O jornalista Guilherme Fiuza acaba de publicar o texto Rio + 20 = 0 (Época, n. 735, 18 jun. 2012), em que lança petardos poderosos contra os "ecoburocratas" que ganham dinheiro proclamando o fim do mundo. Não vou resenhar o texto, e sim destacar uma passagem que merece complemento de especialistas, qual seja:
A Convenção do Clima [assinada durante a Rio 92] gerou o que se sabe: uma sucessão de protocolos sobre redução das emissões de gás carbônico. Cada um é mais severo que o anterior, devidamente descumprido. Com novos prazos de carência, as metas vão ficando mais ambiciosas, numa espécie de pacto com o nunca.
O complemento a fazer à observação é que, desde o início da década de 2000 (para alguns autores, desde meados dos anos 1990), as temperaturas médias do planeta têm permanecido estáveis, apesar de as emissões mundiais de carbono estarem batendo recordes! A estabilização das temperaturas médias do planeta já foi reconhecida por ninguém menos do que James Lovelock, o pai da teoria de Gaia (acima, na foto). É o que se lê na entrevista que ele concedeu ao World News (disponível aqui), na qual faz uma autocrítica por ter sido "alarmista" sobre o aquecimento global. E já que prata da casa se valoriza, é bom assistir também à entrevista concedida sobre esse tema pelo professor Ricardo Felício, do Departamento de Geografia da USP, ao Jô Soares. O link está aqui.
Essa é a explicação para o fato de os discursos catastrofistas nunca se traduzirem em medidas mais agressivas para a redução das emissões de carbono: é que a hipótese do aquecimento global antropogênico vai ficando cada dia mais desacreditada pelos fatos. Mas os burocratas que ganham dinheiro com discurso catastrofista nunca vão reconhecer isso. Se reconhecessem, poderiam perder boquinhas como a Rio + 20.
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