domingo, 14 de outubro de 2012

O problema não são os alunos, muito menos um aluno

Recebi um e-mail que comentava o fato de que alguém reproduziu o post Baixa qualidade do ensino médio se reflete na universidade em provas anedóticas numa página do Facebook sobre geografia. Como não tenho Facebook, não sei o que andam comentando por lá, mas, a julgar pelo e-mail, é provável que os comentadores estejam mais interessados em fazer piadas do que em discutir a questão que eu propus, que é o caráter demagógico da política de cotas raciais e sociais. Como eu disse, tal política só serve para Lobões e petistas fazerem de conta que estão promovendo grandes mudanças na educação mesmo sem atacarem realmente o problema da qualidade do ensino.

Ora, os vários exemplos de erros anedóticos que eu citei serviam como evidências da má qualidade do nosso ensino médio. Não têm valor estatístico, mas ilustram o que algumas pesquisas recentes já vêm demonstrando, isto é, que os universitários brasileiros costumam apresentar sérias deficiências no aprendizado de língua portuguesa. Nesse sentido, em vez de as pessoas ficarem fazendo comentários na linha "pérolas do vestibular e do Enem", deveriam discutir a questão geral que eu propus. Afinal, se a falha está na má qualidade do ensino médio, conforme eu afirmei, qual é o sentido ou a utilidade de falar como se houvesse um problema com determinados alunos que escreveram isto ou aquilo?

Enfim, não acompanho o Facebook, mas me parece que é isso o que anda rolando por lá. Aliás, é por causa do tempo que as pessoas perdem com essas coisas, entre outras razões, que eu não tenho Facebook.

OBSERVAÇÃO - Não vou reproduzir o e-mail aqui por se tratar de correspondência privada, e eu não pedi autorização para reproduzi-lo, nem para dizer de quem é.

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