim lá no inferno!

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    1. Schopenhauer diz que o insulto é o último dos estratagemas usados pelos que desejam vencer um debate a qualquer preço, aquele ao qual debatedores sem escrúpulos recorrem quando todos os outros truques retóricos já falharam. Se você tivesse resposta a dar aos meus argumentos, não precisaria xingar. Logo, essa conversa de “indignação” é só uma desculpa para não ter de admitir que você me xinga por falta de argumento.

      Deve ser bem chato pra você ter de apelar para insultos por não ter o que responder a um “almofadinha de gabinete”, rsrsrsrs... Mas é a vida.

      Na sequência, você tenta reformular as bobagens que escreveu antes para ver se fica mais fácil sustentá-las. Diz que não são alguns agricultores que têm dinheiro que manipulam a política, mas sim as “grandes corporações com suas barganhas no jogo do poder”; depois, acrescenta que “o agricultor que se beneficia do modelo também contribui com esse jogo”.

      Engraçado, antes você escreveu com todas as letras que a agricultura convencional não beneficia nem os produtores, nem os consumidores, só "atravessadores" e "parasitas". Agora diz que há produtores que se beneficiam desse "jogo" e que contribuem com ele... Não adianta tentar se desdizer, pois todas as besteiras que você escreveu estão aí para quem quiser conferir.

      Além do mais, note como a reformulação que você fez não muda em nada a teoria conspiratória tola que você usa para tentar explicar a razão de o sistema convencional ser predominante. Mas a verdade é que o modelo agrícola da revolução verde predomina, em primeiro lugar, porque, CONFORME VOCÊ MESMO ADMITIU, fez a produção agropecuária crescer mais depressa do que a população. E o segundo motivo desse predomínio, que você não quer reconhecer, é a REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO que acompanha esse crescimento da produtividade.

      Os dados de produção, produtividade, estado nutricional e de preços ao consumidor, entre outros, confirmam isso. Mas você prefere achar que os sistemas alternativos são melhores e que, apesar disso, não predominam no campo por causa das "grandes corporações com suas barganhas no jogo do poder". É o tipo da "explicação" que explica tudo e, por isso mesmo, não explica nada, rsrsrsr...

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    2. Nem os agrônomos, técnicos envolvidos diretamente com a produção agrícola, supostamente capacitados para calcular custos de produção, são capazes de calcular sozinhos os custos reais da atividade, sem calcular custos externalizados. Daí ajuntam um bando de arrogantes que pelo jeito nem conhecem o conceito de produção sustentável dado pelo relatório de Brundtland e resolvem que o modelo é sustentável por que tá aumentando o fluxo de capital e produtos em circulação?
      Bando de irresponsáveis!!!

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    3. Muito conveniente essa noção de “custos reais” que você usa: ela serve para justificar a crítica de que o paradigma da revolução verde e a concentração da produção aumentam os custos ao mesmo tempo em que dispensa os autores dessa crítica de provarem o que estão dizendo, já que os custos são incalculáveis até para os agrônomos... Se for assim, concordar com essa crítica é uma questão de fé, não é mesmo?

      Mas a verdade é que o raciocínio não faz o menor sentido, e por uma razão simples: para o agricultor auferir lucro, o preço de venda do produto tem de superar os custos de produção; assim, como os preços da comida para o consumidor final despencaram nas últimas décadas e nem por isso a agricultura foi à bancarrota (embora os produtores que não acompanharam a modernização tenham ficado em dificuldades mesmo), isso significa que OS CUSTOS SÃO FORTEMENTE DECRESCENTES!

      Quanto aos custos de externalidade, é óbvio que eles não entram no custo de produção, pela própria definição de externalidade. Contudo, a legislação ambiental, que vai ficando cada vez mais exigente com o tempo, no Brasil e no mundo, existe justamente para reduzir esses custos. E é como já notou o economista Michael Porter: são os ganhos de produtividade que permitem às empresas absorver o aumento de custos derivado da obrigação de cumprir as leis ambientais sem onerar muito o preço dos produtos. No caso da agricultura, isso significa que o modelo da revolução verde, por estar baseado na elevação permanente da produtividade dos fatores, é justamente o que viabiliza o processo de ecologização da agricultura convencional em curso.

      Além disso, é como eu já expliquei no post "Capitalismo é ecológico quando os consumidores assim desejam, como prova o agronegócio": quando os consumidores se dispõem a pagar mais caro por uma mercadoria produzida dentro de padrões ambientais extremamente rígidos, as empresas lucram com isso do mesmo jeito.

      Aqui está o link desse post: http://tomatadas.blogspot.com.br/2013/05/capitalismo-e-ecologico-quando-os.html

      Nesse contexto, não faz o menor sentido você dizer, citando o Relatório Brundtland, que a agricultura convencional é sustentável só do ponto de vista econômico. A sustentabilidade econômica da agricultura químico dependente, por estar baseada nos ganhos de produtividade, é também a chave da sua sustentabilidade ambiental.

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  21. Não é que eu queira ser sarcástico, mas nem sempre eu xingo. No entanto, é melhor me publicar só quando eu xingo. É conveniente.
    Já leu “Território em Conflito, Terra e Poder” de Ariovaldo Umbelino e outros?
    Ah, que bobagem essa minha! Se for da geografia agrária “é tudo mentira”. Aff
    Mas, mesmo que seja “tudo mentira” e “não-ciência”, dá uma olhada pra vê se aprende como as corporações atuam no campo.

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    1. Falso. Qualquer pessoa que se dê ao trabalho de ler o que vai acima constata que, na maioria dos comentários que publiquei, você não me xingou. Insulta com mais frequência agora por estar ficando sem ter o que responder, rsrsrsr...

      Quanto a esse livro do Ariovaldo, eu não li, mas, para debater com você, nem preciso ler. E a razão é simples: se as coisas que ele diz nesse livro servissem para comprovar as besteiras que você escreve nos seus comentários, bastaria você usar essas informações para me contestar, citando a referência. Como você não usa, significa que, embora malhe o agronegócio, esse livro não te ajuda.

      É melhor você ficar só xingando, pois, para isso não é preciso ler nada, rsrsrsr...

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    2. Obrigado professor Diniz! Pude preparar minha aula com os dados dos seus artigos e com essa patrolada no Fábio Borges, hehehe. Sou cria desses professores de geografia agrária, onde os "camponeses" irão salvar a agricultura nacional com seus produtos "orgânicos". Essa insistência em agricultura orgânica não seria uma prévia para a consequente pauperização que o socialismo traria?

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    3. Olá, Daison. Bom saber que os dados lhe foram úteis.

      Bem, é certo que a substituição em larga escala dos sistemas convencionais pelas práticas orgânicas traria escassez e até fome, exatamente como no socialismo. Mas é interessante que a esquerda ocidental só tenha se apaixonado por agricultura sustentável depois que o socialismo ruiu, já que os países socialistas usavam tratores e pesticidas em larga escala mesmo. Aliás, a agricultura praticada atualmente em Cuba e na Coreia do Norte não é orgânica - se for, está explicado porque tanta gente passa fome na Coreia :)

      Aproveitando o ensejo, recomendo fortemente a leitura do texto "Como Diminuir a Pegada Humana: e como Voltar à Natureza Seria um Desastre para a Natureza" (link abaixo). É também importante ler o breve comentário do agrônomo Mário Fortes ao texto. Riqueza de dados sobre energias renováveis é isso aí!

      https://agfdag.wordpress.com/2015/07/24/como-diminuir-a-pegada-humana-e-como-voltar-a-natureza-seria-um-desastre-para-a-natureza/

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  22. Recebi uma notificação de e-mail avisando que meu nome havia sido mencionado neste blog e creio que tenho direito de resposta.
    Gostaria de alertá-los de que se continuarem a apresentar esses temas de forma tão superficial aos seus alunos, se realmente convencê-los vão contribuir para uma grande formação de imbecis em suas instituições de ensino.
    Escrevi várias vezes aqui que o problema da agricultura é gerado em sua maior parte por questões políticas(há atendimento exclusivo aos interesses de mercadores e especuladores de um modo geral) e o doutor insiste que aqui nesse blog não se discute política, que aqui as discussões são exclusivamente de cunho científico, como se não fizesse parte, ou melhor, como se não fosse fundamental na ciência geográfica o estudo das questões políticas, as quais influenciam e acabam por determinar a configuração dos espaços e territórios. São as famosas relações de poder. rsrs
    Se lerem toda a discussão que tivemos vão ver que alertei sobre o problema da insustentabilidade do modelo de produção predominante várias vezes, afirmando o óbvio: o que interessa ao agronegócio, definitivamente, não é apenas a produção de alimentos e fibras como se propaga a partir do senso comum. O mercado de insumos e outros itens e soluções com altos valores monetários embutidos(pacotes tecnológicos) é de extrema importância para a manutenção dos fluxos de capital que alimentam ao agronegócio e até a centralização da produção é importante, já que quanto mais se intensifica a produção dos meios de transporte, as estruturas e tudo o que a esse processo se relaciona, mais se intensificam os financiamentos das atividades relacionadas e, consequentemente os fluxos de capital, objetos de intensa especulação originados pelos excedentes os quais formam o capital financeiro. Se lessem David Harvey em o “Enigma do Capital” (2011) despertariam para essa lógica, naturalmente. O que me irrita e me tira a esportiva é ver um doutor em geografia ignorar esse tipo de conhecimento e agir de forma tão demagógica como se faz nesse blog.
    Sobre a produção orgânica também já escrevi que ela por si não seria a solução definitiva. Uma discussão boa sobre o contexto é feita por Ademar Ribeiro Romeiro nesse livro do qual o doutor compartilhou o link(a partir da pagina 510), mas pelo jeito não leu, onde o autor aponta que é necessário ajuntar o conhecimento acadêmico com o conhecimento tradicional para encontrar a melhor solução. Isso seria a agroecologia de fato e não simplesmente voltar ao passado como os detratores da prática agroecológica propagam que seria, impregnando em seus defensores uma imagem arcaica.
    Por fim, não se esqueçam de que todo o conhecimento nasce da percepção e por isso os sujeitos são fundamentais nos processos. A ciência mecanicista é ultrapassada com suas metodologias de cunho estritamente positivista, uma vez que tanto os sujeitos quanto o meio ambiente são dinâmicos e nisso os pensadores pós modernos fazem uma excelente reflexão.
    Quanto a essa discussão em relação à esquerda ou direita, acho que fariam melhor se fossem para o facebook. rsrs Se quiserem acessem minha página: https://www.facebook.com/fabio.borges.77

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    1. Na verdade, há décadas que a escola e a universidade já vêm formando imbecis com uma visão da agricultura completamente desvinculada dos fatos. Os seus comentários exemplificam muito bem esse modo de não pensar. Vejamos isso com base nas respostas que já publiquei aos seus comentários:

      1. Foi o sistema agrícola “químico dependente” que barateou a comida e acabou com a fome. Você, que se diz preocupado com a saúde do consumidor, omite esse fato o quanto pode.

      2. Logo, o sistema agrícola que você combate é dominante porque torna possível aos produtores tecnificados patronais e familiares obter bons lucros vendendo comida barata em grandes quantidades.

      3. Ao invés de aceitar esses fatos, você usa uma teoria conspiratória vulgar para explicar esse predomínio, qual seja, a de que o agronegócio suborna os cientistas e governos.

      4. A teoria é tão ridícula que não leva dois fatos óbvios:

      a) para os produtores rurais, os insumos químicos são um custo, de modo que eles não teriam interesse algum em usar tais produtos se isso não lhes permitisse aumentar a produtividade e, assim, elevar os lucros;

      b) se houvesse um monopólio da agricultura químico dependente apoiado por suborno sistemático de políticos e cientistas, seria uma enorme burrice os monopolistas permitirem que o preço real dos alimentos despencasse pela metade nas últimas décadas.

      5. Portanto, é certo que meus argumentos são baseados em fatos e, sendo assim, não podem ser qualificados como “políticos”. Quem faz política travestida de ciência é você, pois insiste em repetir mentiras que não têm nenhum apoio nos fatos.

      ENROLAÇÃO MARXISTA

      Nesse sentido, tudo o que você afirma na sequência sobre "fluxos de capital", "centralização de capital" e "especulação", citando Harvey, nada mais é do que uma estratégia para apontar elementos supostamente negativos no padrão agrícola convencional sem ter de enfrentar os fatos mencionados acima - e que eu repeti 200 vezes ao longo da nossa discussão!

      De fato, como o aumento do "fluxo de capital" financeiro e a centralização do capital se fazem acompanhar de queda dos custos de produção (por unidade de medida do produto) e, consequentemente, pela queda do preço dos alimentos para os consumidor final, então fica claro que esses processos econômicos espelham a forma de organização da produção adequada à modernização agrícola, com todos os benefícios econômicos, sociais e ambientais que a modernização trás.

      ENROLAÇÃO PÓS-MODERNISTA

      Do mesmo modo, a conversa pós-moderna de que não existe separação entre sujeito e objeto é só mais uma estratégia retórica para contornar argumentos baseados em fatos. E a razão disso é simples: considerações epistemológicas sobre a relação sujeito/objeto não invalidam em nada os fatos que indiquem nos itens 1 a 4, acima.

      Ademais, eu já expliquei neste blog que a visão pós-modernista de que homem e natureza devem ser vistos como um "todo" é totalmente contraditória. Basta clicar no marcador Meio Ambiente ou pesquisar "Fritjof Capra" para ler esses textos.

      ANALFABETISMO FUNCIONAL

      Conforme já expliquei N vezes, não tenho nada contra que se elaborem novos modelos agrícolas pela combinação da tecnologia moderna com "conhecimentos tradicionais", mas desde que esses modelos alternativos consigam alcançar uma produtividade no mínimo tão elevada quanto a da agricultura convencional. Afinal, se a produtividade não for alta, vamos todos passar fome!

      Entretanto, é como eu já expliquei várias vezes mas você parece não ter sido capaz de entender: se os sistemas alternativos alcançarem produtividade tão alta ou até maior do que a dos sistemas convencionais, então o agronegócio vai ser o primeiro setor a adotar as inovações, e isso justamente no intuito de lucrar mais!

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  23. Isso aqui é uma verdadeira torre de babel. rsrs …a impressão que dá é que falamos o tempo todo em idiomas completamente diferentes. Bastante curioso isso e pode até ser divertido. Só tenho que aprender a controlar minha indignação para não ficar irado. Embora, sofra as consequências de um modelo irresponsável todos os dias, tenho que fingir que os avarentos não me atingem.
    Já que publicou meu direito de resposta, vou respondê-lo, mas, de fato não precisa publicar mais esse comentário. Na boa!
    Quando crescer quero ser igual a você. rsrs ...admiro demais sua retórica, seu sofisma. É um cara muito decidido no que quer e sabe organizar seu discurso como nenhum político saberia. Te acho realmente incrível.
    Enfim, me deixe tentar entrar novamente na sua bolha de realidade esclarecendo de vez esses pontos, só para que saiba de fato. Talvez isso possa te ajudar a acordar para a dinâmica e ver que quanto mais contesta outras linhas de estudo, mais se enrola. O tempo dirá.
    Então numeremos: 1 – O custo real do alimento produzido pela agricultura químico dependente é muito alto e existe uma infinidade de estudos já apontando isso. Só não vê quem não quer; 2 – O sistema é dominante, porque serve muito bem à especulação alimentando aos fluxos de capital nos territórios. Onde circula dinheiro as coisas acontecem; 3 – Não precisa falar em teoria conspiratória e muito menos em subornos, já que a própria exploração com sua demanda por financiamentos faz com que tudo seja comprado, literalmente. Até as prostitutas que atendem aos peões nas frentes pioneiras. rsrs; 4 – Não preciso repetir que nem é necessário uma teoria: a) Há uma grande variedade de gestores na agricultura, desde camponeses, os quais vivem em seus lugares (ver Yi Fu Tuan sobre o conceito de lugar), os agricultores familiares os quais exploram suas unidades produtivas com recursos altamente subsidiados pelo Estado até aos empresários rurais, os quais tratam suas atividades produtivas como qualquer outra atividade que absorve capital e o reproduz. David Harvey aborda essa questão das relações entre capital financeiro e capital produtivo e qualquer economista entende isso(o capital financeiro depende do capital produtivo para se reproduzir). Não é ficção. Claro que o capital fictício também se envolve nessa trama, que é quando as grandes empresas disponibilizam ações nas bolsas, mas a lógica do financiamento da produção deve ser analisada separadamente. Por fim, se não tivesse ignorado completamente os links e outras dicas que te dei não pagaria esse mico de dizer que a agricultura sem agroquímicos sintéticos é improdutiva e mais cara(deveria ter lido o texto do Romeiro, pois ele te ajudaria a refletir sobre isso) e entenderia que para a política comercial que vem antes da produção, a qual também é agronegócio, não interessa de forma alguma diminuir a entrada dos insumos substituindo-os por alternativas locais e o padrão de manejo dificulta esse tipo de ação nas unidades produtivas. Pra começo de conversa, a indústria de máquinas não se adapta e nem as pesquisas e a extensão se voltam para essa realidade, porque também tem suas fontes de financiamentos que ditam as regras. b) Já deveria admitir que o que interessa não é só a produção de alimentos e fibras. 5 – Se ainda não viu que os atores do mercado dependem dos fluxos de capital e trabalham naturalmente por essa lógica enquanto promovem atividades exploratórias, eu realmente desisto. Deixo a vida lhe ensinar. Abç

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    1. Não adianta tentar usar de ironia se você não tem argumentos factuais para sustentar suas afirmações, que não passam de mentiras descaradas. A ironia, quando emoldura mentiras, só serve para mostrar que o "debatedor" tenta afetar segurança sem ter argumentos, mas apenas truques de retórica incoerentes e desonestos. Mas sigamos.

      "ESTUDOS" DEMAGÓGICOS

      Quando você diz que o custo dos produtos da agricultura químico dependente são muito altos, segundo diversos estudos, se esquece de explicar o mais importante: são altos em comparação com o quê? Afinal, desde a Grécia Antiga é sabido que não há nada no mundo que seja grande ou pequeno de per si, não é mesmo?

      A verdade é que os tais estudos que afirmam isso supõem que, se algum outro modelo agrícola fosse aplicado, os custos seriam muito menores ainda do que já são. Demagogia pura, portanto, pois comparam os custos de um sistema que existe e que deu ótimos resultados com sistemas inexistentes ou que, quando postos em prática, não cumpriram a promessa de produzir comida barata e saudável.

      "ESTUDOS" FRACASSADOS

      Além do mais, estudos desse tipo, como um que você já citou por aqui, afirmavam, nos anos 1970, que os custos de produção da agricultura convencional seriam CRESCENTES! Todavia, os custos de produção DESPENCARAM!

      E o fato de os preços para o consumidor final também terem despencado é a prova inconteste dessa queda de custos, só que medida pelo lado do consumidor final.

      ESPECULAÇÃO, NÃO. REVOLUÇÃO PRODUTIVA

      Depois você vem com uma frase completamente sem sentido: "O sistema é dominante, porque serve muito bem à especulação alimentando aos fluxos de capital nos territórios. Onde circula dinheiro as coisas acontecem".

      Ora, se a lógica propulsora do sistema econômico é a "especulação", então por que a produção vem crescendo aceleradamente, e cada vez mais rápido, no Brasil das últimas décadas? Sua frase é retórica sem sentido e descolada dos fatos.

      VOLTAR ATRÁS NÃO SALVA SEUS "ARGUMENTOS"

      No item 3 você tenta negar que sua visão esteja baseada em teorias conspiratórias vulgares, mas, em 20.01.16, conforme está publicado acima, você afirmou isto: "O que é fato é o poder político das grandes corporações com suas barganhas no jogo do poder e é óbvio que o agricultor que se beneficia do modelo também contribui com esse jogo". Só rindo mesmo :)

      CONCLUI NA PRÓXIMA RESPOSTA

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    2. CAPITAL FINANCEIRO AJUDOU A ACABAR COM A FOME

      No item 4, você fala que há uma multiplicidade de agentes no rural. Bom, isso é óbvio!

      Depois, cita novamente Harvey e suas discussões sobre as relações entre capital financeiro e produtivo para insinuar que a dependência dos produtores rurais em relação a financiamentos é algo negativo. Mas a verdade é que ESSA DEPENDÊNCIA FOI EXTREMAMENTE BENÉFICA PARA A ECONOMIA E PARA OS CONSUMIDORES DE ALIMENTOS, SOBRETUDO OS MAIS POBRES!

      Afinal, sem o adiantamento de capital oferecido por bancos públicos e privados, a modernização agrícola ocorreria de forma muito mais lenta, o que implicaria num ritmo muito menor de elevação da produtividade e, por conseguinte, de queda dos preços reais dos alimentos.

      AGRICULTURA ALTERNATIVA PRODUZ POUCO E CARO, SIM

      Depois você afirma, com base em Romeiro, que é falsa a ideia de que a agricultura alternativa produz pouco e caro. Na verdade, essa sua afirmação é uma agressão aos fatos, pelos seguintes motivos:

      a) existem muitas formas de agricultura alternativa (biodinâmica, orgânica, etc.);

      b) os preços dos produtos orgânicos, para os consumidores finais, são mais altos mesmo, como reconhecem até os defensores desse sistema.

      c) a agricultura familiar orgânica, na Europa, é subsidiada justamente porque a produção é pequena e os preços ficariam muito altos se não fossem os subsídios.

      Mas é claro que você procura fugir dessas evidências com o argumento de que a "agricultura sustentável" seria mais produtiva do que a orgânica. Contudo, o que você escreve na sequência está em franca contradição com essa tese! Vejamos:

      METENDO OS PÉS PELAS MÃOS (DE NOVO)

      O que você diz na sequência é: "para a política comercial que vem antes da produção, a qual também é agronegócio, não interessa de forma alguma diminuir a entrada dos insumos substituindo-os por alternativas locais e o padrão de manejo dificulta esse tipo de ação nas unidades produtivas".

      Ou seja, como a tese de que já existe uma "agricultura sustentável" capaz de ser tão produtiva quanto a convencional sem necessidade de máquinas e químicos é contraditada pela pouca difusão desse sistema produtivo, você apela, mais uma vez, para uma teoria conspiratória. E isso depois de dizer que não defende esse tipo de teoria, rsrsrsrsr...

      E o pior é que se trata de uma teoria conspiratória completamente sem pé nem cabeça! Afinal, o que você chama de "política comercial que vem antes da produção"? É uma política do governo ou das empresas produtoras de máquinas e insumos agrícolas?

      Seja qual for a resposta, não faz o menor sentido. Afinal, você pressupõe que produtores como o Blairo Maggi por exemplo, são trouxas e não têm dinheiro para financiar pesquisas que lhes permitam abandonar custos inúteis com compra de máquinas e de insumos químicos?!

      É, parece que você supõe essa estultícia mesmo, pois, no final do comentário, repete: "a indústria de máquinas não se adapta e nem as pesquisas e a extensão se voltam para essa realidade, porque também tem suas fontes de financiamentos que ditam as regras".

      Certo... o grupo Cutrale não tem dinheiro para financiar pesquisas que provam o desperdício que é comprar máquinas e insumos químicos. E, mesmo assim, essas pesquisas já foram realizadas, como diz Romeiro, e provaram que é possível produzir o mesmo ou até mais com custos muito mais baixos. Mas o grupo Cutrale é administrado por gente pobre e idiota que não tem recursos para financiar esse tipo de pesquisa e nem consegue entender que está jogando dinheiro fora para enriquecer fabricantes de tratores e de pesticidas.

      Com tanta tolice e incoerência, só rindo mesmo rsrsrsrsrs...

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  24. Acreditava que doutores entendiam as coisas com mais facilidade, mas dá pra ver que nem sempre funciona. rsrs
    Esse aí era pra ser meu último comentário neste post e nem era pra ser publicado, enfim. Pensei só em dar uma contribuição pessoal mesmo, mas, como essas discussões podem me ajudar a entender melhor como agem os defensores da velhacaria, creio que não estou perdendo o meu tempo, pelo menos todo, participando mais aqui. rsrs ...vejo que o fundamental para um velhaco é subestimar os outros. Por isso todo velhaco tem o seu dia surpresa, que é quando finalmente declina.
    Veja bem, doutor:
    Fatos acontecem o tempo todo e ninguém pode conhecer tudo o que há no mundo, a não ser que estejamos nos referindo a Deus(sic). Portanto, essa retórica do “eu tenho os fatos” não é incontestável e é justamente isso que os pensadores pós modernos criticam na ciência moderna e seu absolutismo metodológico. Não se pode ignorar que o pesquisador também é um sujeito e não uma máquina programada, que age mecanicamente. E, sendo assim, todo sujeito procura registrar o fato que lhe pode ser benéfico e dentro de um modelo condicionado pode vir a ignorar qualquer outro fato que venha efetivamente a prejudicá-lo em seu objetivo. Observe que não me refiro às variações previstas metodologicamente, mas àquelas dos fenômenos ainda não sistematizados, as vezes do que é completamente desconhecido. Acontece de forma automática.
    Lembra quando lhe convidei para vir passar uns dias aqui na Região Centro-Oeste para ver o que de fato acontece em nossos campos? Quando postei um link para um video da Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso ( Nuvens de Veneno)? Quando citei Francis Chaboussou, Enrique Leff? Foi tudo ignorado, porque são fatos que não lhe interessa, devido ao seu objetivo que é tentar ridicularizar a qualquer um que conteste ao modelo predominante em seu sentido hegemônico. Só faltou dizer aquela famosa frase: “o que vem de baixo não me atinge”.
    Pois bem. Os CUSTOS da agricultura químico dependente não podem mesmo serem descritos como “altos” sem uma comparação. De fato nem podem serem comparados, porque são avassaladores, devido ao rastro de destruição que vai deixando. Será que existe algum economista capaz de calcular o valor de um rio que seca, de uma terra que se transforma em deserto, de uma vida de um trabalhador que morre intoxicado? Eu sei que tem um monte de malucos que acredita que todo calculo é possível, mas são realmente malucos. rsrs ...quando critica estudos “fracassados” afirmando que os fatos mostraram o contrário, a impressão que tem, certamente, é a de que chegamos ao fim da história ou à tabulação definitiva de todos os dados e nenhum fato novo poderá mais ser acrescentado. rsrs
    Quanto à ESPECULAÇÃO em torno do agronegócio, não sejamos ingênuos, doutor! É justamente o que eu escrevi citando David Harvey: o que seriam dos bancos se não existisse demanda por financiamentos? Se lesse “O Enigma do Capital” entenderia realmente como o dinheiro circula nos territórios (se conseguir interpretá-lo, é claro. rsrs). E é obvio que a especulação não existe sem algum lastro: o mercado nasce da necessidade de uso de algum bem que pode ser oferecido por algum mercador, mas o valor de troca pode ser referente a algum artifício utilizado por ele. Se não for para gerar capital excedente ninguém vira comerciante e algumas estratégias são espetaculosas até. Demagogia é dizer que a especulação não existe no sentido de estimular às trocas, inclusive em bolsas de valores. David Harvey escreve sobre o capital fictício quando cita o mercado de bolsas.
    TAMBÉM CONTINUA(dessa vez. rsrs)...

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    1. NÃO ENTENDE NEM O PÓS-MODERNISMO

      Como sempre, a maior parte do que você escreveu não responde aos argumentos apresentados, pois você se limita a substituir argumentos por insultos (agora diz que eu sou “velhaco”) e repete com outras palavras o que já tinha escrito antes e que já foi rebatido por mim. E continua metendo os pés pelas mãos! Vejamos suas palavras:

      “[...] essa retórica do ‘eu tenho os fatos’ não é incontestável e é justamente isso que os pensadores pós modernos criticam na ciência moderna e seu absolutismo metodológico. Não se pode ignorar que o pesquisador também é um sujeito e não uma máquina programada, que age mecanicamente. E, sendo assim, todo sujeito procura registrar o fato que lhe pode ser benéfico e dentro de um modelo condicionado pode vir a ignorar qualquer outro fato que venha efetivamente a prejudicá-lo em seu objetivo. Observe que não me refiro às variações previstas metodologicamente, mas àquelas dos fenômenos ainda não sistematizados, as vezes do que é completamente desconhecido”.

      Por aí se vê que você não entende nem o pós-modernismo! De fato, a metodologia científica não ignora de modo algum que o cientista pode ser induzido a erro pela tendência a ignorar fatos que não se encaixam em suas convicções apriorísticas ou por vieses cognitivos (o exemplo mais conhecido é o viés de disponibilidade). A psicologia, aliás, estuda esses vieses e seus possíveis efeitos na produção de conhecimento científico, estudo esse que se baseia na observação e experimentação – ou seja, na metodologia científica que você refuta. Portanto, ninguém precisa recorrer a ideias pós-modernistas para saber isso que você escreveu. O modo como você cita o pós-modernismo para afetar sofisticação ao dizer o óbvio só revela o tamanho da sua ignorância!

      Mas vejamos o que você diz na sequência.

      “Lembra quando lhe convidei para vir passar uns dias aqui na Região Centro-Oeste para ver o que de fato acontece em nossos campos? Quando postei um link para um video da Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso ( Nuvens de Veneno)? Quando citei Francis Chaboussou, Enrique Leff? Foi tudo ignorado, porque são fatos que não lhe interessa, devido ao seu objetivo que é tentar ridicularizar a qualquer um que conteste ao modelo predominante em seu sentido hegemônico”.

      A metodologia científica estabelece que a teoria mais eficaz é sempre aquela que consegue dar coerência lógica para o maior número possível de fatos, i. e., de observações empíricas. Nesse sentido, a ciência normativa (que utiliza a metodologia científica) incentiva os cientistas a buscar sempre novas observações que possam pôr à prova as teorias já estabelecidas, animando o debate entre teorias concorrentes.

      No caso da discussão que estamos travando, não há dúvida que a minha explicação é a mais eficaz, já que você faz afirmações que contrariam os fatos diretamente. Por exemplo, a afirmação de que os custos de produção na agricultura convencional são crescentes, quando ocorre justamente o inverso!

      Portanto, é mentira dizer que eu ignorei fatos apresentados por você para ridicularizá-lo. Eu apenas demonstrei que NADA DISSO QUE VOCÊ ESCREVEU SUSTENTA SUA AFIRMAÇÃO DE QUE A AGRICULTURA CONVENCIONAL É INSUSTENTÁVEL PORQUE SEUS CUSTOS DE PRODUÇÃO SERIAM CRESCENTES. E por quê? Porque o fato inconteste é que a realidade é justamente o oposto do que você diz: o sistema convencional é predominante porque os custos são decrescentes!

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    2. CONCLUSÃO DA RESPOSTA

      MUDAR DE ASSUNTO É PICARETAGEM RETÓRICA

      Você já disse inúmeras vezes que a agricultura convencional implica altos custos de produção. Então, quando eu disse que essa afirmação é demagógica, pois implica comparar os custos decrescentes do sistema convencional com os custos de produção em modelos agrícolas que não existem ou que nunca cumpriram a promessa de reduzir os custos, você mudou de assunto e começou a falar de externalidades negativas, tais como “[...] um rio que seca, de uma terra que se transforma em deserto, de uma vida de um trabalhador que morre intoxicado”. Mudar de assunto é um truque de retórica desonesto e bastante manjado.

      SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL

      Mas, mesmo no que diz respeito às externalidades, o que você escreveu é só uma repetição de ideias às quais eu já dei resposta. Afinal, é como eu já escrevi mil vezes, mas você parece não ter tido competência em leitura suficiente para entender: FOI ESSE MODELO QUE VOCÊ CRITICA QUE ACABOU COM A FOME NO BRASIL E EM DIVERSOS OUTROS PAÍSES! E os modelos agrícolas alternativos, por não serem capazes de atingir alta produtividade, nos condenariam à fome se substituíssem o modelo convencional. Você acha que a fome é um preço aceitável a pagar para evitar os impactos ambientais que você citou?

      SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

      Além do mais, é como já eu disse um zilhão de vezes: a agricultura convencional é mais sustentável ecologicamente do que os modelos alternativos, tendo em vista que, ao elevar a produtividade da terra, o modelo convencional abre espaço para a preservação de florestas e de outros biomas. Se toda a agricultura brasileira fosse ecológica, já teríamos destruído uma área muito maior da floresta amazônica para podermos produzir o mesmo que já produzimos!

      A verdade é que você está pouco s lixando para a saúde das pessoas ou para as florestas, pois seu interesse é só malhar o capitalismo.

      METENDO OS PÉS PELAS MÃOS

      Depois, você diz, com base em Harvey, o seguinte: “[...] é obvio que a especulação não existe sem algum lastro: o mercado nasce da necessidade de uso de algum bem que pode ser oferecido por algum mercador, mas o valor de troca pode ser referente a algum artifício utilizado por ele. Se não for para gerar capital excedente ninguém vira comerciante e algumas estratégias são espetaculosas até. Demagogia é dizer que a especulação não existe no sentido de estimular às trocas, inclusive em bolsas de valores. David Harvey escreve sobre o capital fictício quando cita o mercado de bolsas”.

      Ao admitir que “o mercado nasce da necessidade de uso de algum bem que pode ser oferecido por algum mercador”, você acaba reconhecendo duas coisas: a) que o sistema convencional é predominante porque permite aos produtores tecnificados ganhar muito dinheiro vendendo produtos agrícolas a preços baixos e em grande quantidade; b) que o capital financeiro serve justamente para alavancar os investimentos que tornam essa revolução produtiva possível.

      Depois, você diz: “o valor de troca [de um bem] pode ser referente a algum artifício utilizado por ele [o mercador]”. Ou seja, você diz que, como existe um mercado de compra e venda de bens, os comerciantes podem especular com preços para vendê-los por mais do que realmente valem. Mas, ora bolas, se é assim, então POR QUE OS PREÇOS REAIS DOS ALIMENTOS DESPECARAM PELA METADE NAS ÚLTIMAS DÉCADAS?

      Esses mercadores especuladores devem ser uns incompetentes mesmo, rsrsrs...

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  25. CONTINUAÇÃO...
    Sobre a oferta de alimentos, devido aos financiamentos, tá implícito na questão da relação entre CAPITAL FINANCEIRO e capital produtivo. Para uma atividade retornar ao financiamento esta precisa ser mesmo produtiva, senão o que justifica? O fato é que muitas vezes se produz até mais do que se consome e a prova disso é a oscilação constante do preço dos alimentos: quando alguém ganha dinheiro produzindo tomate, por exemplo, este sujeito procura aumentar sua produção até saturar o mercado, juntamente com outros que seguem a mesma lógica. E o pior é que esses indivíduos muitas vezes acabam sem condições de liquidar o financiamento quando investem muito e provocam queda brusca de preço, gerando grandes transtornos por não apurarem nem o custeio. Mas, o Estado não pode interferir nestas coisas, a não ser para salvar grandes aventureiros, porque se for para dimensionar a produção é “comunista”. aff Quanto à DEPENDÊNCIA dos agricultores, esta é tão “boa” que a maioria se endivida e deixa a atividade, fazendo com que a concentração fique cada vez maior nas mãos daqueles espertos que aprendem a renegociar e arrolarem suas dívidas.
    E para concluir, o modelo produtivista e imediatista ainda atende aos interesses de muita gente, exatamente porque esse tipo não tem nenhum compromisso com a terra, porque não tem vinculo com ela. Só enxergam cifrões. Não são agricultores. São grandes empresários e até políticos, grandes apostadores do mundo dos negócios, empresas com consideráveis lastros dentro da logística que forma esse grande cassino. Bem diferentes de quem vive da terra e cuida da vida do solo, dos cursos d'água, da biodiversidade da qual depende o equilíbrio para a produção sustentável.
    Sei que talvez nunca entenda minha língua, mas fiz o que pude.

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    1. Sua língua é muito fácil de entender, pois as coisas que você escreve são só um amontoado de chavões superficiais, incoerentes e hipócritas usados pelos “melancias” para tratar de agricultura e meio ambiente. Para constatar isso, é só acompanhar o seu raciocínio.

      COMUNISMO, NAZISMO, NACIONAL-POPULISMO?

      De início, você admite (implicitamente) que o papel do capital financeiro é positivo, pois diz que os bancos obtêm lucros quando ofertam crédito para investimento aos empresários agrícolas e que isso leva ao aumento da produção. Depois, você reproduz uma critica mais do que manjada à economia de mercado, qual seja, a de que as decisões de investimento, por serem autônomas, levam a oscilações de preços que geram perdas para os produtores quando estes avaliam equivocadamente a evolução da demanda e, por isso, investem e produzem mais do que deviam. Por fim, você diz que a produção deveria ser “dimensionada” e ironiza aqueles que qualificam tal proposta como comunismo.

      Mas, ora, se a produção deve ser dimensionada pelo Estado, isso só pode ser feito, ou pela estatização da atividade agrícola, ou por meio de um planejamento estatal que, embora mantendo a instituição da propriedade privada, submete os produtores a um controle tão rígido que não lhes deixa margem para negociar preços no mercado e nem para decidir o quanto deve ser produzido. No primeiro caso, trata-se de economia planificada, exatamente como em países comunistas. No segundo, teríamos um modelo econômico semelhante ao instituído pelos nazistas, os quais, embora preservando a propriedade privada dos meios de produção, impunham planos quinquenais de desenvolvimento tão rígidos e detalhados que, na prática, os empresários não eram muito mais do que funcionários públicos responsáveis por cumprir as determinações do plano para suas respectivas empresas!

      Portanto, pare de reclamar quando alguém disser que você está defendendo o comunismo, pois, se suas ideias não conduzem a esse sistema, então conduzem a algo semelhante ao nazi-fascismo, o que é tão ruim quanto o comunismo...

      DEPENDÊNCIA

      Depois você volta à carga contra o capital financeiro dizendo isto: “Quanto à DEPENDÊNCIA dos agricultores, esta é tão ‘boa’ que a maioria se endivida e deixa a atividade, fazendo com que a concentração fique cada vez maior nas mãos daqueles espertos que aprendem a renegociar e arrolarem suas dívidas”.

      É falso dizer que os produtores que se mostram capazes de lucrar e pagar seus débitos com o sistema financeiro são meramente “espertos”. Quando a intervenção do Estado na economia é muito forte, isso torna possível que certos produtores grandes ou pequenos usem pressão política para obter vantagens ao pagar os débitos que têm com O SISTEMA FINANCEIRO ESTATAL. Mas, quando se trata de crédito fornecido por empresas privadas, aqueles que sobrevivem no mercado não são apenas os produtores mais competentes para fazer gestão financeira, mas também, e principalmente, os que se mostram mais competentes para avaliar a evolução da demanda e negociar preços.

      Vou demonstrar isso com um EXEMPLO, na continuação desta resposta.

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    2. EXEMPLO

      Quando eu era professor de geografia agrária, levei meus alunos para conhecer a Cooperativa Agrária Agroindustrial, em Guarapuava - PR. Na sede da cooperativa, havia um grupo de analistas de mercado que passavam o dia na frente de computadores monitorando a evolução dos preços internacionais das commodities agrícolas em tempo real. O objetivo disso era saber qual a melhor hora para vender os produtos guardados nos silos pelo preço mais alto possível.

      Pequenos produtores familiares têm condições de fazer isso sem contarem com uma cooperativa? Muito dificilmente. Então, se um pequeno produtor avalia mal as tendências de evolução da demanda ou escolhe a hora errada para vender sua produção, isso é culpa do capitalismo? É ruim se esse tipo de pequeno produtor vender sua terra para outro empresário que, familiar ou não, é mais competente ou tem condições objetivas para tomar decisões administrativas melhores?

      A concentração da propriedade e da produção é benéfica para a sociedade, na medida em que aumenta a produtividade agrícola e, assim, reduz os preços dos alimentos e de outros produtos agroindustriais, melhorando a qualidade de vida de todos. E

      HIPOCRISIA

      No final, você vem com aquela parolagem hipócrita dos ambientalistas e produtores rurais que se dizem “sustentáveis”, pois qualifica os produtores convencionais (que acabaram com a fome no Brasil e em diversos países) de se preocuparem apenas com “cifrões”, ao passo que os autoproclamados “sustentáveis” têm “compromisso com a terra”.

      Isso tudo é parolagem porque os produtores convencionais também precisam zelar para que a terra se mantenha fértil e produtiva para poderem continuar ganhando dinheiro com ela. E é hipocrisia porque você fala como se o fim da fome fosse uma questão sem importância nenhuma, muito embora se diga preocupado com o bem comum! Não bastasse isso, você veio com a conversa mole dos políticos e empresários que só pensam em “cifrões” logo depois de afirmar que a produção agrícola deveria ser “dimensionada” pelo Estado para que os pequenos produtores pudessem ganhar dinheiro sem correr riscos!

      Como eu disse, você está pouco se lixando para meio ambiente e saúde pública; o que você quer é que os produtores familiares ineficientes ganhem dinheiro produzindo pouco, vendendo caro e sem correr nenhum risco!

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  26. Continua viajando na maionese, hein, doutor?!
    Um hora tenta me esculachar escrevendo que enfim admiti que a agricultura químico dependente acabou com a fome, que entrei em contradição quando “afirmei” que o agricultor coopera com a “conspiração” das grandes empresas porque o modelo “é bom” para ele e em outro momento escrevi que só se beneficia às empresas de agroinsumos e demais gigantes do seguimento. E, por fim, escreve que admito também que o financismo é positivo, porque dá condições para se produzir muito. kkkkk
    Tudo isso são apenas alguns fatos mencionados e são relativos. Ou seja, não podem ser generalizados, porque: o produtivismo agrícola movido a especulação uma hora faz sobrar produtos e outra hora faz faltar, fali agricultores e contribui para a concentração e instabilidade(os analistas de mercado nem sempre acertam e o alto endividamento composto de altas taxas de juros nem sempre permitem ao agricultor o luxo de esperar por melhora de preço. Tanto é que o preço baixa exatamente porque a oferta aumenta). Basta observar a questão do tomate que citei; onde o dinheiro supostamente compra tudo, todos querem créditos e os artifícios tecnológicos caros ainda têm funcionado em sua maioria, pelo menos por enquanto, antes do esgotamento das condições naturais dos solos (Romeiro (2014) aborda isso bem); ninguém pode negar que o financismo é muito importante para o agronegócio, ao ponto de provocar um colapso generalizado se os financiamentos forem de repente cortados.
    Mas, pode ficar tranquilo aí dentro da sua caixinha, porque não vou lhe incomodar mais. Se não está disposto a olhar para o que lhe atento, sinto muito. Se não quer, obviamente não posso mais lhe ajudar. Siga acreditando fielmente em seus repositórios da verdade absoluta e pague micos até quando quiser. rsrs
    Talvez um dia a gente se encontre em algum evento por esse Brasil e nos falamos cara a cara. Certamente, será bem mais interessante do que aqui.

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    1. Suas contradições são bastante óbvias e evidentes. Dizer que algumas dessas afirmações que contradizem as outras são verdades relativas e parciais apenas evidencia ainda mais a natureza incoerente do seu discurso e ainda revela a profunda hipocrisia que explica tanta contradição assim! Vejamos:

      1. Dizer que as oscilações de preços são ruins para os produtores é incoerente com a assertiva de que a especulação visa produzir ganhos fictícios de capital financeiro. Se fosse assim, a tendência seria os preços para os consumidores finais subirem ao longo do tempo ou se manterem inalterados mesmo com os ganhos de produtividade. Contudo, os preços dos alimentos DESPENCAM! Onde já se viu especuladores assim tão incompetentes? rsrsrs...

      2. É essa enorme queda de preços ao longo do tempo que faz com que a produção agrícola perca rentabilidade, eliminando os produtores que não conseguem acompanhar a modernização tecnológica. Mas você fala como se fosse a natureza especulativa do mercado que produz essa concentração, quando esse é apenas um fator que, mesmo contribuindo para tanto, não é nem de longe o mais importante.

      3. Ademais, é como eu escrevi, mas você fez de conta que não viu ou não teve capacidade para entender: os produtores que se mantêm competitivos são aqueles que, além de acompanharem a modernização tecnológica, são mais competentes para avaliar as tendências dos preços no curto prazo (o que não significa que acertem sempre, é óbvio)! Culpar a lógica do capitalismo e do mercado pelas falhas administrativas dos agricultores familiares (que são pequenos capitalistas do campo) é hipocrisia da grossa!

      4. E nem adianta dizer que, muitas vezes, eles não conseguem vender seus produtos no melhor momento por não disporem de recursos para investir em estocagem ou para se integrarem a cooperativas agrícolas nas quais há silos de uso comum. Conforme eu disse, se um pequeno capitalista do campo não dispõe de condições técnicas e financeiras para obter uma boa renda com seu negócio produzindo em grande quantidade e a baixos preços, então o melhor para a sociedade (sobretudo os mais pobres) é que ele mude de ramo mesmo! A concentração da produção, fruto da tecnologia moderna, é positiva para a imensa maioria da população – e, no longo prazo, também para os pequenos agricultores que migraram para a cidade ou que partiram para o turismo rural e outras atividades rurais não agrícolas.

      5. Outra incoerência, que é também uma hipocrisia gritante, se dá quando você fala em “produtivismo agrícola movido a especulação”. Ora, mas FOI ESSE PRODUTIVISMO QUE ACABOU COM A FOME! Portanto, você acabou admitindo que a especulação é extremamente benéfica para os consumidores, sobretudo os de baixa renda! rsrsrsr...

      6. Quando você diz, citando Romeiro, que a agricultura moderna tende a esgotar os solos, faz uma afirmação que já foi completamente desmentida pelos fatos. Afinal, a revolução verde começou faz mais de 50 anos e, até hoje, a produtividade agrícola só fez crescer – no caso brasileiro, com rapidez ainda maior no período posterior a 2000.

      E pode continuar me incomodando à vontade! Como eu já disse, a utilidade de publicar seus comentários é que eles ilustram perfeitamente todas as contradições, mentiras e hipocrisias descaradas daqueles que, alegando preocupação com meio ambiente e saúde dos consumidores, estão é preocupados em meter dinheiro público no bolso de agricultores familiares ineficientes!

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    2. O DEBATE ATÉ AQUI: FALTA VOCÊ RESPONDER O SEGUINTE

      1. O argumento de que é completamente ridículo dizer que o agronegócio ganha dinheiro com a venda de fertilizantes e pesticidas, já que esses produtos são produzidos pela indústria química e, portanto, representam um CUSTO para o agronegócio!

      2. O argumento de que é contraditório afirmar que não se investe em pesquisa sobre alternativas tecnológicas para a agricultura porque estas não dão lucro para o agronegócio e, ao mesmo tempo, dizer que tais tecnologias já existem e são melhores do que as convencionais por reduzirem custos de produção!

      3. O argumento de que é patético supôr que grupos empresariais gigantescos, como Bunge ou Cutrale, não têm interesse e/ou recursos para investir em tecnologias alternativas que permitiriam reduzir drasticamente os custos de produção ao eliminar a necessidade de insumos químicos.

      4. O argumento de que a sua proposta de que o Estado deve "dimensionar" a produção agrícola só é realizável dentro de um modelo de economia planificada de tipo comunista, nazi-fascista ou, talvez, nacional-populista.

      P.S. Não se esqueça de publicar todas as minhas respostas nas redes sociais, hein?

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    3. Enfim, para exercitar mais o debate vou lhe responder mais essa vez. Quem sabe uma hora o doutor pega no tranco?!
      Vamos por item pra facilitar:
      1 – Pra começo de conversa, se os preços baixam é pelo excesso de produção mesmo e a super exploração, o produtivismo agrícola também servem à especulação, uma vez que os grandes volumes são barganhas importantes para as tradings(empresas privadas que controlam estoques de acordo com seus interesses mercadológicos). As oscilações causadas pelo excesso de produção fazem com que o agricultor o qual ganhou muito dinheiro uma vez e foi estimulado a buscar cada vez mais financiamentos para uma maior produção, dessa vez se arrebente ao ter que vender sua produção abaixo do custo. Se isso não existisse não viríamos tantos pedidos de subsídios por parte do setor agropecuário para compensar os riscos. Mas, tudo bem: técnicos de gabinete costumam ignorar a realidade dos campos mesmo e já comentei isso aqui varias vezes. E não passe mais vergonha com essa estória de que agronegócio é só produção agrícola, porque a cadeia vai desde o fornecimento dos créditos, das maquinas e de todo o pacote tecnológico utilizado até o final da linha de transformação e comercialização dos produtos primários.
      2 – A modernização é feita exatamente pelo mercado de pacotes tecnológicos que obviamente não seriam atraentes se não fossem para aumentar cada vez mais a produção ao mesmo tempo que os consomem de forma cada vez mais dependente. A redução de custos internos de produção se dá devido à maior acessibilidade que o mercado proporciona e não implica obrigatoriamente que o custo real de produção seja baixo, uma vez que não computa custos ambientais, por exemplo.
      3 – Já escrevi que há uma variedade de gestores de unidades produtivas no campo, desde os camponeses ou agricultores tradicionais, os familiares e os empresários do ramo agropecuário e cada um destes tem um tipo de envolvimento diferente com as atividades internas da unidade. Obviamente, aquele que consegue gerir melhor a produção e o mercado ao mesmo tempo tem mais condições de sobressair, mas nem sempre isso vai ser o fator determinante, porque, como o doutor mesmo admitiu, não dá pra prever tudo no mercado. E eu como conhecedor do campo acrescento que nem na produção tudo pode ser previsível(quando há excesso de oferta e deficit de produção ao mesmo tempo não há quem possa se salvar).
      4 – Se a concentração de riquezas fosse benéfica para a humanidade teríamos justiça social e não haveria mais pobreza em nenhuma nação de primeiro mundo. Se o doutor não fosse tão arrogante ao ponto de querer esculachar David Harvey, reconheceria que a lógica dos fluxos de capital não tem nada a ver com garantias de direitos sociais.
      5 – Como já repeti aqui várias vezes, o produtivismo é essencial para manter aos fluxos de capital e a especulação é comum ao mercado. Os grandes volumes alimentam aos especuladores que os utilizam como barganhas importantes em suas relações capitalistas.
      6 – Nessa o doutor entregou de vez que desqualifica qualquer coisa que possa contrariar seus argumentos, chegando ao ponto de ignorar princípios da geografia física: geologia, geomorfologia→ impactos da erosão pela instabilidade ou ausência de coberturas arbóreas em solos de alta erodibilidade, perda de matéria organina, redução da biota, compactação e alteração de microclima.
      *Esse segundo comentário é repetição da repetição, mas vou jogar luz de novo na questão da relação destas empresas citadas com esses insumos: elas vivem dessa lógica (financiamentos e uso massivo dos pacotes tecnológicos para o produtivismo imediatista) e lembrar novamente David Harvey (2011) sobre a apropriação capitalista dos mecanismos de Estado. De acordo com as informações de Harvey, o problema já nem é a ausência do Estado, mas sua presença constante a favor de mercenários e velhacos de todo o tipo.

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    4. Que bom que você itemizou a resposta. Não que as incoerências, mentiras hipócritas e tolices tenham diminuído, mas, enfim, ao menos a discussão fica mais organizada. Vamos lá!

      1. Incoerência flagrante. Você admitiu que os preços baixam e que isso se dá pelo aumento da produção. Portanto, você caiu em contradição com as mil vezes em que afirmou que a agricultura químico dependente impõem custos de produção crescentes. Afinal de contas, se os custos de produção fossem crescentes, os preços jamais poderiam baixar, não é mesmo? A não ser, é claro, que os agricultores reduzissem suas margens de lucro continuamente! Mas, se você assumir essa conclusão, acaba contradizendo sua afirmação anterior de que o agronegócio apoia esse modelo agrícola porque lucra com ele e porque só se interessa por lucro, rsrsrsrsr

      1.1. Conforme eu expliquei, mas você não teve capacidade de entender, é óbvio que muitos produtores perdem dinheiro quando avaliam mal as tendências da demanda por seus produtos. Essa é parte da explicação – mas não a parte mais importante – para a concentração da produção em poucos estabelecimentos. Tal situação é ruim para os produtores que se dão mal e têm de sair da agricultura? Para os agricultores familiares que sempre foram pobres, na maioria das vezes, a mudança acaba sendo positiva: eles vão viver nas cidades, ganhando mais dinheiro do que ganhavam no campo, e com mais acesso a serviços públicos. Para os agricultores familiares produtivos que viraram assalariados, no campo ou na cidade, não é – a não ser, tendencialmente, no longo prazo. Finalmente, para os consumidores de alimentos, essa dinâmica é altamente positiva, pois, no longo prazo, a tendência é sempre de redução do preço da comida!

      1.2. Nesse sentido, como você pode dizer que as grandes empresas controlam os preços dos produtos agrícolas conforme seus interesses de mercado e que isso é ruim para o consumidor? Se fosse assim, as empresas especulariam de modo a manter os preços sempre elevados para ganharem mais! Mas o fato é que, como a concorrência capitalista impõe o aumento da produtividade e a redução de preços como condição para o sucesso empresarial, a especulação com preços não supera a tendência ao barateamento da comida para o consumidor final!

      1.3. É você quem dá vexame ao dizer que banqueiros, fabricantes de máquinas agrícolas e de produtos químicos são empresas do agronegócio! Afinal de contas, essa caracterização conduz você à ideia tola de que os agricultores ganham dinheiro com a venda de máquinas e pesticidas, o que é um completo absurdo, na medida em que, para as grandes empresas do agronegócio, juros bancários, máquinas e insumos químicos são CUSTOS DE PRODUÇÃO! Como eu já expliquei, mas você parece não ter tido inteligência suficiente para compreender, o conceito que descreve adequadamente os encadeamentos técnicos e produtivos envolvidos na produção de alimentos é o de “cadeias agroalimentares”!

      CONTINUA...

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    5. 2. Dizer que os custos de produção não são baixos porque há custos ambientais embutidos é uma estratégia retórica bastante desonesta, conforme eu já expliquei, mas a sua incompetência em intepretação de textos não lhe permitiu entender. Afinal, esse argumento confunde CUSTOS DE PRODUÇÃO com CUSTOS DE EXTERNALIDADE!

      2.1. De fato, uma crítica agroecológica ao modelo convencional é que este seria economicamente insustentável porque a aplicação de produtos químicos comprometeria a fertilidade dos solos e teria uma eficiência declinante no combate de pragas, exigindo assim a aplicação de quantidades cada vez maiores desses produtos e, portanto, a elevação dos CUSTOS DE PRODUÇÃO. Só que essa crítica já se provou falsa, já que, ao longo de uns 60 anos de vigência do modelo convencional, os custos de produção só fizeram baixar!
      2.2. Já o conceito de CUSTO DE EXTERNALIDADE envolve a discussão dos impactos ambientais da agricultura e, portanto, de custos que seriam compartilhados por toda a sociedade – é por isso que são chamados de “externalidades”, não é mesmo? Portanto, a avaliação dos CUSTOS DE EXTERNALIDADE não tem relação nenhuma com a crítica mencionada no item 2.1. Misturar os dois conceitos é picaretagem retórica, portanto.

      2.3. E, no que diz respeito especificamente aos CUSTOS DE EXTERNALIDADE, também nesse caso a crítica agroecológica não se sustenta. E por quê? Primeiro, porque o modelo convencional acabou com a fome no Brasil! Essa é uma consequência positiva convenientemente ignorada pelos hipócritas que fingem preocupação com saúde pública quando malham o agronegócio e agricultura químico dependente. Segundo, porque o modelo convencional produz cada vez mais comida com cada vez menos terra! Nesse sentido, as externalidades negativas são cada vez menores, e a agricultura convencional é cada vez mais sustentável.

      CONTINUA...

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    6. 3. Aí você apenas repetiu o que eu já tinha dito antes. Mas parece que você não entendeu a mensagem (ou não quis entender...), que é a seguinte: é óbvio que nem todos os produtores se saem bem em suas decisões. A economia de mercado, sendo competitiva, não foi feita para que todo mundo tenha sucesso; foi feita para incentivar os indivíduos a correr riscos, a investir, a inovar. É por causa desse incentivo que a vida de todos melhora ao longo do tempo, conforme comprovam todos os indicadores sociais (esperança de vida, escolaridade, habitação, etc.).

      3.1. Ah, mas isso é injusto por que há fatores imprevisíveis? É injusto porque a sorte às vezes beneficia uns e prejudica outros? Bem, é certo que o acaso tem influência, mas também é certo que aqueles que não são esforçam e/ou são incompetentes não conseguem aproveitar quando a sorte lhes dá uma chance. Portanto, seu inconformismo com a imprevisibilidade é típica dos socialistas, pois você almeja um modelo econômico no qual as influências do acaso são corrigidas distribuindo-se os ganhos e as perdas igualmente entre todos, de tal modo que ninguém corra risco algum. O problema é que o modelo socialista gerou pobreza, fome, opressão política e violência. E por quê? Antes de mais nada, porque não havia estímulo para investir, arriscar, inovar...

      4. O capitalismo tende a eliminar a pobreza absoluta, entendida como privação de bens essenciais , de tal sorte que a pobreza se torna relativa. Isso só não acontece em países onde o capitalismo não se desenvolve devido à ausência de um sistema institucional que maximize a liberdade econômica e, portanto, os estímulos para investir, inovar, correr riscos. De fato, o que um americano considera alguém “pobre”, no Brasil, é alguém de classe média. É por isso que os indicadores sociais (IDH, por exemplo) não param de melhorar nos países capitalistas (e não só do primeiro mundo). Já o socialismo, defendido por Harvey, deu com os burros n’água!

      5. Outra incoerência flagrante: se você admite que a produção aumenta porque isso é necessário para manter os “fluxos de capital”, então reconhece que o capitalismo é ótimo, visto que ESSE MESMO PRODUTIVISMO QUE ALAVANCA OS LUCROS DAS GRANDES EMPRESAS ACABOU COM A FOME.

      6. Sua já notória incapacidade de interpretação de textos se revela mais uma vez nesse item. Afinal, quando você diz que eu ignoro os impactos ambientais da agricultura, prova que, até hoje, não conseguiu entender o argumento de que a agricultura convencional, ao produzir cada vez mais com menos terra, libera espaço para a preservação ambiental, coisa que não acontece com as alternativas agroecológicas, que, por apresentarem baixa produtividade da terra, exigem a ocupação de muito mais espaço para produzir a mesma coisa!

      7. Quando se trata de agricultura, o argumento que você usa, baseado em Harvey, não passa de uma mentira descarada! Afinal, conforme o texto do Navarro que deu início a este debate, os recursos públicos destinam-se cada vez menos ao agronegócio, que se financia junto a entidades privadas globalizadas, e cada vez mais para os pequenos produtores familiares! Com efeito, todo grande empresário que pede subsídios à produção alegando belos ideais merece ser chamado de velhaco (é o caso dos usineiros que pedem subsídio para produzir álcool combustível), mas os agricultores familiares que vivem de subsídios dos governos não passam de parasitas da sociedade, pois recebem dinheiro público para produzir pouco ou até para não produzir nada!

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  27. Não queria lhe dizer isso de forma alguma, mas não consigo ler tanta besteira repetida sem me dar náuseas; o seu blogue eu já nem acesso. Só leio o que tá aparecendo aqui no meu e-mail, porque não dá pra levar a sério um sujeito que acredita que as coisas funcionam como uma engrenagem ignorando completamente o fator especulação nas relações econômicas.
    Eu não queria lhe escrever isso, mas vá caçar o que coçar!!!

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    1. É, você não queria dizer, mas, na falta de argumento, a única saída é dizer coisas desse tipo, rsrsrs...

      Mas que pena que você não lê mais o blog. Meu último post trata justamente das mentiras descaradas que os ambientalistas contam quando rejeitam os transgênicos!

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  28. Por favor, me desculpe, Doutor.
    O que me irrita é a sua teimosia em desqualificar, em nome da ciência(religião pós iluminismo), o que não lhe é conveniente. A sistematização não dá conta de tudo e qualquer pessoa equilibrada sabe disso. Creio que por causa da teimosia, alguns cientistas viram piada. Saiba que os internautas não leem textos longos e a maioria detesta esse tipo de masturbação teórica(discussão metodológica)
    Eu tenho muita vergonha de discussões longas como essa. Ninguém tem saco pra ler isso; causamos sono em qualquer leitor.

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    1. A ciência se baseia em fatos. Logo, a "sistematização" (nome inadequado que você parece dar à metodologia científica) só não dá conta dos fenômenos que não são verificáveis por meio de observação empírica. É o que ocorre com certos fenômenos de ordem cultural. Contudo, não é esse o caso do debate sobre as cadeias agroalimentares! Quando se fala em nutrição, produção, produtividade e custos de produção, é preciso ser coerente com os fatos.

      Portanto, você usa uma conversinha pseudo-humanista e pós-moderna como desculpa esfarrapada para fazer afirmações claramente mentirosas, na medida em que afrontam os fatos!

      Sobre o número de leitores, não me preocupo com isso. Sempre escrevi para poucos. É o meu trabalho.

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  29. E desse jeito vai continuar escrevendo pra poucos mesmo. rsrs ...ainda bem, porque a tolice não se espalha tanto. Adeus!!!

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    1. Então por que você não teve argumentos para provar que eu escrevo tolices? HA, HA, HA, HA, HA...

      E depois de ficar um tempão dizendo que eu me "escondo" neste blog e que você publica tudo o que nós discutimos nas redes sociais (pois lá é que existiria debate de verdade), você agora vem com a desculpa esfarrapada de que não vai publicar o que eu escrevo nas redes porque texto longo ninguém lê... KKKKKKKKKK

      Por fim, eu escrevo para poucos pelo simples motivo de que escrevo para geógrafos e professores de geografia. É com essas pessoas que eu trabalho, afinal. Já você tem a pretensão de espalhar suas ideias tolas e incoerentes, bem como suas mentiras hipócritas, para, sei lá, muitos milhares ou até milhões de leitores de todas as áreas... KKKKKKKKKKKKKKK

      Continue comentando meus textos, Fábio. O que você escreve é útil como síntese das barbaridades que professores de geografia costumam ensinar por aí. Além de me fazer rir muito, é claro :)

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    2. E daí? Se tiver feito isso mesmo, só estou te levando a provar do próprio veneno. Afinal, sua principal estratégia é desqualificar o que vai contra seus argumentos e qualquer um pode ver isso quando percebe que você procura ocultar até os estudos que estão no livro do qual você mesmo postou o link(isso sim, seria cômico se não fosse trágico). Na verdade, desconsidera qualquer estudo que prove os impactos da super exploração sobre o meio e os recursos naturais e teima na definição patética de que agronegócio se resume ao que acontece durante e depois da produção agrícola apenas, jogando no lixo todas as abordagens sobre as relações de mercado que vem antes, formando toda a cadeia de produção e mercado envolvida com a atividade agropecuária, inclusive abordagens de economistas que gostas de citar. Estou mais certo do que nunca de que você se perdeu de vez na sua paixão política e isso não tem remédio.
      Mas, para não te contrariar nesse final do debate vou concordar que não sei nada de geografia. Porque se soubesse teria noção de território e não me meteria nessa discussão dentro do seu completo domínio, uma vez que o blog é seu e pode organizar os tópicos como quiser. Por isso faz de conta que não tenho dados, mesmo quando aponto dados dentro do que você mesmo posta: o discurso é organizado para fazer parecer que o que quero destacar não tem importância. A cara de pau é tão grande que mesmo depois que enviei em um comentário o link para o documentário “Nuvens de Veneno” promovido pela Secretaria de Estado do Mato Grosso, o qual mostra explicitamente como é o uso dos agrotóxicos pelo agronegócio, continua negando que isso exista. Assim não há argumento que vingue, doutor!
      Até algum dia. E passe bem.

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    3. E daí? Daí que não há nada mais divertido do que ver alguém que me acusava de me “esconder” no blog e que dizia que publicava todas as nossas discussões nas redes sociais, pois lá é que haveria “discussão de verdade”, recusar-se agora a publicar o que eu escrevo por não ter argumentos para responder! KKKKKKK

      Mas a culpa não é minha: como eu não me importo com o que você publica nas redes, dei-lhe mil oportunidades para abandonar o debate sem passar essa vergonha, rsrsrsrsr...

      De resto, você continua com suas mentiras e repetições de ideias que já foram refutadas por mim e que você não teve argumentos para sustentar. Vejamos:

      1. É mentira dizer que eu desqualifico pesquisas que vão contra minhas convicções científicas e políticas. Descartar teorias sem discuti-las só é possível quando se usam estratagemas retóricos como aqueles esmiuçados por Schopenhauer, tais como a “ampliação indevida”, o “desvio” do assunto, etc. Eu, no entanto, provei que as conclusões que você extrai dos trabalhos que você cita estão erradas por afrontarem os fatos escancaradamente!

      2. A maior prova disso é que você não conseguiu dar réplica ao comentário, publicado em 16.07.16, em que eu faço uma pequena lista dos argumentos aos quais você não responde, rsrsrsrsr...

      3. Outra confirmação disso está na citação que você faz agora do documentário sobre o uso de agrotóxicos no Mato Grosso. Afinal, eu nunca afirmei que o uso de produtos químicos não traz impactos ambientais e nem que tais produtos não podem trazer danos à saúde por conta de acidentes ou de mau uso. O que eu disse inúmeras vezes, mas você foi incapaz de compreender (ou não quis compreender...), foi o seguinte:

      3.1. A agricultura químico dependente acabou com a fome no Brasil. Não há custo de externalidade ou problema ambiental que supere tal benefício. Ou você acha que a desnutrição é um custo aceitável para evitar impactos ambientais? Ora...

      3.2. A maioria dos toxicologistas assegura que o uso controlado de agrotóxicos NÃO TRAZ DANOS À SAÚDE.

      3.3. Como a agricultura convencional produz cada vez mais por unidade de área, permite alimentar a população mundial em expansão sem usar tanta terra quanto utilizariam os modelos agrícolas que se dizem “ecológicos” e “sustentáveis”. Portanto, a agricultura convencional, embora não seja perfeita (nada é), constitui a melhor alternativa para combinar elevação da qualidade de vida com preservação ambiental.

      3.3.1. Ademais, até pelo fato de produzir cada vez mais por unidade de área, essa agricultura está se tornando mais e mais sustentável. E o ritmo de crescimento da população mundial está caindo – como licenciado em geografia, você não acredita no mito da explosão demográfica, certo?

      4. Se as alternativas que se dizem ecológicas e sustentáveis produzissem com a mesma produtividade da terra e da mão de obra, o agronegócio usaria essas tecnologias alternativas, ora essa! Afinal, os insumos químicos são um CUSTO para o agronegócio! É do interesse desse setor livrar-se desses custos, caso haja meios de produzir com a mesma eficiência sem utilizá-los.

      CONCLUSÃO: Toda essa sua conversa sobre danos ambientais e à saúde não passam de hipocrisia, pois você ataca o sistema agrícola que acabou com a fome apenas como desculpa para criticar o capitalismo e as grandes empresas.

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    4. Tá certo, doutor. Mas, não precisa se preocupar com isso, porque quando me envergonhar das minhas convicções me mato. rsrs
      Pode ser dolorido para o senhor ler isso, mas cheguei até a citar um trabalho seu num projeto. No entanto, depois fui chegando à mesma conclusão que muitos colegas chegam diante desse tipo de coisa: não pode ser levado a sério. É zuêra pura! Kkkkkkkkk
      Seria até difícil alguém sensato imaginar que um capitalista deveria se ofender por ser considerado esperto. Isso é elogio e não ofensa. Por fim, já que estou na “merda” mesmo, não vou deixar de escrever mais uma vez que o negócio entorno do “agro” não se realiza só nas relações de mercado pós produção primária. É uma cadeia complexa de produção e mercado, movida a partir do capital financeiro (créditos) e tecnologias de apropriação. Por que tentas debater contra isso? Que piada absurda é essa!?

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    5. A vergonha não está em você defender o que você defende, mas em ficar sem resposta e usar desculpas esfarrapadas para voltar atrás no que disse antes sobre divulgar a discussão nas redes sociais depois de passar tanto tempo falando como se eu é que fugisse do debate, rsrsrsrs...

      No mais, qualquer um pode afirmar "isso que você diz é besteira, zoeira, merda", etc. Papel e computador aceitam tudo, afinal... A questão é ter argumentos para provar que o outro está dizendo besteiras, zoeira, etc. E você não tem argumento nenhum que já não tenha sido desmontado por mim com base em fatos e raciocínio lógico!

      Tanto que o único artifício que lhe sobrou para tentar salvar as aparências é repetir frases feitas que já foram refutadas várias vezes antes, como se você não tivesse entendido os argumentos que apresentei para refutá-las - ou talvez você seja mesmo incapaz de entender... será?

      É o caso quando você diz que eu debato contra a análise de que a produção agrícola se faz no bojo de "uma cadeia complexa de produção e mercado, movida a partir do capital financeiro (créditos) e tecnologias de apropriação". Ora, eu nunca neguei nada disso (e nem o Navarro, como se lê explicitamente no post acima). O que eu nego é a sua ideia tola de que indústrias de equipamentos e insumos químicos utilizados na agricultura são parte do agronegócio, isso sim! E a ideia é simples: como as empresas agrícolas não produzem nada disso, tais produtos representam para elas um CUSTO DE PRODUÇÃO!

      Se uma pessoa defende ideias tão contraditórias e tão obviamente descolada dos fatos, só rindo mesmo :)

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    6. E é justamente porque uma empresa agrícola não produz seu próprio insumo que ela negocia. Assim, a outra que por sua vez não é agropecuária, se insere no agronegócio e o volume circulado gerado pelo produtivismo agrícola é fundamental no processo. Esta última não produziria se não fosse para tal negócio. Portanto, existe também pelo agronegócio.
      Ah, vai, doutor! Admita que viaja na maionese e ficamos em paz. rsrs


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    7. De novo, você repete ideias que já foram desmontadas para fazer de conta que ainda tem algum argumento. Vejamos:

      1. Os encadeamentos técnicos e produtivos entre indústria e agricultura são descritos pela categoria “cadeias agroalimentares”.

      2. Isso porque um setor de atividade não “se insere” no outro: cada um produz um produto diferente e cada um tem sua própria fonte de lucro e seu próprio interesse, visto que essas produções são diferenciadas e complementares.

      3. Portanto, quando você diz que a indústria de insumos “se insere no agronegócio”, está usando um truque retórico para chegar na conclusão (conforme escreveu várias vezes) de que “o agronegócio ganha dinheiro vendendo pacotes tecnológicos”. Afirmação essa que, além de falsa, é de uma tolice sem tamanho! Afinal, para o agronegócio os insumos químicos são um CUSTO.

      4. A propósito, se o fato de clientes e fornecedores negociarem preços fizessem com que uns "se inserissem" na atividade dos outros, então poderíamos dizer que as fábricas de macarrão são agronegócio, já que estas negociam os preços do trigo com os produtores... rsrsrsrssr....

      5. Por fim, você repetiu uma contradição em que já havia caído antes, posto que, ao admitir que o produtivismo existe porque alavanca os lucros das empresas que conformam as cadeias agroalimentares, você admite o seguinte:

      5.1. Que o modelo agrícola convencional é predominante porque permite às empresas agropecuárias obter lucro vendendo produtos baratos em quantidades enormes.

      5.2. Que o capitalismo é extremamente virtuoso, pois o produtivismo agrícola é perseguido por empresas interessadas em lucrar o máximo possível e, assim fazendo, elas aumentaram a oferta de comida, reduziram os preços para os consumidores finais e acabaram com a desnutrição! rsrsrsrs....

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    8. Me deixa só esclarecer porque vou continuar comentando neste post, antes de seguir o assunto: não acesso ao seu blog, como já comentei, porque avalio que não seria útil pra mim, mas os posts que comentei aparecem no meu e-mail sempre que há alguma interação neles. Eu simplesmente poderia apagá-los ignorando completamente o blog, mas decidi que estes vou responder. Avalio que não devo pagar muito caro por isso. E tomara que eu esteja certo nessa avaliação. rsrs
      O que estás fazendo é limitando à agropecuária o agronegócio ou dando à produção primária a autonomia para decidir como todo o mercado se comporta no processo. Escrevi um artigo sobre esse tipo de contradição. Ainda não foi publicado, porque as minhas tarefas diárias não me deixaram debruçar sobre ele como a seriedade do tema demanda. E te adianto que não te cito nesse artigo, já que se trata de um trabalho sério. rsrs
      Se o doutor conhecesse realmente de negócio entenderia que a prática não funciona na lógica estática do “dois mais dois são quatro”: depende de qual parte de “dois” vai despertar mais interesse em quem quer ajuntá-las. Entra aí a questão do valor de troca que os matemáticos nem sempre chegam ao resultado real, pois se trata de barganha e obviamente não tem o mesmo valor para quem compra e quem vende, senão não despertariam a dinâmica. Negócio é barganha. Obviamente, os fatores não estão só na qualidade e quantidade produzida e sim para quê são produzidas, efetivamente. Por isso, a escala é fator importante: une interesses, mesmo que a forma como ela se dá não seja a melhor que poderia ser, que os atores não sejam responsáveis com o processo em sua total amplitude.
      Teimosia quanto à lógica entre fenômenos de interações econômicas e sociais me lembra um comentário que a historiadora Arlene Clemesha fez sobre o fenômeno Trump nos EUA rindo da possibilidade das pessoas acreditarem em discursos completamente vazios, dos quais se observados bem convenceriam apenas a uma criança de seis anos de idade, pela simplicidade truculenta de encantamento heroico. rsrs ...imagino como as pessoas podem acreditar que capitalistas que movem ao agronegócio o fazem porque querem matar a fome das pessoas. Ou então como é que alguém que declaradamente quer aumentar seu acúmulo, porque é a única coisa que poderá salvá-lo das desgraças do mundo, vai ter a perícia de fazer mais coisas certas do que erradas, uma vez que sua lógica é simplesmente avaliar o quanto pode ajuntar dentro de uma definição predominante cronológica, porque é de competição acirrada?
      Francamente, só pode ser piada com a cara da população e muita gente ainda engole de boa. É triste.

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    9. ANALFABETISMO E IGNORÂNCIA

      Se você soubesse ler, não teria respondido que eu estou “dando à produção primária a autonomia para decidir como todo o mercado se comporta no processo”. Afinal, como está escrito explicitamente nos meus comentários, os produtores e fornecedores negociam preços e especulam de modo a obter o maior lucro possível. Ou seja, nenhum setor de atividade, individualmente, controla o mercado das cadeias agroindustriais. É por isso que os preços despencam, ao invés de subirem, rsrsrsr...

      Outra demonstração de analfabetismo funcional aparece quando você escreve “imagino como as pessoas podem acreditar que capitalistas que movem ao agronegócio o fazem porque querem matar a fome das pessoas”. Conforme eu expliquei inúmeras vezes (e você, mesmo sem querer, confirmou...) as empresas do agronegócio investem em aumento da produção e da produtividade para alavancar seus lucros e, desse modo, se manterem competitivas. Assim agindo, as empresas ampliam a oferta de alimentos e reduzem os preços, tornando a comida acessível à população mais pobre.

      Como já escreveu Adam Smith, numa famosa passagem de “A Riqueza das Nações”, o que leva o padeiro a fazer pão não é o desejo de ver o próximo bem alimentado, mas o objetivo de ganhar dinheiro. De onde então você tirou essa ideia de que as pessoas acham que o agronegócio aumenta a produção agrícola por generosidade, se os clássicos do pensamento econômico liberal foram os primeiros a afirmar que essa ideia é uma grande ingenuidade? Rsrsrsr...

      A propósito, o mesmo acontece com a agricultura familiar. O que leva um pequeno produtor de feijão ou mandioca a trabalhar na terra não é o desejo de ver os consumidores felizes com seus pratos cheios de feijão, mas o desejo de ganhar dinheiro vendendo esse produto.

      CONCLUI NO PRÓXIMO...

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    10. INCOMPETÊNCIA EM ESCRITA E IDEIAS DESCOLADAS DOS FATOS

      O seu comentário prova que a falta de competência em leitura se reflete também na incapacidade de escrever textos de forma clara e coerente. O segundo parágrafo do que você escreveu é quase ininteligível, posto que as frases não conseguem estabelecer relações claras entre o que seriam as premissas e o que parecem ser as conclusões. O que dá para depreender dali é que, como o mercado gira em torno de barganhas, a finalidade da produção é, de algum modo e por algum motivo não explicitado, distorcida. Essa é uma crítica ao mercado que vem desde o século XVIII, e continua a ser repetida hoje em dia – Milton Santos vivia escrevendo isso, de forma tão superficial e incoerente como no seu comentário.

      De qualquer modo, essa ideia é claramente contraditada pelos fatos. Afinal, se os pobres brasileiros são bem alimentados (tanto em termos de quantidade de calorias como também em termos de qualidade nutricional), então fica provado que essa crítica não faz o menor sentido. Quem duvidar disso, que leia a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE.

      Outra “ideia” que parece estar contida no parágrafo é a de que a “escala” de produção “une interesses”. Ou seja, você parece estar tentando provar que, como produtores de insumos químicos e agricultores patronais produzem em larga escala, eles têm interesses comuns, o que justificaria dizer que fábrica de inseticida é empresa do agronegócio...

      O problema é que esse raciocínio não tem pé nem cabeça! Todas as empresas visam alcançar ganhos de escala, i.e., aumentos de produtividade derivados da aplicação dos fatores de produção em grandes produções individuais. Mas nem por isso a venda de insumos químicos deixa de ser uma FONTE DE LUCRO para a indústria química e um CUSTO DE PRODUÇÃO para as empresas agropecuárias!

      Logo, é uma besteira sem tamanho dizer que o agronegócio tem interesse em usar produtos químicos mesmo existindo modelos agrícolas supostamente ecológicos que dispensam esse tipo de produto. O agronegócio compra esses insumos porque estes alavancam a produtividade, permitindo ganhar muito dinheiro com a venda de produtos agrícolas produzidos em grande escala. Já os modelos que se dizem ecológicos e sustentáveis operam com baixa produtividade, o que implica custos de produção elevados e, consequentemente, preços elevados da comida para o consumidor final. A agricultura convencional atende melhor às necessidades do consumidor ao mesmo tempo em que aumenta os lucros.

      Mas você mesmo já admitiu tudo isso várias vezes, embora contra a vontade, rsrsrsrsr...

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    11. rsrs ...Seu pensamento é essencialmente binário e se revela cada vez mais patético, pelo fato de se mostrar totalmente polarizado no financiamento, produção e circulação de mercadorias. Vejamos como são suas concepções:

      - Se o agronegócio faz produzir muito, então obrigatoriamente temos que entender que ele é extremamente positivo porque acabou com a fome no mundo. Não pode haver nada de errado nesse caminho. O importante é que a fome é falta de comida e a alta produção automaticamente resolve o problema. Simples assim: a escala resolve tudo.
      - O financismo é ótimo porque faz aumentar a produção.
      - A especulação não pode ser uma coisa ruim, já que permite que se produza muito uma vez que desperta o interesse dos investidores pelos grandes projetos e os grandes projetos fazem produzir muito.
      A partir dessa lógica, todos os problemas se resolvem e todos os pesquisadores, inclusive os da geografia agrária deveriam pararem de reclamar do agronegócio, já que o problema da fome foi resolvido e isso é tudo.
      ...deve ser bem fácil ensinar nessa perspectiva. Só fico imaginando os zumbis te seguindo.

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    12. Seu analfabetismo se manifesta, mais uma vez, nesse último comentário. Afinal, você afirma que, segundo eu, se o produtivismo acaba com a fome (e acaba mesmo), então tudo está resolvido e ninguém pode reclamar de nada. Contudo, no meu comentário de 02.08 (acima) está escrito com todas as letras: “a agricultura convencional, embora não seja perfeita (nada é), constitui a melhor alternativa para combinar elevação da qualidade de vida com preservação ambiental”. rsrsrsr...

      Portanto, não vejo problema nenhum em que se apontem problemas ambientais ou econômicos no modelo agrícola atual. O que não aceito é quando pessoas como você fazem o seguinte, conforme já expliquei inúmeras vezes:

      1. Mentem descaradamente ao afirmar que existem modelos agrícolas alternativos ao convencional que seriam capazes de produzir com a mesma eficiência sem agredir o meio ambiente. A verdade é que os modelos que se dizem ecológicos e sustentáveis, se substituíssem o convencional, gerariam escassez de comida.

      2. Mentem ao afirmar que o uso de agrotóxicos e de sementes geneticamente modificadas prejudica a saúde humana, quando o fato é que o uso controlado de agrotóxicos não causa danos à saúde e, no caso dos segundos, nem a saúde e nem o ambiente saem prejudicados.

      3. Reclamam dos custos de externalidade do modelo convencional sem admitir que nenhum custo de externalidade pode ser superior ao benefício social que é o fim da desnutrição.

      4. Fingem ignorar que, como a agricultura convencional produz cada vez mais por unidade de área, é um sistema agrícola cada dia mais sustentável, ao contrário dos modelos que se dizem ecológicos, mas que, por produzirem pouco, exigem muita terra para plantio.

      5. Em função disso tudo, fica provado que pessoas como você fingem estar preocupadas com meio ambiente e saúde pública apenas como desculpa para atacar ideologicamente o capitalismo e exigir dinheiro do Estado na forma de subsídios à produção, entre outros favores estatais.

      6. Fica provado também que você acusa o agronegócio de só se preocupar em obter lucros como se os agricultores familiares (inclusive os ecológicos) não fossem movidos pelo interesse econômico tanto quanto os agricultores de maior porte.

      Em suma, aceito qualquer crítica que a geografia agrária faça ao modelo agrícola convencional em seus aspectos econômicos e técnico-agronômicos, mas se e somente se forem críticas honestas e apoiadas nos fatos, não esse festival de mentiras, incoerências e hipocrisias que você e os geógrafos agrários repetem o tempo todo.

      EM TEMPO: você não respondeu a nenhum dos argumentos que apresentei nos últimos dois comentários. Aliás, não respondeu a nenhum argumento dos últimos, sei lá, trinta comentários meus. KKKKKK...

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    13. E de quê adianta te responder se passas o tempo dizendo que as coisas que contrariam sua concepção são mentiras? O vídeo do qual postei o link mostrando que o agricultor utilizou pó de rochas, exatamente como recomendava Julius Hensel ainda no século XIX, fez foi aumentar a produção foi completamente ignorado! Tá pensando que sou seu palhaço?!
      Cada vez fica mais evidente: não existe uma explicação viável sobre qual é a razão que leva um sujeito a palpitar em uma coisa que ele desconhece. É claramente visível uma paixão política sem precedentes te movendo, de forma completamente insana: se incomoda com os movimentos sociais e obviamente utiliza argumentos sarcásticos para tentar inutilizá-los, já que o agronegócio é o evento que mais prejudica e desapropria trabalhadores no campo e esses movimentos enfrentam seus atores constantemente. O mais ridículo é que ao mesmo tempo em que defende o liberalismo se comporta como conservador ao ir contra as movimentações sociais e propagandear a concentração fundiária.
      Se tivesse lido o livro do Ariovaldo Umbelino que te recomendei viria lá um estudo sobre as fusões das empresas que atuam em torno da produção agrícola e o mercado que as envolve. Se visse como são as fusões destas empresas entenderia de vez como funciona o negócio. A não ser que realmente não queira entender e acha mais fácil desqualificar o trabalho do pesquisador afirmando que geografia agrária é só mentira, como vem fazendo.
      O doutor é tão sem noção sobre essas relações que demonstra ignorar completamente empresas que fornecem insumos e assistência técnica em troca da produção; não sabe que a mesma empresa que financia e fornece todos os insumos e assistência para a produção agropecuária compra essa produção, transporta e armazena para especular no mercado internacional.
      Por favor, doutor! Dá uma olhada nesse site e vá lá brigar com o grupo Abril, porque eles estão publicando “besteiras”. rsrs http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-50-maiores-empresas-do-agronegocio


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    14. Quem disse que eu ignorei o vídeo? Eu apresentei argumentos contra as conclusões que você extrai desse vídeo e de outros textos que você citou. Um argumento de caráter lógico que apresentei foi este: se os métodos alternativos alcançassem a mesma produtividade da terra e da mão de obra que o sistema convencional, então o agronegócio seria o primeiro setor a adotar as técnicas alternativas! Afinal, os insumos químicos chegam a responder por 60% do custo total de produção. Logo, os empresários têm todo interesse em eliminar esse custo, caso seja possível produzir com a mesma eficiência sem a necessidade de tais insumos – a agricultura in door é um exemplo de como há empresas fazendo experiências com esse objetivo.

      E qual foi sua “brilhante” resposta a esse argumento simples e lógico? Dizer que as indústrias de fertilizantes e de pesticidas também são agronegócio! Isso nos conduz à conclusão risível de que as empresas agropecuárias ganham dinheiro só com a venda de produtos que elas não produzem e pelos quais têm de pagar, rsrsrsr...

      NÃO SABE LER NEM A EXAME!

      Em mais uma tentativa de provar essa tese ridícula, você citou um link da Exame. Só que, ali, não há texto algum que sustente a tolice de afirmar que indústria química é agronegócio! Há só uma lista das maiores empresas do setor, dados sucintos sobre vendas e muitas fotos. Será que, por não conseguir ler direito, você agora resolveu argumentar só olhando fotos e figuras?

      De qualquer forma, vou responder o seguinte: isso que você escreveu sobre grandes empresas que fornecem insumos e assistência técnica para depois comprar a produção é um fato mais do que notório, mas a interpretação que você faz disso é de uma tolice gigantesca! E a razão é muito simples: NENHUM PRODUTOR RURAL É OBRIGADO A FAZER CONTRATO COM ESSAS EMPRESAS. Logo, nenhum produtor rural é obrigado a usar produtos químicos se isso não for bom negócio, e a ideia de que indústrias químicas são agronegócio continua não fazendo nenhum sentido econômico.

      Os produtores rurais que assinam esses contratos o fazem porque, desse modo, ganham mais dinheiro e têm mais segurança de mercado. E por que os produtores ganham mais dinheiro ao comprar essa tecnologia? Por que os insumos químicos alavancam a produtividade e, desse modo, reduzem os custos de produção por unidade de medida do produto! E por que obtêm mais segurança de mercado? Porque as empresas fornecedoras da tecnologia se comprometem no contrato a comprar a produção – isso acontece na indústria de cigarro, por exemplo.

      Portanto, se houvesse um método alternativo ao convencional que alcançasse a mesma eficiência sem a necessidade de comprar insumos dessas empresas, então os produtores rurais se desinteressariam desses contratos e passariam a produzir pelo sistema alternativo.

      No mais, você continua repetindo a frase oca de que especular no mercado internacional é algo ruim, embora nunca tenha conseguido explicar o que há de mal nisso. Conforme eu argumentei, mas você não teve capacidade de responder, é natural que um produtor, grande ou pequeno, faça especulação de preços para lucrar mais, porém isso não impediu que os preços da comida para o consumidor final despencassem nas últimas décadas, beneficiando a população pobre.

      continua...

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    15. EVIDÊNCIAS CONTRA O VÍDEO

      Voltando ao vídeo, já estou acostumado a ver que, quando alguém acusa a insustentabilidade econômica dos modelos agrícolas alternativos, os defensores dos tais modelos começam a citar exemplos pontuais que comprovariam suas críticas radicais ao sistema convencional. Só que essa generalização esbarra em diversos fatos que a contradizem, a saber:

      a) Os alimentos orgânicos são mais caros do que os convencionais – até os pesquisadores entusiastas da agricultura orgânica reconhecem isso. E por quê? Porque a produtividade dos modelos “sustentáveis” é baixa.

      b) Conforme os anos passam, os modelos agrícolas alternativos não se generalizam, permanecendo restritos a nichos ecológicos e de mercado. E isso ocorre pelos dois motivos indicados no item “a”.

      c) embora um dos argumentos em favor das formas de agricultura que se dizem sustentáveis seja o de que estas tornam o produtor independente de créditos bancários e de subsídios governamentais, vemos que, na Europa, a agricultura orgânica é subsidiada (e os produtores não estão reclamando, não...).

      d) o Greenpeace mente sobre os transgênicos e diz que a agricultura ecológica é uma alternativa escalável para resolver problemas nutricionais nos países pobres, mas, para que esse modelo agrícola siga adiante, essa organização solicita dinheiro dos governos e de entidades filantrópicas...

      e) há vários exemplos concretos de que as alternativas ecológicas são pouco produtivas. Eu cito o caso do morango orgânico no meu texto AGRICULTURA E MERCADO NO BRASIL. No assentamento Santa Maria, em Paranacity (PR), a produção de leite agroecológico é bastante inferior à do leite produzido com métodos convencionais, conforme eu mesmo já apurei numa aula de campo. Estudos de geografia agrária sobre a produção de arroz orgânico em Assentamentos do MST, no Rio Grande do Sul, provam que, enquanto o arroz convencional rende cerca de 150 sacas por hectare, o orgânico fica na faixa de 80 sacas... Ver: MEDEIROS, R. M. V.; LINDNER, M. (org.). Assentamentos rurais, território, produção: novas alternativas no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Avangraf, 2014.

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    16. A POLITIZAÇÃO É SÓ SUA

      É uma mentira descarada dizer que eu defendo esses pontos de vista devido a uma “paixão política” e por me sentir incomodado com os movimentos sociais. Eu tenho diversos argumentos lógicos e factuais contra os discursos e práticas dos ditos “movimentos sociais”. Quem tiver dúvida disso só precisa ler meus últimos livros e os posts deste blog indexados com os marcadores MOVIMENTOS SOCIAIS E REFORMA AGRÁRIA. Experimente usar esses marcadores para ler e comentar esses posts. Ah, sim, esqueci que você não consegue dar resposta nem ao que eu escrevo aqui, quanto mais a tudo o que escrevi nos outros posts, KKKKKKK.

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    17. Não adianta se utilizar de sarcasmo comigo, doutor! Já deverias ter percebido isso.
      E eu não perco mais o meu tempo lendo os seus textos. Só leio o que aparecer aqui no meu e-mail e vai depender da minha disponibilidade também. Já li alguns e como escrevi, até te citei em um trabalho, mas não me ocupo mais com a sua caixinha de raciocínio binário.
      Quantas vezes escrevi aqui que o modelo produz muito por causa do financismo(onde vai dinheiro as coisas acontecem) e o uso de pacotes compostos basicamente de hidrossolúveis(fertilizantes produzidos à base de rochas tratadas com ácidos para permitir a liberação imediata dos elementos nutrientes ao entrarem em contato com a umidade no solo), é o que permite que se concretize o imediatismo produtivista? E quem não sabe que é o excesso de oferta que faz baixar os preços no mercado? No entanto, ainda assim, os intermediários lucram muito mais do que os agricultores, porque as tradings conseguem controlar a oferta depois que armazenam a produção. Vocês que sonham com o liberalismo econômico total são tão loucos que pregam a eficiência administrativa diante de situações completamente contraditórias: como é que pode a decisão estar nas mãos de alguém que quer vender sua produção quando há excesso de oferta, sendo que o próprio excesso já é o resultado da situação na qual se encontram todos os fornecedores daquele produto?
      E depois sou eu quem não sei ler? Desencana, seu safado! Vais defender até quando que essa lambança destrutiva, esse cassino global que aí está é sustentável? É óbvio que os agricultores vão seguir ao padrão que está posto, se estão condicionados a isso! Já escrevi sobre essa padronização também.
      É certo que nem conheces o livro que citei de David Harvey. Se conhecesses entenderias essa lógica dos fluxos de capital nos territórios, mesmo que não quisesse admitir.
      Um dos pilares mais importantes do agronegócio é justamente o subsídio estatal, inclusive nos EUA. Vais me dizer que não sabes disso? E mesmo que parem com os financiamentos subsidiados, vão continuar bancando toda a logística com recursos estatais por muito tempo ainda. Talvez quando o capital privado se apropriar de todas as riquezas estas empresas comecem a financiar a estrutura necessária para o escoamento. Mas, duvido muito. O custo real do transporte partindo daqui do Centro Oeste até em algum porto marítimo, muitas vezes custa bem mais do que o produto transportado.
      Só seus argumentos são válidos, seu mala!?
      Vá ser hipócrita assim nos infernos!

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    18. Mas, o doutor acerta quando diz que não adianta ficar só xingando. Ficaram algumas coisas que talvez precisam ser melhores esclarecidas. Vai que o doutor não esteja mesmo entendendo e daí posso estar cometendo injustiça.
      A propaganda do agronegócio é linda, os acontecimentos são grandiosos e os espetáculos de marketing podem iludir até às pessoas melhores instruídas. Inclusive com esse discurso que vem desde os anos 1970 de que é preciso produzir muito para acabar com a fome. No entanto, monocultivos, definitivamente não são implantados com o objetivo de produzir alimentos e sim moedas de troca nos mercados. Se os alimentos chegam com mais facilidade aos centros urbanos e são disponibilizados para mais pessoas, é realmente pelo resultado de todo esse movimento de financiamento, produção e circulação dos itens alimentícios, movidos sobretudo pela lógica da reprodução do capital. No entanto, a variedade alimentícia é reduzida e a alimentação mais saudável é caríssima. Para entender porque isso acontece, ver Bustamante (2014).
      Essa questão da escolha entre produzir alimentos ou moedas de troca para o mercado internacional, principalmente, vem desde o brasil colônia e é relatado no livro de Boris Fausto “A História do Brasil”, quando ele relata que a Corôa e os empreendedores se desentendiam quanto ao que deveria ser cultivado em toda a área, uma vez que a administração geral defendia que não poderiam plantar só cana-de-açúcar, mas cultivar também as variedades das quais se alimentavam a mão de obra. Os desgraçados mantinham seus engenhos com o que os trabalhadores produziam fora do período de serviço prestado a eles. (FAUSTO, 1995).
      O doutor me deixa irritado quando vem com essa conversa de que há uma preocupação socioambiental por parte dos defensores do agronegócio. Isso é ridículo! Como diz o ditado: essa preocupação é pra inglês ver. Como é possível ignorarem trabalhos como os do professor Pignati, da Flávia Londres, de Carneiro et al, de Bombardi, etc?
      ...SEGUE CONTINUAÇÃO COM BIBLIOGRAFIA

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    19. BIBLIOGRAFIA

      BARBOSA, Altair Sales; SCHIMIZ, P. I.. Ocupação indígena do cerrado: esboço de uma história. In: SANO, Sueli Matiko; ALMEIDA, Semíramis Pedrosa; RIBEIRO, José Felipe. Cerrado: Ecologia e flora. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2008. p. 47-68.

      BOMBARDI, Larissa Mies. Agrotóxicos: uma arma silenciosa contra os direitos humanos. Direitos Humanos no Brasil 2013. 1ed.São Paulo: Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, 2013, v. , p. 65-75.

      BUSTAMANTE, Patrícia Goulart. A Alimentação na América Pré-colombiana. Revista do CEAM, Brasília, ano 1, n. 1, p. 85-89 jul./ dez. 2000

      BUSTAMANTE, Patrícia Goulart; DIAS, Terezinha A. B.. Segurança Alimentar e Agrobiodiversidade. Reforma Agrária, v. 01, p. 67, 2014.

      CARNEIRO, Fernando Ferreira; AUGUSTO, Lia Giraldo da Silva; RIGOTTO, Raquel Maria; FRIEDRICH, Karen; BURGIO, André Campos(org.). ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde- Rio de Janeiro:EPSJV; São Paulo: Expressão Popular, 2015. 624 p.

      CUNHA, Fávia Londres. Agrotóxicos no Brasil - um guia para ação em defesa da vida. 1. ed. Rio de Janeiro: AS-PTA - Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, 2011. v. 1. 190p .

      FAUSTO, Boris. História do Brasil. - 2ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1995 – (didática, 1).

      FREDERICO, Samuel. Agricultura Científica Globalizada e Fronteira Agrícola no Brasil. Confins (Paris), v. 17, p. 1-17, 2013.

      GOTTEMS, Leonardo. Kátia Abreu condena Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos. Revista Eletrônica Agro Link. (27/11/16). Disponível em < http://www.agrolink.com.br/culturas/soja/noticia/katia-abreu-condena-programa-nacional-de-reducao-de-agrotoxicos_344471.html > Acessado em 23/03/16.

      GUERRA, Antônio José Teixeira; JORGE, M. C. O. (Org.) . Degradação dos Solos no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. v. 1. 317p.

      MARICONDA, Pablo Rubén. Epistemologia e ética na liberação comercial de sementes GM pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Scientiæ Studia, São Paulo, v. 12, n. 4, p. 767-83, 2014

      OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Grilagem de Terras: A raposa e o galinheiro. Le Monde Diplomatique Brasil. 05 de março de 2009. Disponível em < http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=486 >. Acessado em 23/03/2016.

      PIGNATI, Wanderlei ; OLIVEIRA, Noemi Pereira ; SILVA, Ageo Mário Cândido da. Vigilância aos agrotóxicos: quantificação do uso e previsão de impactos na saúde-trabalho-ambiente para os municípios brasileiros. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso) , v. 19, p. 4669-4678, 2014.

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    20. Eu uso de sarcasmo porque é uma forma enfática de fazer um interlocutor encarar a necessidade de responder a argumentos dos quais ele foge, como é o seu caso. Se isso "adianta" ou não, seja lá o que quer dizer "adianta", não faz diferença pra mim.

      Além disso, é divertido usar de sarcasmo com alguém que, quando não tem para onde fugir, começa a xingar. Você já me chamou de mala, idiota e, agora, de safado. Nada poderia comprovar melhor e de forma mais divertida que eu estou certo e você errado, KKKKKKKK...

      INCOERÊNCIA

      Você repetiu que o sistema capitalista "produz muito por causa do financismo". Logo, você confirmou que o capitalismo financeiro é ótimo, pois foi esse aumento de produção que acabou com a fome, rsrsrsr...

      ENROLAÇÃO

      Você repete obviedades sobre o uso de insumos químicos na agricultura (como as substâncias hidrossolúveis) como se a mera repetição de termos químicos comprovasse as suas conclusões econômicas sem sentido.

      De fato, esses produtos já estão sendo utilizados desde os anos 1920 e, de forma intensiva, faz mais de meio século! Contudo, os solos não se esgotaram, estão cada vez mais produtivos, os custos de produção caíram e a fome acabou! Cadê a insustentabilidade? Só na sua cabeça, rsrsrsr...

      FUGINDO DA RAIA

      E, pela milésima vez, você não comentou o fato de que, como as agriculturas ditas "sustentáveis" produzem pouco por unidade de área e usam muita mão de obra, são insustentáveis econômica e ecologicamente...

      CONTINUA...

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    21. HIPOCRISIA

      Depois, vem a pérola: "E quem não sabe que é o excesso de oferta que faz baixar os preços no mercado?". Ora, excesso de oferta só existe quando parte da produção vai parar no lixo por falta de comprador. Mas é do interesse do agronegócio produzir o que ninguém quer comprar? Claro que não!

      Portanto, os preços caem porque o aumento de produtividade permite aos produtores tecnificados ganharem muito produzindo comida barata em quantidade suficiente para alimentar todo mundo. Não há excesso, mas produção a custo baixo.

      Agora, se parte dos produtores não conseguirem produzir em escala suficiente para auferir uma renda razoável ou se produzirem com custos tão elevados que ninguém quer comprar suas produções, então esses produtores ineficientes desistirão do negócio, o que vai baixar a oferta e elevar os preços, aumentando a rentabilidade dos que produzem com tecnologia mais avançada e em escalas maiores. O que há de errado nisso? Nada! Mas é óbvio que os produtores ineficientes ficam inconformados...

      Ademais, conforme eu já expliquei, mas você não teve competência em leitura suficiente para compreender, não faz diferença nenhuma se algumas empresas lucram mais do que outras dentro das cadeias agroalimentares. Produtores rurais não são nem melhores nem piores do que comerciantes. Se empresas que comercializam e distribuem produtos alcançam margens de lucro maior ou menor, isso não muda o fato de que os consumidores saem sempre ganhando: afinal, os preços da comida despencaram e, por isso mesmo, a fome acabou...

      Aí está a hipocrisia gritante em tudo o que você escreve: você finge estar preocupado com meio ambiente e saúde pública, mas seu único interesse é criticar ideologicamente o capitalismo e as grandes empresas. Afinal, ao beneficiar o consumidor e os produtores modernizados, o capitalismo mostra que é benéfico para a imensa maioria da população; mas você fala no interesse de pequenos produtores ineficientes como se eles fossem todo mundo...

      TOLICE

      Agora, uma tolice das grossas: "[...] como é que pode a decisão estar nas mãos de alguém que quer vender sua produção quando há excesso de oferta [...]?". Ora, se há excesso de oferta, então esse excesso jamais será vendido, posto que ninguém vai querer comprar o que já possui!

      Então, se uma empresa que tem produto estocado faz a venda, é porque esse produto está sendo demandado por alguém e, sendo assim, não há excesso coisa nenhuma! KKKKKK...

      Mas você, hipócrita como é, gostaria que a produção fosse "dimensionada" pelo Estado a fim de que os consumidores de alimento, mesmo os de baixa renda, fossem obrigados a pagar caro por comida produzida por pequenos produtores ineficientes.

      Não sei o que é pior: suas besteiras ou sua hipocrisia. Você decide, pois eu fico na dúvida, rsrsrsr...

      IDEIA ECONÔMICA SEM PÉ NEM CABEÇA

      Depois, você cita Harvey outra vez, mas, de novo, não foi capaz de responder quando eu afirmei que a interpretação superficial e oca que você faz da noção de "fluxos de capital" não serve para corroborar suas críticas ao capitalismo e à agricultura convencional. De fato, é como eu disse: se o capitalismo aumenta a produção por causa da especulação, do financismo e para intensificar os tais fluxos, então fica provado que o capitalismo é excelente: quem investe para fazer dinheiro aumenta a produção e, assim, resolve o problema da fome, rsrsrsrs....

      CONTINUA...

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  30. Pelo fato de se completar quase uma semana que não recebo nenhuma notificação de novos comentários do post no e-mail, imagino que tenha resolvido fechá-lo. Melhor assim, já que provavelmente nunca iremos chegar a um acordo. Não consigo concordar com alguém que escreve um livro com o título “Não Culpem o Capitalismo”, no sentido de que não há nada de errado com o “ismo”, com o exagero, com a acumulação e concentração das riquezas.
    No entanto, tive recordando meus comentários e vi que esqueci de uma informação importante, sendo que o doutor exige provas em relação aos meus argumentos, ironicamente ao mesmo tempo em que sente-se à vontade para fazer afirmações do tipo: “é mentira que os agrotóxicos fazem mal à saúde (12 de dezembro de 2015 18:21) e reduzir com frequente teimosia o agronegócio à produção agropecuária quando afirma que “se os métodos alternativos alcançassem a mesma produtividade da terra e da mão de obra que o sistema convencional, então o agronegócio seria o primeiro setor a adotar as técnicas alternativas! Afinal, os insumos químicos chegam a responder por 60% do custo total de produção.”(18 de agosto de 2016 20:16). Ora! A redução do custo de produção só interessa à agropecuária, desde que o sistema não entre em colapso e comprometa ao agronegócio como todo. O que não é o caso, principalmente, devido aos gordos subsídios, desde suas raízes nos EUA e à grande demanda por capital empregando o mercado financeiro.
    A informação que deve ter acesso está numa matéria da Reuters e está relacionada ao seu sarcasmo maior, do tipo: “...se fosse mesmo verdade que os grandes do agronegócio usam o controle que têm sobre a política para lucrar controlando os mercados ao invés de elevarem sua eficiência produtiva,...” (19 de janeiro de 2016 11:29), como se a influência política dispensasse a lógica da escala. Se não trabalhassem com todas as possibilidades que têm ao alcance, não seriam tão bem sucedidos.
    Enfim, segue referência:
    PRADA, Paulo. Why Brazil has a big appetite for banned pesticides. Reuters. (Thu Apr 2, 2015 11:07am). Disponível em < http://www.reuters.com/article/brazil-pesticide-idUSL2N0WS1V620150402 > . Acesso em 23/03/2016.

    E como já venho te alertando há muito tempo, não precisa publicar. Afinal, não tens nada a ganhar, já que seu último comentário ficou ótimo para os zumbis que te seguem. Seu sarcasmo ficou excelente.

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    1. Ora, mas por que você agora diz que eu não preciso publicar se, antes, você exigia que eu publicasse e publicasse rápido, a fim de garantir o seu “direito de resposta” aqui? Porque você ficou sem resposta para meus argumentos, KKKKKKK...

      É bem o caso desse último comentário. No intuito de fazer de conta que você tem uma resposta lógica para o argumento de que o agronegócio tem interesse em eliminar os custos com a compra de insumos químicos (afinal, trata-se de um custo!), desde que haja um meio de produzir com a mesma eficiência sem utilizar tais insumos, você escreveu isto:

      “A redução do custo de produção só interessa à agropecuária, desde que o sistema não entre em colapso e comprometa ao agronegócio como todo”.

      Ora, e por que a redução dos custos de produção levaria o agronegócio ao colapso? Essa redução só pode levar ao aumento dos lucros, isso sim, já que estes provêm da diferença entre o custo de produção e o preço de venda dos produtos, KKKKKK...

      Será por que você pensa que indústria química é “agronegócio”? Picaretagem retórica da grossa, conforme eu já demonstrei. Afinal, você supõe que produtores rurais usam insumos desnecessários para alcançar alta produtividade agrícola com o objetivo de garantir os lucros das empresas que fabricam esses insumos dos quais eles não precisam!!! KKKKKKKK...

      ANALFABETISMO

      Depois, para responder ao argumento de que a queda dos preços dos alimentos prova que as práticas de especulação com preços não são lesivas para os consumidores finais porque a concorrência acaba se impondo, no médio e longo prazos, você escreveu: “como se a influência política dispensasse a lógica da escala. Se não trabalhassem com todas as possibilidades que têm ao alcance, não seriam tão bem sucedidos”.

      Ora, se você soubesse ler, teria entendido quando eu expliquei que grandes empresários usam, sim, influência política para arrancar dinheiro do Estado na forma de subsídios, entre outras benesses, como protecionismo comercial. E esse tipo de prática se dá tanto com grandes quanto com pequenos produtores (afinal, a agricultura familiar é fortemente subsidiada na Europa, no Japão e até no Brasil). Se não quiser pesquisar nas minhas respostas anteriores, experimente ler o post “No que certos industriais se parecem com certos ‘camponeses’”. http://tomatadas.blogspot.com/2014/04/no-que-certos-industriais-se-parecem.html

      MAIS ANALFABETISMO

      Se você soubesse ler, também não teria citado a matéria da Reuters como se ela corroborasse as críticas radicais ao sistema agrícola convencional que você vive repetindo. Afinal, você vive dizendo que o agronegócio utiliza pesticidas porque só se preocupa com lucros e que, sendo assim, despreza problemas ambientais e de saúde pública, certo? Mas aí a matéria citada deixa você numa sinuca de bico, pois, nesse caso, você tem de explicar o seguinte: como quatro das maiores marcas de pesticidas foram proibidas em países desenvolvidos, isso significa que, lá, o agronegócio agora está perdendo dinheiro? Se não for esse o caso, o que aconteceu?

      Bem, aconteceu que surgiram pesticidas com eficiência comparável em termos de elevação da produtividade agrícola, mas que trazem a vantagem de serem menos venenosos e, por isso, mais seguros. Portanto, a matéria corrobora o que eu digo: a agricultura convencional é cada vez mais sustentável e o uso controlado de agrotóxicos não faz mal à saúde humana, conforme atesta a maioria dos toxicologistas (lembra daquele post em que começamos a discussão?).

      Pesticidas com boa eficiência produtiva e que implicam menos riscos com os procedimentos de controle acabam substituindo os outros, e a ação regulatória do Estado acelera o processo de substituição ao impor proibições desse tipo.

      CONCLUI NA PRÓXIMA...

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    2. CONCLUSÃO


      OK, mas aí você vai dizer: “então por que os produtores brasileiros usam esses que foram proibidos lá?”. Por que, no Brasil, eles não são proibidos, oras. E por que não são? Bem, a matéria que você cita mostra que há argumentos razoáveis tanto a favor como contra a proibição. Quais argumentos estão corretos e quais estão errados é algo que as pesquisas científicas vão dizer.

      Agora, o que não dá para afirmar com base na matéria, de jeito nenhum, são as tolices e mentiras que você diz. Por exemplo, a de que as pesquisas científicas, mesmo quando financiadas e/ou executadas por órgãos públicos, são direcionadas pelos interesses do grande capital e, assim, levam à criação de tecnologias nocivas para o ambiente e para a saúde humana. Afinal, se fosse assim, aqueles pesticidas nunca teriam sido proibidos, não é mesmo?


      OBRIGADO PELO ARTIGO!

      Mais adiante, o artigo confirma plenamente o que eu digo: sem o modelo agrícola convencional, que você combate, o mundo estaria passando fome! Afinal, está escrito lá:

      The world has much riding on Brazil's food boom. The population is expected to rise nearly 30 percent over the next three decades, leaving 2 billion more mouths to feed. Brazil's booming agricultural sector will be a critical source of nourishment. But with its equatorial sunlight, steady temperatures and year-round harvests, Brazil is also a fertile place for insects, fungi and weeds. To keep them at bay, farmers are applying more and more pesticides.

      Essa passagem do texto indica que não há como produzir comida em larga escala em regiões tropicais sem usar agrotóxicos e que, sem essa produção, o mundo vai passar fome. Então, devemos investir em tecnologias que permitam alcançar essa produção com o mínimo possível de danos ambientais e o mínimo de riscos de acidentes.

      EXATAMENTE COMO EU DIGO!

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  31. CONCLUSÃO...

    AGRICULTORES NÃO SÃO IDIOTAS, MAS SEUS "ARGUMENTOS" SÃO

    Depois, você diz:"[...] É óbvio que os agricultores vão seguir ao padrão que está posto, se estão condicionados a isso! [...]". Ora, então quer dizer que os acionistas e dirigentes de grandes corporações agropecuárias, como a Bunge, Cargill, Cutrale, Blairo Maggi, etc., desperdiçam dinheiro com a compra de máquinas e insumos químicos, mesmo havendo alternativas sustentáveis que geram o mesmo resultado produtivo sem a necessidade de tais custos, apenas por estarem "condicionados"?! É subestimar muito a inteligência deles, não acha? rsrsrsrsrs...

    Aliás, é interessante como você diz coisas completamente contraditórias na tentativa inútil de dar sentido a ideias ocas: numa hora, você diz que os produtores que aplicam o modelo convencional são gente gananciosa que só quer saber de lucro; noutra hora, fala que eles adotam um sistema economicamente prejudicial para eles mesmos porque estão “condicionados” a agir assim, feito autômatos.

    Agricultores, grandes e pequenos, não são idiotas. Mas as suas ideias são, já que nem lógica têm...

    SUBSÍDIOS ESTATAIS

    Dizer que a agricultura convencional depende de subsídios para existir é falso. No próprio texto do Navarro, aí em cima, está dito que, no Brasil, o grande capital agropecuário usa cada vez menos o financiamento estatal - que já não é o mesmo que subsídio.

    Mas é óbvio que nenhum empresário vai desperdiçar a chance de ganhar um dinheiro fácil se o governo de turno puder ser convencido a subsidiar a produção. Exemplo disso é o Proálcool, não? Contudo, os lucros das grandes empresas agropecuárias provém principalmente do mercado, não do Estado. Quem precisa do Estado como do ar que respira são pequenos produtores ineficientes, sejam agroecológicos ou não.

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    Respostas
    1. Aposto que ninguém aqui, jamais se viu um "idiota" fazer com que um doutor se explicasse tanto. rsrs
      Bem. Vamos ver o que vem sobre os outros comentários já enviados.
      Enfim, parece que neste post o doutor decidiu publicar todos e, é claro, não os publicariam sem esculachar o "idiota" aqui.

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    2. Eu nunca disse que você é idiota: eu disse que os seus argumentos são idiotas. E por quê? Porque você supõe que todos que usam o sistema convencional o fazem por "condicionamento", o que é uma forma idiota de chamar os produtores rurais de idiotas...

      Ademais, quem foi que disse que eu preciso me explicar muito para você? Na verdade, eu escrevi muito, mas, como você não tem resposta para os meus argumentos, tudo o que eu preciso fazer para desmontar as coisas que você diz é repetir o que eu já tinha explicado antes antes, rsrsrsr... Por isso eu sempre digo: "conforme já expliquei mil vezes, mas você não conseguiu entender (ou não quis entender)...".

      Ademais, eu nunca esculacho você. Você é que parte para o esculacho por não ter resposta. Tanto que já me chamou de "mala", "idiota", "velhaco", "safado", me mandou para o inferno, caçar o que coçar...

      Por fim, por que você vai esperar as respostas para os outros dois comentários se é você quem está devendo resposta para uns, vamos dizer, 30 comentários meus?

      Não suponha que os produtores rurais são idiotas ou desonestos para tentar provar suas ideias sem pé nem cabeça, pois assim você só demonstra que os seus "argumentos" é que são idiotas e desonestos.

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    3. Fez esse discurso desse tamanho só pra embaçar a relevância que tem a influência da indústria de agroquímicos nas decisões governamentais, né doutô! Já vi que não vai desconfiar nunca. Pois, acabo de desmascará-lo com um dos pontos principais do nosso debate e continua fazendo o de costume: como se não tivesse se embaraçado em nada. A única coisa que importa é que o modelo produz muito para “acabar com a fome”.
      E não escrevi que a redução dos custos de produção faz o agronegócio entrar em colapso, imediatamente. Até porque não me referi desta vez ao completo livramento dos pacotes industriais e financeiros, necessariamente.
      O que quis dizer é que entendo que baixar o custo só pode interessar à política do agronegócio como um todo na iminência da estabilidade relativa das unidades produtivas ficar muito comprometida, caso o endividamento dos produtores agrícolas começar a provocar uma rotatividade muito grande ao ponto de se tornar prejudicial ao modelo.
      Em resumo, o alto custo de produção é um problema maior do agricultor e não do agronegócio em geral. Desde que, cumprindo uma meta, o agricultor consiga pagar suas compras e manter o ciclo, tudo bem. Por isso há arrolamentos e mais arrolamentos de dívidas. O mais importante é a garantia.
      Por fim, já que tem olhado meus links, mesmo que desqualificando os conteúdos os quais te apertariam, dê uma olhada em mais esse para ver como se comporta de fato a indústria e todo o circo de regulamentação dos governos:

      https://www.youtube.com/watch?v=5IsqDRKPn0k

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    4. Pelo menos você admitiu que fica “só xingando”. Mas faltou acrescentar que fica só nisso por falta de respostas, rsrsrsr...

      Depois, você admitiu explicitamente que o capitalismo e o capital financeiro são bons (contradizendo suas afirmações anteriores), ao escrever isto: “Se os alimentos chegam com mais facilidade aos centros urbanos e são disponibilizados para mais pessoas, é realmente pelo resultado de todo esse movimento de financiamento, produção e circulação dos itens alimentícios, movidos sobretudo pela lógica da reprodução do capital”.

      Só rindo mesmo, rsrsrsr...

      IGNORÂNCIA

      Mas, na tentativa de negar essas conclusões com as quais você concordou, você fez afirmações completamente falsas. É o caso quando você diz que “a variedade alimentícia é reduzida e a alimentação mais saudável é caríssima”.

      Na verdade, os dados da POF, do IBGE, provam que a alimentação do brasileiro é variada e saudável, mesmo quando se consideram apenas os estratos de população de mais baixa renda! Ver detalhes no meu texto AGRICULTURA E MERCADO NO BRASIL.

      Nesse sentido, deduzir que existe um dilema entre produzir para o mercado interno ou para o externo no Brasil de hoje tomando por base o que acontecia no período colonial é outra prova de ignorância quanto aos efeitos da industrialização e da modernização agrícola – fenômenos que inexistiam naquele tempo, conforme você talvez saiba, rsrsrsrs... Primeiro, porque o abastecimento do mercado interno vai muito bem, obrigado, como mostra a POF. Segundo, porque a maior parte da nossa produção de commodities é consumida no mercado interno mesmo (inclusive a soja). Terceiro, porque a própria distinção entre culturas de mercado interno e externo perdeu o sentido – já nos anos 1980 – por conta da industrialização. Trato de todas essas questões em AGRICULTURA E MERCADO NO BRASIL e também no livro POR UMA CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA.

      TOLICE

      E nada pode ser mais tolo do que afirmar: “[...] monocultivos, definitivamente não são implantados com o objetivo de produzir alimentos e sim moedas de troca nos mercados” internacionais. Ora, então quer dizer que, quando um alimento é vendido no mercado externo, ele deixa de ser alimento??? Só se as aves e suínos que os chineses alimentam com a nossa soja sejam todos animais de estimação, KKKKKKK

      ANALFABETISMO E HIPOCRISIA

      Depois, você volta a se dizer irritado quando atribuem preocupações socioambientais aos “defensores do agronegócio”. Bem, eu defendo o agronegócio – e não tenho nada contra a agricultura familiar, bem entendido. Então quer dizer que eu não tenho preocupações socioambientais, é? Bem intencionado é só quem concorda com você?

      Essa é a típica pressuposição de superioridade moral e intelectual da esquerda, característica marcante da geografia crítica. Quanto à bibliografia, ora, o que eu escrevi acima está totalmente baseado em... bibliografias!

      Por fim, já demonstrei inúmeras vezes que seus argumentos são hipócritas, pois você alega preocupações ambientais e de saúde pública, mas seus argumentos provam que você só está preocupado em atacar ideologicamente o capitalismo – apesar de já ter reconhecido que é o capitalismo que acaba com a fome, rsrsrsrs...

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    5. Vale tudo pra tentar desmoralizar quem discorda dos seus devaneios em relação às “maravilhas” do capitalismo, né doutor! Só um perfeito sem noção interpretaria minha escrita como se tivesse afirmado que a distribuição de alimentos é a mesma desde os tempos coloniais.
      E a bibliografia sobre a perda da diversidade é vasta. Não daria para descrever em comentários de blog tudo que esses pesquisadores estudam. Quem quiser aprofundar o assunto tem que ir atrás. Não pode ficar alienado a dados do IBGE. Honestamente, ninguém precisa ver esses dados para se informar sobre o preço de frutas e castanhas, por exemplo. Basta ir ao supermercado e tentar comprar alguma coisa saudável e, sobretudo, livre de veneno. E não é porque vem de modelos ineficientes, como o doutor costuma afirmar, mas pelo simples fato de serem atropelados pelos mega projetos de monocultivos, pelos quais os grandes capitalistas se apropriam dos territórios destruindo tudo que não se encaixa nos seus padrões produtivistas. Procure saber quantas castanheiras milenares são derrubadas diariamente na Amazônia para dar lugar à pecuária.
      E de novo sua concepção limitada da realidade não te deixa entender que não se critica o capitalismo de forma simplista. Não basta dizer que tudo é mentira como o doutor costuma fazer. Enquanto não ler David Harvey não vai entender o que escrevo ou, talvez, fingir que não me entende. rsrs ...será que tem tanta certeza de que o seu público não consegue raciocinar essas coisas também, nunca leriam esses livros e basta continuar fingindo que o louco aqui sou eu que vai sempre dar certo?
      Pra ter um mínimo de honestidade deverias publicar a bibliografia que postei na íntegra, já que postou o comentário.

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    6. ESTATÍSTICAS

      Então agora você nega a validade das estatísticas do IBGE com o argumento de que frutas e castanhas são muito caras e que isso é sabido por qualquer um que sai às compras… Sinal de que você não tem a menor noção de como a POF/IBGE é feita.

      De fato, um dos indicadores levantados nessa pesquisa é o de disponibilidade de alimentos dentro dos domicílios. Os pesquisadores visitam as residências selecionadas para a pesquisa regularmente durante um mês e anotam as quantidades disponíveis de todos os itens que há na dispensa e na geladeira (ou então recolhem extratos de compras feitas no supermercado). Depois, os técnicos do IBGE avaliam a qualidade da alimentação tomando por base os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.

      Dessa forma, a POF demonstra que a alimentação do brasileiro, mesmo de baixa renda, é variada e saudável, sendo que as características positivas e também negativas desse perfil nutricional são as mesmas tanto para a população de baixa renda quanto para a população de renda mais alta.

      Por exemplo, uma característica positiva presente em todos os estratos de renda é o consumo de proteína animal, bem adequado aos parâmetros clínicos. Já as duas características negativas são o consumo excessivo de açúcar e o consumo insuficiente de frutas e verduras. Mas, ora vejam só, por que existe uma tendência de as pessoas de renda mais alta comerem muito açúcar e menos frutas e verduras do que o recomendado pela OMS se não lhes falta dinheiro para comprar esses alimentos? Afinal, a POF comprova que as famílias de renda média gastam só ⅓ de seus orçamentos com a compra de itens de alimentação. Uma resposta para isso está num fator de ordem cultural: brasileiro gosta muito de açúcar e nem tanto de frutas e verduras.

      Além do mais, essa pesquisa diz respeito aos consumidores brasileiros. Nos países desenvolvidos, o padrão nutricional não necessariamente segue esse perfil. Depende do país. Americanos também comem muito açúcar, entre outras coisas altamente calóricas.

      CONTRADIÇÃO SÓ NA SUA CABEÇA

      Você diz que há uma extensa bibliografia a atestar que a diversidade da produção agrícola foi reduzida com o processo de modernização da agricultura, o que é verdade. Contudo, veja só que interessante: antes da década de 1950, quando a participação percentual de alimentos como laranja e soja no total da produção agrícola era menor, a desnutrição constituía um problema grave. Mas, à medida em que alimentos como esses ampliaram sua participação percentual no produto agropecuário, reduzindo a diversidade, a desnutrição desapareceu… Como se explica isso?

      A explicação é que, como o total produzido hoje é muitas vezes superior ao que se produzia antigamente, o acesso a uma alimentação diversificada e saudável melhorou na medida em que cresceu a produção de uma variedade de produtos suficientemente grande para suprir todas as carências nutricionais, segundo critérios clínicos.

      Ou seja, a diversidade da produção agropecuária diminuiu porque agora temos um perfil produtivo com maior participação percentual de um número relativamente menor de culturas, mas a diversidade da alimentação das pessoas de baixa renda cresceu porque os preços de uma ampla variedade de produtos declinou graças à modernização! Hoje, há mais fartura com mais opções de consumo, mesmo com maior concentração da produção em um número menor de produtos.

      CONTINUA...

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    7. VENENO…

      Quanto a dizer que alimento “livre de veneno” custa caro, deve-se notar que os alimentos produzidos com agrotóxicos também são livres de veneno, caso a aplicação tenha sido adequada. E os alimentos produzidos com aplicação adequada são muito mais a regra do que a exceção. Afinal, é o que atestam as organizações que fiscalizam a qualidade dos alimentos, nacional e internacionalmente - no caso brasileiro, é a Anvisa. Ademais, é como eu já expliquei: até alimentos orgânicos podem ser contaminados por bactérias e outros organismos nocivos à saúde.

      INCOERÊNCIAS DE NOVO

      Depois de admitir que o alimento produzido pelos sistemas alternativos custa mais (o que não faz sentido algum à luz das suas ideias, já que esses sistemas operariam com custos de produção menores por não usarem agroquímicos...), você diz isto: “E não é porque [esse alimento] vem de modelos ineficientes, como o doutor costuma afirmar, mas pelo simples fato de serem atropelados pelos mega projetos de monocultivos, pelos quais os grandes capitalistas se apropriam dos territórios destruindo tudo que não se encaixa nos seus padrões produtivistas”.

      Bem, esse é o tipo de retórica que consiste em enunciar uma relação de causa e efeito sem descrevê-la e, muito menos, explicá-la. Afinal, por que o fato de a monocultura predominar em vastas extensões (ocupadas não só pelo agronegócio, mas também pela agricultura familiar) implica aumento do preço de venda dos produtos alternativos? Então os custos de produção nas regiões onde se praticam formas alternativas de agricultura são menores, mas, havendo monocultura em outras regiões, mesmo assim o preço de venda dos produtos alternativos sobe? Qual é a conexão?

      Além do mais, sua “explicação” é completamente contraditória! Afinal, dizer que os sistemas alternativos não são “produtivistas” significa que esses sistemas não visam alcançar o máximo de produção por unidade de área, ao contrário do que acontece com o sistema convencional. Logo, você reconhece que os sistemas alternativos são menos eficientes mesmo, pois eficiência é sinônimo de… produtivismo!

      Então, é como eu já disse inúmeras vezes: o sistema convencional acabou com a fome porque, sendo produtivista, permite aos agricultores modernizados ganhar dinheiro vendendo comida barata em grande quantidade. Já os sistemas alternativos, precisamente por ser anti-produtivistas, produzem pouco por unidade de área e por hora trabalhada, encarecendo o preço do alimento “livre de veneno”. KKKKKKKK…

      AINDA TEM MAIS!

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    8. PÉ NA JACA

      E você ainda reforça as incoerências ao citar este exemplo: “Procure saber quantas castanheiras milenares são derrubadas diariamente na Amazônia para dar lugar à pecuária”. Ora, se tentássemos substituir a carne de boi por castanhas como fonte de proteína, só iríamos gerar fome. E por quê? Porque castanheiras milenares espalhadas pela floresta amazônica produzem pouca comida por unidade de área e exigem muito trabalho braçal para serem colhidas! Bem ao contrário do que acontece com a carne de boi. Não fosse assim, aliás, os pecuaristas seriam os primeiros a ter interesse em trocar a pecuária pelo extrativismo, rsrsrsrsr...

      BIBLIOGRAFIA

      Eu ainda não tinha publicado a sua indicação de bibliografia porque pensei que você tinha escrito alguma coisa para eu responder, ao invés de fazer apenas um COPIAR e COLAR. Mas agora eu vi que você não escreveu nada! Sendo assim, não há porque esperar até eu estar com tempo de responder antes de publicar. Afinal, não há ideia alguma a ser respondida ali, rsrsrsrs....

      De qualquer forma, é como eu já disse: se a bibliografia que você cita trouxesse informações capazes de dar sustentação às bobagens que você afirma, então eu é que estaria sem resposta, não você. Quer uma prova disso: o fato de você dizer que eu não preciso mais publicar as coisas que você escreve! Ou seja, você abre mão do seu “direito de resposta” neste blog, mas exige que eu reproduza o seu COPIAR e COLAR de lista bibliográfica, KKKKKKKK….

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  32. ESTRANHA ECONOMIA...

    No intuito de consertar a bobagem que disse no comentário de 25.08 sobre a redução dos custos de produção não interessar ao agronegócio, você se saiu agora com um texto muito mal escrito e que não consegue consertar a bobagem escrita antes, conforme se lê neste trecho: “baixar o custo só pode interessar à política do agronegócio como um todo na iminência da estabilidade relativa das unidades produtivas ficar muito comprometida”.

    Ora, o “racio símio” continua não fazendo o menor sentido, posto que, sempre que os custos de produção diminuem, a competitividade aumenta e os lucros potenciais também. Por que então o agronegócio só teria interesse em reduzir custos em certos momentos, quando a “estabilidade relativa das unidades produtivas ficar muito comprometida”?

    Além disso, a queda dos preços dos alimentos para o consumidor final se deu ao longo de várias décadas, provando que a redução de custos é um dado estrutural da agricultura moderna, não um fenômeno que só ocorre em certos momentos nos quais o sistema estaria perto de um colapso.

    CONTINUA A PICARETAGEM RETÓRICA

    Depois, você volta a falar como se indústria química fosse agronegócio, ao dizer que “o alto custo de produção é um problema maior do agricultor e não do agronegócio em geral”. A “brilhante” conclusão que você tira desse truque retórico é a de que a indústria química só faz baixar os custos de produção quando o nível de endividamento dos produtores rurais está muito alto, pondo em risco o “sistema” como um todo.

    Ora, mas tal conclusão apenas repõe e reforça a incoerência e a tolice das suas afirmações anteriores. Afinal, depois de dizer que já existem sistemas agrícolas alternativos que produzem com a mesma eficiência do convencional e ainda dispensam gastos com insumos químicos, você agora vem dizer que os produtores não querem abandonar o sistema convencional mesmo sendo obrigados a se endividarem pesadamente para comprar insumos desnecessários!!!

    Novamente, a sua explicação só faz sentido se você supor que os produtores rurais são uns completos idiotas, o que demonstra que a idiotice está é no seu argumento, rsrsrsrsr...

    IGNORÂNCIA

    E você ainda ignora o fato de que as indústrias do setor químico são submetidas à concorrência tanto quanto a agricultura. Isso significa que a competição capitalista força os agricultores a perseguir continuamente a redução de custos e, por conseguinte, as indústrias de insumos químicos são forçadas pela competição a investir em tecnologia para oferecer aos agricultores produtos que alavanquem a produtividade agrícola, reduzindo os custos de produção destes últimos.

    Afinal, se uma empresa industrial não inovar, perderá mercado para aquelas que o fizerem, visto que, ao contrário do que você pensa, produtores rurais não são bobos. Nesse sentido, embora o custo de produção agrícola seja um problema para o agronegócio, não para a indústria química, esta última reduz os custos de produção agrícola continuamente porque a concorrência industrial impõe a melhora da qualidade dos produtos que essas indústrias vendem!

    Finalmente, não há necessidade alguma de ver o vídeo que você mandou, posto que, se houvesse naquele vídeo qualquer argumento capaz de dar coerência lógica e empírica às suas afirmações, você simplesmente não precisaria indicar vídeo nenhum!

    Exatamente como aquela matéria da Reuters que você citou (aquele texto eu li com muito prazer, já que ele confirma o MEU ponto de vista, KKKKKKKK...). E, a propósito, você não vai responder ao que eu afirmei sobre aquela matéria, não? KKKKKK...

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  33. Obrigado por ter publicado a bibliografia e os links, doutor!
    Demorou um pouco, foi preciso fazer um longo discurso, mas tá valendo. Um abraço

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    Respostas
    1. Já que você reclama do tempo que demorou, então eu também posso reclamar da sua demora em responder aos 3 comentários que eu escrevi no dia 30 de agosto. Afinal, já vai fazer uma semana...

      E não vou nem cobrar respostas para as dezenas de argumentos meus que você ignorou e aos quais você fingiu responder repetindo "ideias" suas que eu já tinha refutado várias vezes, rsrsrsr...

      Talvez eu faça uma compilação desses argumentos e das suas ideias tolas num post deste blog. Se eu publicar um post assim, aviso aqui.

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